Esta semana mostraremos m nosso Fotografia e Arquitetura o trabalho de Thomas Mayer, um fotógrafo de arquitetura suíço, que trabalha com grandes arquitetos, como Frank Gehry.Mayer aprendeu a fotografar em Zurique e mudou-se para a Alemanha em 1968, onde trabalhou por 6 anos como fotógrafo especializado em automóveis. Em 1974 começou a fotografar editoriais para as melhores revistas alemãs e somente em 1977 começou a fotografar de arquitetura.
Seu trabalho pode ser visto em vários lugares do mundo, sendo publicado em revistas, livros, exposições e calendários. Além de seu excelente sentido de composição, seu trabalho expõe um sentido de humor visual que o caracteriza. A seguir, uma seleção de suas imagens mais significativas e a entrevista deste gênio da fotografia.
1. Quando e como você começou a fotografar arquitetura?
Aprendi fotografia trabalhando para um fotógrafo de moda e publicidade em Zurique, entre 1964 e 1967. Depois de trabalhar com fotografia de automóveis de 68 a 74, mudei para a fotografia editorial. Desde 1974 tenho trabalhado com as revistas alemãs, como Zeit Magazin, Merian, Stern, GEO, entre outras. Duas situações me levaram à fotografia de arquitetura. Primeiro, foi pelo trabalho constante para a empresa de iluminação ERCO, desde 1977 até hoje, onde me dediquei a mostrar a vida cotidiana de arquiteturas iluminadas pelos produtos da empresa. Segundo, através de toda a documentação do desenvolvimento do projeto Neue Zollhof, em Dusseldorf, que durou 10 anos, começando com a vencedora do concurso Zaha Hadid, e em seguida Frank Gehry, com quem documentei todo o processo de projeto, construção e depois de pronto. Após várias importantes publicações sobre este projeto, me estabeleci como fotógrafo de arquitetura.
2. Você é arquiteto?
Não, mas penso que se tivesse estudado, teria sido arquitetura.
3. Por que gosta de fotografar arquitetura?
Sempre fui fascinado pelo desenvolvimento urbano e segui com olhar crítico as mudanças da Alemanha, onde vivo, e nas áreas metropolitanas de Paris, Nova York, Madri, Barcelona, Milão e os países nórdicos. Nunca fui um fotógrafo somente de arquitetura, me considero um “repórter fotográfico arquitetônico” já que me aproximo dos edifícios e lugares como um jornalista, mostrando seus desenhos e a vida neles.
4. Arquiteto favorito?
É uma pergunta muito difícil, já que a maioria das vezes, logo ao visitar um projeto, tenho um novo arquiteto favorito. Mas posso eleger quatro nomes:
- Rem Koolhaas, pelas suas ideias no desenvolvimento urbano.
- Frank Gehry, que entregou energia e diversão à arquitetura.
- Peter Zumthor, que trabalha de maneira muito cuidadosa, lenta e profunda.
- Rudolph Küppers, que construiu minha casa, onde há 20 anos me agrada viver e trabalhar.
5. Obra favorita?
Esta é mais difícil, já que poderia listar pelo menos 20 projetos. Porém gostaria de destacar 2 dos meus edifícios favoritos, cujos desenhos são muito diferentes, mas similares mentalmente.
- Capela de Ronchamp, de Le Corbusier
- Capela Brother Claus Field, de Peter Zumthor
6. Como você trabalha?
Trabalho sozinho e como freelance, desde 1968, sendo contratado por revistas, arquitetos, designers, agências de publicidade, clientes industriais e outros mais. Quando me dedico à fotografia de arquitetura, gosto de visitar o local previamente com o arquiteto, para aprender sobre seus pensamentos, afim de desenvolver minha própria visão. Desde 2004 tenho meu site, www.thomasmayerarchive.com.
7. Que equipamentos e softwares você utiliza?
Como repórter fotográfico uso uma câmera de 35mm, agora digital (Nikon D3X) em tripé e softwares como Adobe Photoshop e Lightroom.