Descrição enviada pela equipe de projeto. O conjunto edificado inscreve-se no contexto urbano do Parque das Nações, sendo limitado a oeste pela Av. D. João II, a leste pela Alameda de Oceanos e a sul pela Rua Mar da China.
Em uma plataforma na altura da Avenida D. João II, organiza-se um conjunto de cinco edifícios que se desmaterializam em direção ao rio, enfatizando este último como presença dominante. Dessa forma, dispostos no sentido leste-oeste, os edifícios canalizam as vistas e permitem o cruzamento visual por parte daqueles que desfrutam desses espaços. Privilegiando essa localização, os volumes são expostos a movimentos de translação horizontal e vertical, cujo comportamento influencia, respectivamente, o tipo de relação que as partes estabelecem com a plataforma e o desenho da própria silhueta. Essa plataforma, primordialmente para pedestres (tráfico de veículos controlados), garante, apesar da posição que ocupa, a conexão entre duas cotas distintas e proporciona uma maior fluidez no sentido da implantação.
Ao longo da Alameda de Oceanos, como estratégia de dinamização do espaço urbano, foi criada uma transição entre a parte frontal da parte publica e a parte privada. Abaixo do nível da plataforma, base dos edifícios, estão dispostos consequentemente os diferentes planos, rebaixados em relação com o limite do lote, cuja destituição promove a criação de praças “semi-exteriores”.
Pretende-se que esses espaços estejam associados com uma noção de dinamismo, tanto pela sua configuração formal, como pelas diferentes apropriações que o sujeito possa exercer neles.
O “vazio”, quanto ao espaço de subtração, reforça a continuidade espacial e se responsabiliza pela integração entre as partes, cujo contraste resulta positivamente na criação de uma dinâmica implícita e geral do conjunto.
A organização interna dos edifícios se baseia na ideia de flexibilidade e versatilidade de ocupação, visando permitir apropriações diversificadas, constantes às exigências especificas às quais podem ser submetidas. Seu funcionamento é garantido para situações extremas de comportamento ou para situações de open-space que permitam uma fácil instalação do novo Campo de Justiça de Lisboa.
Buscando garantir a homogeneidade em termos de imagem, sintetiza-se o material: concreto branco, grelha de aço e vidro, conferindo, assim, sobriedade e depuração ao edifício.