O Governo Municipal de São Paulo está estudando a possibilidade de desapropriar 41 edifícios localizados na região central da cidade para transforma-los em habitações populares; uma estratégia para revitalizar a região.
Segundo José Floriano, secretário municipal de Habitação, a prefeitura pretende adquirir estas 41 edificações, muitas das quais há muito tempo ocupadas por movimentos bem organizados. O secretário deixa claro, entretanto, que “ocupação com menos de um ano não vai ficar.”
Dentre as ocupações que serão convertidas em moradias definitivas para sem-teto estão a Ocupação Mauá e a Ocupação Prestes Maia, ambas na região da Luz. Outros dois edifícios tombados pelo patrimônio histórico, o Hotel Lord, na região de Santa Cecília, e o Hotel Cambridge, na Bela Vista, serão revitalizados e transformados em conjuntos de habitação popular.
Uma questão ainda bastante delicada é a situação dos estrangeiros, para os quais Floriano diz que não haverá exceções. “Só para quem mora no país legalmente há mais de cinco anos e tem família. Não temos como atender todo mundo. E não podemos abrir exceções.”
Para viabilizar a moradia no centro com financiamento de R$ 72 mil do Minha Casa Minha Vida, o governo municipal vai fazer um aporte de R$ 20 mil por imóvel, valor igual ao que será depositado pelo governo estadual. Além disso, entram os custos de revitalização de cada prédio. Para 2014, a prefeitura estima gastar R$ 220 milhões em desapropriações — valor bastante superior ao montante gasto no ano passado, cerca de R$ 80 milhões.
“Cada apartamento no centro vai custar R$ 200 mil, um valor bem maior do que qualquer apartamento de programa habitacional no País. Mas vale a pena. Isso vai irradiar uma revitalização sem precedentes na região.”
Floriano diz também trabalhar em sintonia com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do governo estadual. “Os interesses são comuns em desenvolver políticas habitacionais que atendam essas famílias que não conseguem mais pagar o aluguel.”
Referência: R7 Notícias