Um volume cilíndrico de tijolos, sem aberturas laterais. Mede cinquenta metros de diâmetro e nove metros e dez centímetros de altura. Surge de um espelho d'água circular em torno do seu perímetro. Dele saem os doze arcos de raios diferentes, porém dispostos simetricamente, que sustentam o edifício. Um escultura de alumínio coroa o edifício e marca o ponto de entrada da iluminação zenital ao altar.
O edifício é marcado pela forma interna e a luz, que buscam despertar a espiritualidade do individuo. A forma cilíndrica da construção busca se contrapor à malha ortogonal do campus da universidade.
Escondida numa pequena área arborizada do campus, a capela é disposta como um objeto simples em meio ao lugar. No interior, o individuo é transportado a um espaço inesperado, desconhecido da fachada exterior. A parte interna é inundada por um elevado nível de detalhes e qualidades que são reforçadas pela luz natural filtrada.
Ao contrário da fachada externa, suave e homogênea, as paredes internas de tijolos ondulam em torno da circunferência da capela, criando uma nova dinâmica espacial. Essa ondulação interna dos muros corresponde fielmente à localização dos arcos portantes. Através do espaço criado entre as curvas internas e os arcos externos, a capela é iluminada pela reflexão da luz no espelho d'água.
Além das paredes ondulantes, há uma característica no interior da capela que não fazia parte do projeto original: acima do altar de mármore branco, uma escultura de metal de Harry Bertoia cria uma atmosfera impressionante. Pendendo da abertura zenital, a escultura, uma cascata de luz constantemente mutável, reflete e distribui a luz no interior da capela.
De longe, a capela aparece como nada mais que um edifício de tijolos que se assemelha aos dormitórios e os edifícios mais antigos do campus. Porém, é o interior que denota o caráter do edifício: uma caixa de luz que absorve e filtra a iluminação a partir do pequeno espelho d'água e da abertura zenital.
- Ano: 1955