O edifício está implantado na porção mais alta de um terreno em declive variável que alcança uma inclinação máxima aproximada de quarenta e quatro por cento. O edifício é caracterizado pela horizontalidade. Sua planta conforma um retângulo tal que seu lado maior é oito vezes maior que seu lado menor.
O edifício desenvolve-se em três pavimentos e contempla áreas de repouso e lazer. Abriga acomodações para até oitenta e três pessoas, bar, restaurante, salões de jogos e de leitura, área administrativa e de serviços. A escada que conecta os três níveis do edifício é helicoidal: seu raio mede dois metros e cinquenta e cinco centímetros.
A retícula estrutural apresenta duas fileiras com três metros de larguras e dez centímetros de largura. Cada fileira tem vinte e cinco pilares. Os pilares são de seção circular cujo diâmetro mede trinta e cinco centímetros. Estão alinhados em eixo sudoeste-nordeste e afastados entre eles três metros. Outros doze pilares sustentam a varanda no pavimento intermediário.
A varanda do pavimento intermediário está posicionada a nove metros de distância do alinhamento lateral esquerdo na fachada noroeste. O retângulo que contorna a varanda mede doze metros de largura por dezoito metros de comprimento.
A face noroeste do pavimento intermediário apresenta múltiplas composições e materiais que produzem a sensação de distintas texturas: venezianas móveis, retículas quadriculadas em madeira, pedra natural e concreto.
No pavimento superior, a fachada noroeste traz venezianas móveis de madeira resguardam as varandas das acomodações, que são determinadas por um retângulo de entre as duas fileiras de pilares com três metros de largura.
Na fachada sudeste apresenta um volume sobressaliente que se estende um metro e sessenta e cinco centímetros do alinhamento da fachada e recua em relação às extremidades quatro metros a sudoeste e sete metros e setenta centímetros a nordeste. Ela resguarda a circulação horizontal deste piso, que em total mede setenta e cinco metros de comprimento.
-
Arquitetos: Marcelo Roberto, Milton Roberto e Maurício Roberto; Marcelo Roberto, Milton Roberto e Maurício Roberto
- Ano: 1943
-
Fotografias:Eduardo Augusto Kneese de Mello. Via Arquigrafia
Referência
Henrique Mindlin e Lauro Pereira Cavalcanti, Arquitetura moderna no Brasil, Aeroplano, Rio de Janeiro, 2000.