- Ano: 1891
-
Fotografias:University of Missouri
Um dos primeiros arranha-céus construídos, o Wainwright Building, projetado por Louis Sullivan, hoje perde em gabarito para seus edifícios vizinhos, mas destaca-se entre eles por seu porte monolítico e seus ornamentos implementados nas fachadas.
Sullivan descreve o simbolismo de sua arquitetura como uma simples forma geométrica e estrutural e uma ornamentação orgânica, uma justaposição de influências; uma tectônica objetiva e uma orgânica subjetiva.
O padrão e ritmo homogêneos criados pelas aberturas retangulares incrustadas nas fachadas num grid rígido e ortogonal de colunas e vigas são quebrados pelo desenho dos ornamentos presentes entre as aberturas e no topo do edifício.
A diferenciação de usos dos andares é levada para a composição exterior do volume. No nível da rua e no primeiro pavimento, lojas e escritórios públicos de fácil acesso, respectivamente, são marcados nas fachadas por aberturas maiores e um grid menos acentuado que nos andares superiores, destinados a escritórios e áreas de maquinaria.
Os característicos ornamentos orgânicos de Sullivan emolduram a porta de entrada, as aberturas e o topo do edifício. Os desenhos se alteram em forma e escala a cada andar. A cor terracota cobre todo o edifício o caracteriza desde sua construção.
O sistema de construção é baseado numa estrutura de aço com fechamento em alvenaria. Na base o revestimento é feito por placas de arenito marrom, e nos pavimentos superiores, colunas de tijolos.
No interior a organização espacial consiste na composição de uma base tripartida, um shaft vertical e sótão.
“O arranha-céu deve ser alto, cada centímetro dele de altura. A força e o poder da altitude devem estar nele, a glória e orgulho de exalação deve estar nele. Deve ser uma coisa orgulhosa e ascendente, elevando-se em pura exaltação que da base até o topo seja uma unidade sem uma única linha discordante.”