Em várias cidades do mundo, as faixas de pedestres estão recebendo intervenções artísticas como forma de chamar atenção de quem passa pelo lugar e conferir mais arte à cidade. A partir das imagens mais compartilhadas nos diferentes lugares, fizemos uma seleção com algumas interessantes intervenções artísticas feitas em faixas de pedestres.
Veja as intervenções, a seguir.
1. Baltimore, Estados Unidos
Durante 2013, o Departamento de Incentivo às Artes de Baltimore (BOPA) convidou os artistas locais a desenhar como poderiam ser feitas as faixas de pedestre e assim, tornar mais interessante a experiência de caminhar pelo centro da cidade.
Entre os artistas estava o pintor Paul Bertholet, que propês que as típicas faixas brancas fossem transformadas em um grande zíper no cruzamento entre as ruas Eutaw e Fayette.
2. Zurique, Suíça
Zurichfest é o maior festival público da Suíça em que participam atores públicos e privados. A faixa de pedestres indicada na imagem se localiza em frente a um McDonalds, que se transformou para receber a edição de 2010 do festival.
3. Winston-Salem, Estados Unidos
Roadsworth é um artista urbano que se caracteriza por intervir com desenhos chamativos em lugares públicos com demandas cidadãs (como a exigência de ciclovias). Em Winston-Salem, propôs que a faixa de pedestres em frente ao Centro de Arte Contemporânea Sudeste fosse transformada em um dominó.
4. Baltimore, Estados Unidos
A segunda faixa de pedestres do centro de Baltimore que recebeu uma intervenção artística por iniciativa das autoridades foi essa, localizada próxima ao Teatro Everyman. Seu desenho foi feito por Graham Coreil-Allen, que não interviu apenas em uma faixa de pedestre, mas nas quatro que fazem parte da intersecção, convertendo-as em um tabuleiro de jogos para que a cidade seja vista como um espaço de entretenimento.
5. Biskek, Quirguistão
Sabe-se pouco sobre essa faixa de pedestres, a pesar da fotografia ter sido muito compartilhada em diferentes websites. A autoria da intervenção é de Begimai Sataeva, estudante de jornalismo da Universidade Americana da Ásia Central e membro do grupo Global Shapers, através do qual desenvolveu vários projetos relacionados à urbanização e a temas sociais em Biskek, incluindo as faixas de pedestre que parecem ter três dimensões.
6. Osaka, Japão
Uma das faixas de pedestre mais famosas do mundo é a de Abbey Road, em Londres, onde os Beatles foram fotografados para a capa de um dos seus discos. Seguindo esta ideia, os personagens do desenho animado Snoopy também estão presentes em uma faixa de pedestres no Japão.
7. Miami, Estados Unidos
Carlos Cruz-Diez é um dos principais expoentes da arte cinética em nível mundial, tendo explorado diferentes vertentes como grandes instalações em espaços públicos, exposições em museus e trabalhos com moda.
Com 91 anos, o trabalho deste venezuelano continua chegando a vários lugares do mundo, sendo a cidade Miami um deles, onde colaborou com a Bienal de Miami e a Associação do Distrito de Artes Wynwood (WADA) através da intervenção na faixa de pedestre localizada na NW 2nd Avenue e 25th Street.
O projeto surgiu como parte de uma inciativa das organizações que procuravam unir a cultura com o desenvolvimento urbano, intervindo nos cruzamentos mais transitados na cidade com pinturas que parecem estar em movimento.
8. Montreal, Canadá
Como a faixa de pedestre dominó em Winston-Salem, este sapato também foi feito por Roadsworth, que começou a pintar as ruas desta cidade em 2001. Como disse o artista, essa intervenção é uma das suas favoritas porque “à primeira vista, um pedestre pode inclusive não se dar conta de que existe algo diferente e por isso, sempre me interessou o aspecto subliminal deste tipo de arte urbana.”
9. Vancouver, Canadá
Alguns dias antes da Marcha do Orgulho Gay de 2013, várias faixas de pedestre de Vancouver receberam intervenções artísticas com as cores do arco-íris, as mesmas da Bandeira LGBT. A faixa de pedestre da imagem foi a primeira a ser inaugurada, um feito que para Spencer Chandra Herbert, membro da Assembleia Legislativa da Columbia Britânica, “faz sentido para marcar a história e dar um pouco de cor à cidade”.
A importância da celebração deste dia em Vancouver se deve ao fato de que foi aqui onde ocorreram as primeiras manifestações em defesa aos direitos das minorias sexuais. A marcha acontece na cidade há 35 anos e se converteu em uma das cinco maiores do mundo.
10. Varsóvia, Polônia
Para a comemoração do aniversário N° 200 do pianista Fréderic Chopin, o Departamento de Incentivos de Varsóvia e o Departamento de Desenho Industrial na Academia de Belas Artes de Varsóvia lançaram um concurso para receber propostas de homenagens ao músico na cidade. Uma das ideias vencedoras foi a de Helena Czernek e Klara Jankiewicz, que interviram nesta faixa de pedestres em 2010.
11. Santiago, Chile
Na segunda versão do festival de intervenções urbanas, Hecho en Casa, realizada em 2013, um dos convidados a intervirem em Santiago foi o canadense Roadsworth. Nessa oportunidade, ele pintou em três lugares da cidade, próximos ao Mercado Central, a Quinta Normal e a Praça Itália. Neste último a faixa de pedestre foi pintada com motivos da Cruz Andina mapuche que, com o passar do tempo, perdeu sua forma.
12. Bristol, Reino Unido
Nos arredores do Centro Paintworks as faixas de pedestre foram pintadas com estampas de animais como zebras e tigres.
13. Mataró, Espanha
Como parte de uma campanha viária, a prefeitura de Mataró, junto à empresa de publicidade Contrapunto, criou essa faixa de pedestre, mais colorida do que as tradicionais com faixas brancas.
14. Oakland, Estados Unidos
No bairro chinês de Oakland, não foram somente as faixas de pedestre que receberam intervenções, mas também os semáforos, que agora deixam o sinal verde para pedestres aberto por mais 15 segundos. Além disso, como a área é bastante transitada por pedestres, foram pintados dois cruzamentos diagonais. O desenho foi feito por Deb Roby.
15. Sichuan, China
Na cidade de Sichuan também existe uma faixa de pedestres em 3D que se diferencia porque incorpora as cores amarelo e azul, que segundo algumas pessoas, atrai mais a atenção dos condutores.
Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.