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Arquitetos: Diana Radomysler, Suzana Glogowski, studio mk27 - marcio kogan
- Área: 840 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:Nelson Kon
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Fabricantes: Cor e forma
Descrição enviada pela equipe de projeto. Há uma lenda que diz que a região da cidade colonial de Paraty e de Angra dos Reis (entre São Paulo e Rio de Janeiro) tem 365 ilhas, uma para cada dia do ano. Duas caixas de concreto aparente repousam engastadas na encosta de uma dessas ilhas; dois prismas modernos por entre as grandes pedras brutas do litoral brasileiro. Os volumes projetam-se para fora da montanha, quase na altura da praia, num balanço de 8 metros. A casa, numa engenhosidade estrutural, equilibra-se na topografia do terreno, constitruindo um grande vão e um espaço habitável na natureza quase intocada.
Nas pedras de Paraty, na densa mata da ilha, venenosas aranhas, encontram esse volume ortogonal e adentram o gramado que reveste a laje. Movimentando rapidamente as patas, desbravam o terreno As aranhas continuam seus percursos por dentro da residência onde se embreiam por uma coleção de importante móveis do século XX desenhados, entre outros, por George Nakashima, Luis Barragan, Lina Bo Bardi, Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas. As aranhas se perdem no estofado da poltrona.
Os moradores chegam de barco: depois de pisar na areia, já protegidos pela laje, a entrada da casa é feita por uma ponte metálica sobre um espelho d’água forrado por cristais. A ponte conduz a uma escada que conecta-se ao volume inferior. Este volume contém parte do programa da casa: uma sala de estar, a cozinha e a área de serviço. O espaço interno, continuo, tem um grande vão de 27 metros e grandes janelas de vidro que permitem ver a vista, o mar.
A mesma escada da entrada continua, para o volume superior que abriga os quartos. Na parte da frente da casa, painéis retráteis de graveto de eucalipto protegem os dormitórios do sol. Os espaços voltados para a montanha, têm pequenos pátios internos com iluminação zenital e o uso do concreto armado aparente confere uma textura surpreendente para todas as paredes.
Todas as coberturas da casa são terraços: mirantes para os moradores, para as aranhas venenosas, jardim para as esculturas e para plantas medicinais e ervas comestíveis.