- Ano: 2012
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Fotografias:Peter Bennetts
Descrição enviada pela equipe de projeto. Como criar uma casa em 4.5m? É complicado, mas muito divertido.
Uma família de quatro pessoas viveu nesta modesta casa envelhecida por quase oito anos. Conforme as crianças se aproximaram da adolescência, alguma coisa tinha que ser feita. Abandonar sua casa e mudar para outro lugar não era uma opção, já que a família é parte importante de uma comunidade próspera.
Dentro de Fitzroy há uma mistura densa de casas de trabalhadores e pequenos terraços. Todos são pequenos, muitos são escuros e frios. Muitas das casas estão em condições originais, com uma fachada simples escondendo um conjunto de tijolos e alpendres no quintal com vista para as ruas. Estes alpendres criam uma malha de volumes detalhados e variados, em contraste com a simplicidade da fachada da rua. Quando se constrói na parte posterior de uma propriedade neste contexto, voltada para uma viela, é preciso ter plena consciência do tamanho e textura do edifício existente. Neste contexto a dificuldade para o arquiteto é responder ao conjunto de pequenos volumes enquanto também maximiza os potenciais dos pedidos dos proprietários.
Com Fitzroy gentrificado, vimos a renovação acontecer de forma insensível. Há vários exemplos destes conjuntos de tijolos escuros sendo substituídos por grandes objetos contemporâneos que dominam o contexto. A tática em Moor Street foi maximizar a funcionalidade do interior e os espaços disponíveis, e também responder ao contexto criando um único edifício a partir de três pequenos objetos ao invés de um único monolito contemporâneo. O alpendre cansado que abrigava a cozinha, banheiro, jantar e lavanderia foi removido. Estas funções foram realocadas e atualizadas junto com a adição de um grande dormitório. O terraço de tijolos original foi mantido, arrumado e renovado.
No centro da casa original havia um pequeno poço de luz contendo uma bela, ainda que constrita, árvore japonesa. A família com frequência conversava sobre este ele. As conversas aconteciam, a partir da árvore, desde o dormitório superior até a cozinha, para o escritório e até banheiro. A árvore foi mantida e o poço expandido e fechado com vidro, trazendo-a para os espaços de estar. As conversas entre espaços e níveis, através da árvore, são as melhores e mais fácies.
Os volumes separados no nível superior contem o quarto principal. Este espaço é cercado pela copa da árvore ao sul e a de uma outra grande árvore ao norte, fazendo com que o quarto seja quase uma casa na árvore. Através das copas há vistas para Fitzroy, revelando o conjunto detalhado de tijolos e alpendres das casas dos trabalhadores ao redor.