- Área: 400 m²
- Ano: 2005
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Fotografias:Marcos Castilha
Descrição enviada pela equipe de projeto. Edifício para abrigar unidade de uma franquia que não possui padronização arquitetônica.
Do partido arquitetônico
Esse projeto nasceu de um interessante desafio: face ao uso pretendido, o cliente solicitou a adoção de determinados materiais e elementos, o que poderia resvalar para uma (indesejada) abordagem “temática”.
Assim, a proposta escapa de uma solução clichê, imitativa ou meramente cenográfica através de um partido simples, conciso e expressivo: duas empenas de terra sustentam dois elementos de madeira - um plano (cobertura do salão) e um volume horizontal esculpido (mezanino), sob o qual configura-se uma varanda.
No solo, um terceiro elemento - uma cerca de madeira que contém espaços de apoio e se converte na escada para o mezanino - estende-se longitudinalmente até o alinhamento do lote com a rua e “costura” os três espaços: salão, varanda e pátio de acesso. Nos fundos, um corpo térreo abriga sanitários e áreas de apoio à produção.
Da arquitetura
O lote (15 x 35m) era pequeno diante do programa de necessidades e do desejo de oferecer um generoso espaço para público. A “ideia geradora” define o salão como espaço fundamental e integrador, que se expande em duas direções: na vertical, incorporando o mezanino (pé-direito duplo, 7,20m) e na horizontal fundindo-se à varanda e ao pátio de acesso.
Essa continuidade espacial é reafirmada pela abertura total da varanda e pelo piso que se estende até o passeio público (ladrilho hidráulico monocromático, cor terrosa clara, referência ao “chão de terra batida”, que evoca um hospitaleiro terreiro ou quintal).
Assim, essa casa, convidativa, “desdobra-se” até o exterior, ao ambiente urbano, à rua. Nesse contexto o pátio de acesso é um dos ambientes da casa, delimitado por uma cerca, um dos paredões e, no alto, pela iluminação suspensa que remete às festas interioranas ao ar livre. Aliás, destaque para o colega Marcos Castilha, autor do projeto luminotécnico, pela feliz sintonia com os conceitos do projeto arquitetônico e design de todas as luminárias das áreas de público (venceu o “Prêmio Nacional ABILUX de Projetos de Iluminação 2005” da categoria).