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Arquitetos: Studio Carlito e Renata Pascucci
- Área: 150 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Julia Novoa
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Fabricantes: Black Angel, Botteh, Diego Limberti, Dk Luminarias, Estudio Moa , Estúdio Bola, Fernando Jaeger, Forja Recicla, Futom Company , Heleno da Luz dos Santos, Passado Composto, Paulo Alves, Ponto Lucce, Vavan, maria jovem
Descrição enviada pela equipe de projeto. Encontro perfeito: localização do terreno, vista para o mar e a presença da natureza. São esses os elementos que encantaram o casal do Studio Carlito e Renata Pascucci para construir a casa de 150m², cuja moradia é o local de refúgio dos profissionais. Privilegiado pela sua localização, pois está entre a serra e o mar, no litoral de São Sebastião (SP), além de ser um espaço para descanso, igualmente divide a experiência sensorial tornando-a também para locação.
Pelo olhar tangencial do horizonte, o projeto consegue acolher o morador como parte da natureza, uma vez que a casa abarca a Mata Atlântica. Em todos os cômodos é possível visualizar a paisagem da Praia do Toque-Toque Grande e nesse repouso estético, a piscina como fundo infinito de frente para as águas há mais 60m de altura do nível do mar, aparenta estar suspensa sob a copa das árvores – seu tom azulado torna ainda imersa e é um dos atrativos da residência.
Pequena e prática, cumpre os requisitos de um projeto arquitetônico que funcionasse para as necessidades da vida a dois. No pavimento térreo, encontra-se o hall de entrada, acesso à escada, cozinha integrada com a sala de estar e lareira, lavanderia, lavabo, área da churrasqueira, deck e a piscina, ambientes onde ambos se conversam. No pavimento superior, apenas uma generosa suíte com closet, que tem acesso para o solarium – espaço contemplativo e técnico, o qual estão as placas solares e a caixa d’água. O escritório optou por trabalhar com grandes vãos de esquadrias, tendo como principal objetivo, o qual leva o nome do projeto: avistar o nascer e o pôr do Sol.
No desejo de estabelecer uma arquitetura contemporânea de linhas retas e vãos, materiais naturais foram utilizados para concretizar o conceito empreendido, como o uso de pedra, madeira, aço e cimento. De uma base neutra, a cor que contrasta o ambiente social é o vermelho na parede da escada e na marcenaria da cozinha.
Diversas foram os mobiliários desenhados pelo próprio escritório no projeto da marcenaria. O ripado em madeira freijó na lavanderia, mesa de jantar em peroba de demolição, caixotes utilizados como mesa de centro em pau ferro e zebrano, estante “Tetris” no hall com uso de madeira freijó e palha, mesa ripada no estilo “botequim” na área da churrasqueira, a estrutura da cozinha, cama e mesas de cabeceira da suíte. Além de peças escolhidas para compor a decoração que levam a assinatura de designers, como Jean Gillon e sua poltrona jangada, banquetas da ilha de Fernando Jaeger, o cocar da tribo indigena Caraiva, quadro óleo sobre tela “Cabeça de Dinossauro” de Diego Limberti, cadeiras e sofá do Estúdio Bola, serigrafias acima da cabeceira do Estúdio Moa, grafite da escada de Ricardo AKN, entre outras perspectivas artísticas que resultaram a poética da Casa Pôr, que transpõe a alma caiçara e o sotaque praiano.