Apresentamos a última obra do arquiteto canadense ganhador do prêmio Pritzker de Arquitetura, Frank Gehry : o Biomuseu em Panamá, que está em sua última etapa de construção e pode ser apreciado pelas seguintes imagens.
O Biomuseu é um projeto impulsionado pela Fundación Amador, com o respaldo do Governo do Panamá e com o apoio científico do Instituto Smithsonian e da Universidade do Panamá. A intenção do Biomuseu é mudar a forma que vemos, entendemos e conservamos nosso ambiente. Panamá, devido à sua complexa história e grande concentração de espécies, se converteu num laboratório para o estudo da evolução da vida.
Mais informações a seguir.
O Biomuseu, atualmente em construção, foi projetado por Frank Gehry, autor do Museu Guggenheim de Bilbao, peça reconhecida pela inigualável revalorização do centro urbano desta cidade.
O Biomuseu estará localizado na entrada do Pacífico do Canal na Calzada de Amador. A inauguração ao público será em 2013. O edifício, de 4000 m², contém oito galerias de exposição permanente, desenhadas em sequencia por Bruce Mau Design. Além dos espaços principais, o museu inclui um átrio público, um espaço para exposições efêmeras, loja, cafeteria e exposições exteriores múltiplas localizadas num parque botânico projetado pela paisagista Edwina von Gal.
O Biomuseu transforma totalmente a experiência habitual de visitar uma exposição. Propõe a seus visitantes um papel ativo na busca de respostas que o próprio museu te questiona. Para isso, foi criado uma série de modelos funcionais, chamados mecanismos de surpresa, que ajudam a transmitir as ideias científicas de maneira acessível. O efeito que produzem se localiza num ponto de contato entre a arte e a ciência. Seu impacto visual e físico serve para transmitir o conceito primário de cada sala, provocando nos visitantes a sensação de estar em presença de algo prodigioso. Em cada uma das oito galerias do museu, o espaço e a envolvente formam um todo que serve como metáfora para a comunicação de uma ideia fundamental.
O visitante poderá conhecer mais sobre o Panamá e sua complexa biodiversidade através das seguintes galerias:
• Galeria da biodiversidade: Existe uma incrível abundância e variedade de vida na Terra. Uma rampa dará as boas vindas ao visitante para o mundo da ciência natural e a explosão de vida no Panamá.
• Panamarama: Estamos rodeados por um sem fim de seres e comunidades vivas. Um espaço de projeção de três alturas e dez telas aparecem ao visitante em uma apresentação audiovisual das maravilhas naturais do Panamá.
• A ponte surge: Panamá é um milagre que surgiu do mar há apenas 3 milhões de anos. As forças do interior da Terra que formaram o istmo se apresentaram com três esculturas tectônicas de 14 metros de altura, num espaço de encontro tátil e físico com o mundo geológico.
• O grande intercâmbio: Quando o istmo se realizou, produziu-se um grande intercâmbio de espécies entre América do Norte e do Sul. Uma variedade de esculturas de animais de todas as épocas, formas e tamanhos contará este evento único na natureza que ainda é contínua.
• A pegada humana: Os seres humanos são parte integral da natureza. Num espaço aberto parcialmente ao ar livre, dezesseis colunas contarão a história da presença humana no istmo e suas interações com os cenários naturais do Panamá ao longo do tempo.
• Oceanos divididos: Quando Panamá emergiu, dois oceanos muito diferentes se formaram, alterando a vida em toda a Terra. Dois aquários semicilíndricos de grande altura mostrarão como o Pacífico e o Caribe evoluíram ao se tornarem separados pela criação do istmo.
• A rede viva: Os seres vivos se necessitam mutuamente e interagem de maneiras complexas e invisíveis. Uma enorme escultura, planta, animal, inseto e micro-organismos produzirá no visitante o efeito de estar numa dimensão onde todas as criaturas possuem a mesma importância.
• Panamá é o museu: As maiores surpresas esperam ao visitante fora do museu. Painéis e telas oferecerão informação sobre as relações entre a biodiversidade do Panamá e o mundo, e acesso a uma rede virtual que vinculará o museu com o resto do planeta.
A Fundación Amador é uma organização sem fins lucrativos, conformada por um grupo de membros distintos da comunidade panamense, cujo objetivo é o desenvolvimento de um centro tropical de biodiversidade na área de Amador, aberto a todos os habitantes do mundo. O projeto conta também com o apoio incondicional de uma das instituições científicas e culturais mais prestigiosas do mundo: o Instituto Smithsonian. O projeto despertou o interesse do Smithsonian por sua especial natureza e este mesmo instituto estudou os ambientes terrestres e marinhos no Panamá durante 98 anos, com resultados extraordinários.