Sete anos depois de sua inauguração o Palau de les Arts de Calatrava volta a ser notícia. Em 2005 a polêmica esteve marcada pelo alto custo que significou a Cidade das Artes e Ciência para o município de Valência, apesar disso, o edifício hoje se encontra seriamente deteriorado, sua face externa está descamada, o que não deveria acontecer dado o custo inicial de mais de 400 milhões de euros e o curto tempo de vida do edifício.
Este ano se encerram as obrigações financeiras, pelas quais o governo terá que assumir o custo de 250 milhões de euros em reparos, uma quantia controversa nestes dias em que a crise golpeou severamente a Espanha.
Para Mónica Oltra, porta-voz adjunta da Compromís, "novamente foi demonstrada a incompetência de um governo que mesmo gastando tanto dinheiro, tem a Cidade das Artes e das Ciências em mal estado e não cobram os responsáveis por estes defeitos de recuperação".
Santiago Calatrava se colocou frente a estas críticas, alguns dias atrás, em uma entrevista no RIBA. Nela admitiu pela primeira vez que o custo do campus cultural havia disparado dos € 300 milhões para € 1,2 bilhões, mas isso significava apenas € 60 milhões por ano, um percentual "menor" dentro do orçamento municipal total.
Por outro lado o arquiteto enfatiza o papel que tem desempenhado o Palau de les Arts, em transformar uma área deteriorada e em impulsionar o turismo e a cultura em Valência.
"Tenho certeza que as pessoas estão felizes. É uma instalação enorme. Não somente colocou Valência no mapa, mas também é o segundo complexo cultural mais visitado da Espanha por turistas, depois de Alhambra" e logo acrescentou que Valência e Tenerife, onde projetou a Casa de Ópera, nunca teriam atraído músicos de classe mundial sem os seus ambiciosos projetos.
O Palau de les Arts ficará à espera de que o município avalie o perigo de deslocamento e o orçamento final.
Via elmundo.es e bdonline.co.uk