Quando uma política promove o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, é comum que esta se justifique pela economia que o ciclismo urbano gera. Este é um tema muito importante quando se considera, por exemplo, que em média 16% dos orçamentos familiares nos Estados Unidos são gastos com o transporte, e ainda mais alarmante é a constatação de que esta cifra sobe para 55% nas famílias mais pobres.
Esse e outros temas são abordados no informativo “Pedaling to Prosperity”, elaborado pela Liga de Ciclistas Americanos em colaboração com outras organizações, que traz diversos dados sobre o aumento do uso da bicicleta como meio de transporte urbano, a porcentagem dos deslocamentos diários de bicicleta em todo o país (EUA) e o custo de manutenção de uma bicicleta em comparação com o de um automóvel.
Veja alguns destes dados a seguir.
Somando-se a receita que todos os ciclistas dos Estados Unidos deixaram de gastar em 2012, apenas por se locomoverem de bicicleta, atinge-se a cifra de US$ 4,6 bilhões.
Um dado que ajuda a justificar isso é a comparação entre o custo de manutenção anual de um automóvel (US$8.220) e o de uma bicicleta (US$308); o dobro de rodas, 26 vezes mais caro.
Outra relação que o estudo ilustra é que se todos os motoristas fizerem apenas um percurso semanal de aproximadamente 6,5 km de bicicleta, seriam economizados, anualmente, cerca de US$ 7,3 bilhões em combustível.
Entre os anos de 2000 e 2010 o aumento do uso da bicicleta nos EUA chegou a 40%, com algumas cidades alcançando 70%. Além disso, a porcentagem de percursos realizados a pé ou de bicicleta aumentou para 12% do total de trajetos.
Contudo, esses meios de transporte recebem apenas 1,6% do orçamento federal destinado ao transporte, mesmo com mais de 80% dos cidadãos apoiando a manutenção e o aumento do orçamento, segundo os resultados da Pesquisa Nacional realizada pela Universidade de Princeton.
Participaram da elaboração da pesquisa o Consejo Nacional de La Raza e o Sierra Club, organizações voltadas, respectivamente, para a defesa da comunidade hispânica e do meio ambiente.
Baixe o relatório completo aqui.
Via Plataforma Urbana. Tradução: Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.