Um lugar na períferia de Leiria, em um ponto elevado em relação à rua e aberto sobre a vista da cidade.
O programa é banal: uma casa dividida em zona íntima de quartos e zona social como área de salas.
As áreas íntimas são organizadas à cota da rua, sob o terreno, ao redor de um pátio central com os espaços abertos a pátios privativos. Os espaços das salas dispõem-se em torno de um vazio, que recebe luz de cima e avista de longe o castelo no centro da cidade.
A casa desenha-se com um arquétipo reconhecível rasgado verticalmente pela luz, desenhada por um pátio com três alturas que se abre horizontalmente na cota do jardim. Os pátios dos quartos, abertos ao jardim, relacionam-se de forma variável com este volume arquetipal introduzindo leituras diferentes da sua extensão.
Controla-se volume e escala num entorno desorganizado, com uma imagem clara que desde o seu interior se relaciona com o elemento patrimonial, ao longe, o castelo de Leiria.