Dezesseis cidades estadunidenses estão agrupadas no NACTO, uma organização que busca melhorar o transporte, público ou privado, e o desenho das ruas para que estas se foquem nas necessidades reais das pessoas.
Para conseguir isso, acabam de lançar o “Guia de Desenho Urbano de Ruas”, um documento que apresenta ferramentas e técnicas para fazer cidades com ruas mais habitáveis, seguras e mais atrativas em termos comerciais. Por isso, o guia funciona como um roteiro para que outras cidades possam implementar estratégias que já tem dado certo.
O guia trata de seis temas: Ruas, Intersecções, Elementos de Desenho de Ruas, Elementos de Desenho de Intersecções, Estratégias de Desenho Provisórias e Controles de Desenho:
Em relação ao primeiro item, propõe os seguintes seis princípios para o desenho das ruas:
O guia também orienta sobre como devem ser as intersecções, entendendo que um bom desenho faz com que o trânsito seja mais intuitivo e que se criem espaços de encontro para as pessoas.
Para os Elementos de Desenho de Ruas, o guia propõe que os encarregados não apenas levem em conta o ponto de origem das viagens das pessoas, mas também que avaliem o ponto de destino. Assim, poderão considerar quais elementos são necessários durante o trajeto e também para chegar de um ponto até o destino final, com o objetivo de tornar os deslocamentos mais seguros.
Tendo em conta que as intersecções são pontos críticos no desenho das cidades, uma vez que concentram vários meios de transporte, faz-se necessário desenhar cruzamentos que cumpram certos padrões que permitam uma mobilidade segura e melhorem o espaço público do entorno.
As Estratégias de Desenho Provisórias são um conjunto de ferramentas e táticas que as cidades podem utilizar para melhorar suas ruas e espaços públicos em curto prazo. Como em alguns casos os vizinhos estão envolvidos, o projeto pode ser implementado numa fase de teste mais rápida e com menor custo, o que permite que se experimentem várias vezes antes que se instale a versão definitiva. Exemplos disso já foram dados, como a transformação de um estacionamento de automóveis em outro para bicicletas, ou mesmo a transformação de certas ruas para circulação exclusiva de pedestres em determinados horários.
Finalmente, o último grande tema são os Controles de Desenho, parâmetros que focam nos projetistas no momento de iniciar a reconstrução ou o redesenho de uma rua. Um dos fatores que devem considerar é a velocidade, já que o guia defende que existem certas autoestradas rodovias construídas há vinte anos que têm um desenho que leva as pessoas a dirigir em maiores velocidades. Em longo prazo, isso afeta a qualidade de vida dos bairros mais próximos, e faz necessário mudar o desenho das ruas para que sejam mais seguras.
Artigo original via Plataforma Urbana
Tradução: Gabriel Pedrotti. Equipe ArchDaily Brasil.