Leonardo Finotti é arquiteto e fotógrafo brasileiro. Já documentou várias obras importantes projetadas no Brasil, Portugal e América Latina, as quais aparecem vinculadas constantemente em vários meios da arquitetura.
Leonardo Finotti também mantém sua página, onde publica uma imagem nova diariamente, mantendo um acervo muito interessante, o qual contém uma parte de seu registro pessoal com mais de 200 fotos da obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Outras importantes seleções que aparecem em seu blog correspondem a arquitetos tais como: Álvaro Siza, Paulo Mendes da Rocha e muitos outros.
A seguir, a entrevista e uma seleção das melhores imagens de Leonardo Finotti.
1. Quando e como começou a fotografar arquitetura?
Comecei estudando arquitetura e fotografia ao mesmo tempo. Quando terminei meus estudos decidi partir para a Europa ao ser acolhido como empregado em fase de testes na empresa Fabrica em Treviso na Itália. O trabalho não calhou, acabei indo para Portugal. Ali tive a oportunidade de conhecer João Nunes e Carlos Ribas de Proap, que estavam representando seu país na Bienal de Arquitetura em Veneza. Eles me deram a oportunidade de fotografar o parque Tejo, e ficaram muito satisfeitos com o resultado, com isso, permitiram que eu fotografasse todo o seu trabalho. Desde este dia me converti em fotógrafo de arquitetura “full time”.
2. Você é arquiteto?
Sim, eu sou. Graduado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – MG, Brasil.
3. Por que você gosta de fotografar arquitetura?
A arquitetura e a fotografia são grandes temas. Realmente me encanta a fotografia arquitetônica já que une minhas duas paixões e que são motivadas pela luz espontânea.
4. Arquiteto favorito?
Um dos lados positivos de ser um fotógrafo de arquitetura, é que você está em constante contato com arquitetos que melhoram suas impressões quando você está mais próximo. No entanto, é muito difícil expor todos os distintos aspectos e qualidades unidos em apenas um arquiteto, mas devo dizer que admiro a simplicidade e complexidade de Álvaro Siza.
5. Obra favorita?
Tive uma experiência única ao fotografar o Museu Iberê Camargo. As cinco vezes que fui a Porto Alegre antes de sua inauguração pude ver o processo cuidadoso que, sem dúvida, rompeu com os paradigmas do tempo e da perfeição. A inauguração foi adiada várias vezes, mas sem dúvida, não posso esquecer as palavras do Álvaro Siza durante a inauguração: “Ainda tenho que desenhar os cinzeiros do museu quando eu voltar ao hotel”. Isto nos dá uma lição de compromisso e paixão ao trabalho, refletida no que eu considero sua obra-prima.
6. Como trabalhas? (Independente? Com revistas, arquitetos? Viajas?)
Difícil dizer.