É a mistura perfeita entre escultura e engenharia, ou é uma forma retorcida de um absurdo? As opiniões são bem variadas sobre o assunto da torre de observação de Anish Kapoor e Cecil Balmond, a ArcelorMittal Orbit, que servirá como lembrança permanente da sede dos Jogos Olímpicos de 2012.
A estrutura vermelha de aço de 122 metros –é mais alta que a Estátua da Liberdade de Nova York e o Big Bem de Londres – para ser a maior peça britânica de arte pública. Criticada pela realização de tal projeto excessivamente cara durante a recessão que enfrenta o país, o prefeito de Londres Boris Johnson declarou que a Orbit não somente aprimorará a experiência do visitante nos Jogos Olímpicos, mas também “é a coisa certa para o local de Stratford” para além do verão, invocando seu potencial a se tornar “o legado cultural icônico perfeito”.
Voltando a 2008, Johnson e a ministra dos Jogos Olímpicos Tessa Jowell organizaram um concurso de projetos para dar ao Parque Olímpico “algo mais” na forma de uma torre Olímpica de pelo menos 100 metros de altura. O desenho ambicioso de Kapoor é conceitualizado na noção de uma jornada contínua referenciando aos desafios que atletas olímpicos sofrem na sua luta pela grandeza.
O design de 115 metros está situado entre o Estádio Olímpico (59 metros de altura) e o Centro Aquático de Hadid, oferecendo aos visitantes uma vista incrível sobre o Parque Olímpico inteiro… por uma tarifa de 15 libras! Impor tal tarifa foi alegado ser uma necessidade durante os jogos, “As 15 libras é o que nos custa para operá-la”, disse Sir Keith Mills, vice-diretor de Londres 2012.
O projeto custou a excepcional quantia de 19 milhões de libras, com 16 milhões doados por Lakshmi Mittal, o diretor da companhia de aço ArcelorMittal. O resto do custo foi deferido à agencia de desenvolvimento de Londres. Ainda que “Orbit” foi o nome original de Kapoor e Balmond para a torre, o nome oficial da escultura, “ArcelorMittal Orbit”, leva em consideração a generosa doação da companhia de Mittal.
Enquanto alguns veem mérito no avanço ousado de misturar arte, escultura e engenharia, o projeto também foi criticado como falta de mérito e não contribuindo para o domínio público. Particularmente, aos moradores de Stratford que não gostam da grande mudança de escala entre a altura da torre e o seu contexto, como parece para muitos “sobressaindo” o existente. Kapoor explicou para o The Telegraph, “ A Torre Eiffel foi odiada por todos por bons muitos anos e agora é o sustentáculo de como nós entendemos Paris. É controverso e é o lugar para começar. Desconforto é aceitável….e também a recusa a ser um emblema. É inquietante e eu acho que é parte do tema da beleza.”
O que você acha da torre? Precisa simplesmente de tempo para ser amplamente reverenciada como sua parceira parisiense? Ou, a construção da The Orbit foi um erro colossal?