Atualização: O Conselho Desportivo do Japão divulgou imagens das modificações no Estádio Nacional de Tóquio. As alterações vão, segundo Zaha Hadid Architects, "torná-lo ainda mais eficiente, adaptável e sustentável." O estádio continuará tendo capacidade para 80 mil pessoas.
Após gerar protestos por parte de alguns arquitetos e cidadãos japoneses, o escritório Zaha Hadid Architects comentou que está modificando seu projeto para o Estádio Nacional de Tóquio, principal arena dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Após severas críticas, inclusive dos vencedores do Pritzker Toyo Ito e Fumihiko Maki, o governo japonês já anunciou planos de reduzir o orçamento original de US$ 3 bilhões para US$ 1,7 bilhões.
O Comitê Olímpico Nacional (COI) acalorou ainda mais a discussão, dizendo que apoiaria o plano de reduzir a escala de todo o evento: "Queremos ver mais locais existentes sendo usados, queremos ver mais arquibancadas temporárias.", disse o Vice Presidente do Comitê, John Coates.
Mais sobre a proposta de Tóquio de reduzir suas Olimpíadas, a seguir.
Mês passado o Japão anunciou que estava revendo as proposta de dez de seus projetos Olímpicos devido aos custos inesperadamente elevados da construção, com orçamentos atingindo até 15 vezes a cifra estimada. Além disso, existem preocupações de que essas grandes novas construções tirem o foco dos trabalhos de reconstrução e reparo dos danos causados pelo terremoto e tsunami de 2011.
Sugerindo alternativas para o governo japonês, Coates acrescentou: "Pode ser que haja novas arenas ou locais existentes que, no momento, estejam dedicados a apenas um esporte, mas que com uma programação bem planejada podem receber dois."
Sábado passado cerca de 500 manifestantes se reuniram para cercar o atual Estádio Nacional, carregando cartazes com slogans como "Queremos uma Olimpíada mais econômica e reduzida."
O motivo preciso do escritório de Hadid ter modificado o projeto ainda não foi revelado, mas com o Governo e público japonês e o COI almejando um evento menos monumental, parece improvável que o atual projeto prossiga sem nenhuma mudança. Se essa nova proposta vai ou não agradar os manifestantes é outra história.
Via Architectural Record e Citylab