Reabilitação e Ampliação da Embaixada do Brasil no Chile / Ipiña+Nieto Arquitectos + Ossa Arquitectura y Asociados

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Ipiña+Nieto Arquitectos junto com Ossa Arquitectura y Asociados compartilharam conosco seu projeto para a reabilitação e ampliação da embaixada do Brasil no Chile, que começará a ser construído no fim deste ano. O projeto planeja recuperar o protagonismo do Palácio Errazuriz, criando um cenário de fundo que o enquadra, agregando uma unidade visual ao conjunto.

No projeto proposto, a primeira coisa que surge é recuperar o protagonismo indiscutível do Palácio, não só dentro do complexo da Embaixada, mas na cidade de Santiago. Para isso entendemos que o primeiro gesto deveria ser o de criar um cenário de fundo que marcasse o binômio Palácio/Parque. Este cenário deveria ordenar, sem ocultar, a atual Chancelaria deixando claro ao visitante o protagonismo do palácio e proporcionando uma unidade visual entre as edificações. Atualmente o Palácio Errázuriz está rodeado por uma série de edificações que foram crescendo, tentando imitar seu estilo neoclássico. Assim, a atual Chancelaria iguala o classicismo do Palácio, mas 100 anos depois, gerando confusão na importância de cada um dos dois edifícios. No edifício da Chancelaria foi adicionado posteriormente um novo setor que reproduz, sem entender, as leis clássicas. Isto, juntamente com os edifícios das garagens em torno produz um ruído que distorce todo o palácio. A esta falta de clareza seria acrescentada um novo elemento que completaria o “L” unindo o edifício com as garagens, com o programa de necessidades exposto pela Embaixada.

O segundo gesto deveria ser o de integrar a Chancelaria a este conjunto de Palácio/Parque sem distorcer sua ordem. Para isto, o padrão marcado pela edificação em frente ao Palácio na entrada foi seguido, e quebrou-se este painel cortina, entrelaçando-o com a Chancelaria. A nova cortina / Chancelaria ordena o espaço e o clarifica. Para tornar mais transparente a cortina é projetada como uma pele de ripas de madeira através da qual oferece uma vista do atual Ministério Negócios Estrangeiros e outros volumes propostos. O próximo item no conjunto que se tentou promover foram as árvores do parque, altas, que marcam o caráter da Embaixada.

Com esta ideia, a nova pele de madeira se molda às árvores mais importantes, integrando-as na nova Chancelaria, uma vez que, por sua similar materialidade, dialoga, passando a ser um mais um elemento do parque. Com a pele de madeira, pôde-se virar o novo edifício ao parque, deixando que a luz e as vistas penetrem o máximo nestas, melhorando os espaços de trabalho e convivência. A forma em zigue-zague da pele conforma pátios iluminados, espaços interiores-exteriores onde as árvores existentes e algumas novas posicionam-se no interior dela, integrando-se à edificação. Com estas premissas a proposta final consiste na criação de uma pele permeável que unifica o conjunto, mantendo o edifício antigo da Chancelaria e propondo um novo volume edificado adequado às necessidades de uso. Todo o novo conjunto gera um “L” que emoldura o Palácio e o recupera como protagonista da Embaixada.

Arquitetos: Ipiña+Nieto Arquitectos , Ossa Arquitectura y Asociados
Equipe Ossa Arquitectura Y Asociados : Juan Francisco Ossa Balmaceda, Javier García Calvo, Jose Pablo Flores Cano
Equipe Ipiña+Nieto Arquitectos : Tadea Ipiña Mariscal, Jorge Nieto Pujol
Colaboradores: José Manuel Vargas Vega, Sebastián Chinchilla Jorquera, Carolina Andrea Diaz Silva, Benjamín Ramírez Suazo, Susana Gonzalez Lopez

Maquete: Francisco Durán, Francisco Cruz, Marine Wincker, Joaquín González.
Paisagismo: Rencoret y Ruttimann
Cálculo Estrutural: Cortesco Ltda
Iluminação: Veronica Saenz
Engenharia Elétrica: Sergio Alemparte
Engenharia de Clima: Nortem Ltda
Engenharia Sanitária: Protectos Bsb