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Arquitetos: ARX Portugal Arquitectos
- Área: 2500 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: S-VITECH
Do Arquiteto.O aquário de bacalhaus é um edifício que liga outros dois e configura um complexo edificado disperso, unido em torno dos temas do mar e da pesca. Nesta invulgar estrutura tríptica, o Museu Marítimo é o lugar da memória, o Aquário o espaço da vida marinha e o CIEMAR, instalado na antiga escola adaptada, o centro de investigação para as actividades do Homem ligadas ao mar.
Na articulação destas três unidades o edifício é simultaneamente um equipamento urbano autónomo que se relaciona com a envolvente e define um espaço público, mas é também um edifício-percurso, que se desenvolve em espiral em torno do tanque e liga o Museu à antiga Escola.
Num contexto de pequenas casas dispersas, a volumetria ocupa os interstícios desta estrutura urbana doméstica e instaura o domínio público. Mas ao fazê-lo fragmenta-se em dois corpos estratificados na horizontal, individualizados e sobrepostos, na procura de uma escala de transição. Na sua dualidade matéria, o corpo branco em betão emerge do chão e configura a base de uma praça que define; o corpo aéreo de escamas negras metálicas configura a escala da praça, numa urbanidade pública redefinida a três dimensões.
No coração do edifício está o peixe e o mar. A visita desenrola-se numa espiral em rampa, numa viagem que se inicia em suspensão sobre o tanque, para passar a um modo de mergulho de descoberta progressiva, numa experiência de imersão no habitat do bacalhau. O auditório informal, com ampla visibilidade para o interior do aquário, marca uma pausa na visita para contemplação e informação sobre a vida desta espécie.
Todos os componentes técnicos de controle estão colocados em cave, garantindo um funcionamento subliminar dos sistemas de suporte de vida, da qualidade da água salgada, do controle da temperatura do ar e ainda das novas reservas do Museu Marítimo