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Arquitetos: CEBRA, JDS, Louis Paillard Architects, SeARCH; CEBRA, JDS, Louis Paillard Architects, SeARCH
- Área: 22000 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Mikkel Frost, Soeren Kjaer
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Fabricantes: AE Stålmontage, Troldtekt
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Iceberg está localizado em um lugar privilegiado em frente ao porto no novo bairro de Aarhus Ø (Aarhus Leste), e consta de 208 apartamentos. A exemplo de muitas outras zonas desgastadas da região portuária, o antigo porto de containers de Aarhus está se transformando em um vibrante novo bairro.
Este é um dos primeiros projetos a serem terminados em uma área que, no momento da sua finalização, será o lar de 7.000 habitantes e proporcionará 12.000 novos postos de trabalho. A área total de 800.000 m2 do local converte-lhe em um dos maiores empreendimentos de uma cidade frente ao porto de toda a Europa.
A inspiração para o Iceberg originou-se da sua extraordinária localização, com espetaculares vistas para a baía de Aarhus. Portanto, a tarefa, aparentemente simples, era maximizar as vistas e as condições de luz solar cada espaço e ao mesmo tempo respeitar o contexto urbano da área.
Ao invés de seguir o plano diretor, que foi dominado por blocos fechados, o projeto se estabelece em quanto alas em forma de 'L', onde os espaços da rua se abrem entre a água. A fim de obter as melhores condições de luz diurna e as vistas para a baía, os volumes do edifício são cortados por linhas irregulares.
As coberturas sobem e descem em forma de picos e vales que criam paisagens visuais através dos volumes individuais - como icebergs flutuantes que constantemente refratam o olhar. Desse modo, até mesmo os moradores das alas do fundo podem desfrutar da vista. O princípio da divisão de cada edifício em picos e vales contribui para adaptar a escala dos edifícios ao ambiente circundante. Ao invés de ser considerado como um bloco fechado para o interior do complexo, esse volume é experimentado como uma estrutura aberta, criando mais apelo arquitetônico.
Em algumas áreas selecionadas se pressiona a estrutura do edifício em direção a rua para criar uma escala e um caráter portuário. Em outras, a estrutura é puxada para cima a fim de gerar mais qualidade urbana. A cidade e o porto encontram-se em um idioma comum.
As formas variadas e espetaculares que derivam desse simples algoritmo fazem com que seja possível criar uma gama de diferentes tipos de apartamentos no complexo - a geometria externa altera-se conforme sobe através do edifício e portanto, também influencia na conformação das plantas, que variam de casas geminadas de dois pavimentos, apartamentos menores e mais acessíveis, até coberturas exclusivas.
A variedade de residências com diferentes sacadas, formas e orientações, assim como a combinação de moradias ocupadas pelos proprietários e as previstas para serem alugadas, criam socialmente diversos entornos urbanos que formam uma comunidade local animada: o complexo de edifícios converte-se em um bairro em vez de uma mera série de blocos residenciais.