Estação Basilea / Cruz y Ortiz Arquitectos + Giraudi & Wettstein

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A Estação é Basilea é um edifício do final do século XIX, que inclui um imponente hall de viajantes e grandes marquises metálicas sobre as plataformas, tudo sob uma proteção monumental. A conexão do hall com as distintas plataformas é estabelecida através de uma passagem subterrânea que se prolonga até alcançar a cidade, no outro lado da zona ferroviária.

O projeto executado envolveu a substituição dessa passagem por uma passarela elevada, que se inicia com uma grande abertura no hall, e se desenvolvem abaixo e acima das grandes marquises existentes, e termina em uma praça recém-construída, no outro extremo. Além das conexões as diferentes plataformas – atuais e futuras – a passarela inclui comércios e serviços, terminando junto à praça mencionada, em um importante volume destinado exclusivamente para o uso comercial. Sob a praça, um estacionamento de vários pavimentos foi construído.

Toda a obra foi executada sem alterar o intenso funcionamento diário da estação, obrigando que a grande laje inferior de concreto fosse construída além das vias, para depois ser instalada – sobre as vias, plataforma por plataforma- até alcançar o hall da antiga estação.

Este processo trabalhoso e difícil conduz a adoção de uma planta rigorosa e extremamente vinculada aos numerosos problemas a se resolver, finalmente concretada em um retângulo de 185x300m que somente se expande próxima ao hall, para assim, coincidir em dimensão com o grande arco da sua cobertura.

Como sempre foi historicamente nas estações ferroviárias, foi na seção, e mais concretamente na cobertura, que foi possível disfrutar de um maior grau de liberdade. A cobertura, depois de projetar-se sobre as marquises existente, abaixa em sua zona central, para voltar a elevar-se na cabeça sul da passarela, e ainda, baixar dramaticamente para acompanhar os viajantes até a nova praça.

Uma longa série de vigas perpendiculares ao sentido do caminho é iniciada na abertura da parede sul do hall, reforçando o caráter sequencial do espaço interior. Assim, a cobertura, a silhueta em particular, permitiu, finalmente, uma certa liberdade caligráfica e adicionar –nem que seja no ultimo momento- um gesto próprio, que ao mesmo tempo confere ao edifício uma singularidade formal compatível com o seu importante papel urbano.