-
Arquitetos: Zaha Hadid Architects
- Área: 27000 m²
- Ano: 2009
-
Fotografias:Iwan Baan
-
Fabricantes: Goppion, Italcementi, Metalsigma, PBA, SECCOSISTEMI, Secco Sistemi, Sto, Tensocielo, Zumtobel
Descrição enviada pela equipe de projeto. Abrindo o site do escritório Zaha Hadid Architects, a homepage mostra os vários links em um plano esquemático. É o plano do MAXXI, Museu de Artes do século XXI, em Roma. Este fato indica a importância do MAXXI entre os projetos feitos por Zaha Hadid. O museu foi concluído e aberto ao público após dez anos de obras.
Na época, o Archdaily foi convidado para a pré-inauguração, onde foi possível experimentar os espaços vazios. Como declarado pela arquiteta, o museu “não é um recipiente de objetos, mas sim um campus de arte”, onde fluxos e caminhos se sobrepõem e se conectam para criar um espaço dinâmico e interativo. Embora o programa seja claro e organizado em planta, a flexibilidade de uso é o principal objetivo do projeto. A continuidade dos espaços faz com que o local seja adequado para qualquer tipo de exposição a longa duração ou temporária, sem divisões do espaço ou interrupções. Entrando no átrio, os principais elementos do projeto são evidentes: paredes curvas de concreto, escadas pretas suspensas, cobertura aberta captando luz natural. Por esses elementos, Zaha Hadid pretendia "uma nova tipologia espacial fluida de múltiplos pontos de perspectiva e geometria fragmentada, concebida para incorporar a fluidez caótica da vida moderna".
Esta declaração da arquiteta, como de costume dela, trouxe a questão se o conceito de fluído desconstruído combinou com a identidade de uma cidade “estática” como Roma, e sua herança clássica. A resposta da crítica e do público tem sido positiva. Especialmente neste contexto, na relação com os tecidos existentes, as paredes de suaves curvas dialogam com as fachadas simétricas do neoclássico. O novo organismo inclui no desenvolvimento de sua fachada principal por superfícies limpas e cegas, assim, declarando sua viabilidade a necessidade de coexistência. O museu está inserido numa situação de bloco urbano, tirando disto suas diretrizes, e abrindo suas “asas de ponta” como pontos de vista panorâmicos.
A luz natural recebeu um cuidado especial, pelas finas vigas de concreto no teto, juntamente com a cobertura de vidro e sistemas de filtragem. As mesmas vigas possuem um trilho interior no qual peças de arte serão suspensas. As vigas, as escadas e o sistema linear de iluminação guiam os visitantes pelo passeio interior, que se encerra num amplo espaço no terceiro nível. Onde uma grande abertura oferece uma vista da cidade, embora obstruída por um núcleo maciço.
O museu participa ativamente no local – Roma, e em primeiro sua periferia, que não é uma parte do centro antigo, mas ainda é central. O bairro Flaminio foi interessado nos últimos anos por um programa de renovação de atrações públicas, sendo o último o Auditório de Renzo Piano. O processo de construção ao longo do MAXXI completa esta ideia de uma cidade renovada. Mais ainda, MAXXI é o primeiro museu de arte contemporânea na Itália. Ele irá trazer uma série de atenções, pelo público e mídia, juntamente com atividades econômicas, tornando este museu um ponto central para Roma, que está com um olhar constante em sua identidade contemporânea.
- Andrea Giannotti
Nota: Este artigo foi originalmente publicado em 8 de Abril de 2012.