Um dos mais renomados fotógrafos de arquitetura da atualidade em Portugal, Luis Ferreira Alves vem há décadas fotografando os maiores expoentes da arquitetura de seu país. Trabalhando no Porto, cidade que reúne um ativo e destacado grupo de arquitetos, e com fotografias publicadas em diversas revistas internacionais, o ArchDaily Brasil teve o prazer de entrevistar Alves e perguntar sobre o início de sua carreira, suas predileções na arquitetura e seu processo de trabalho.
Leia a entrevista completa e veja algumas de suas belas fotografias, a seguir.
1. Quando começou a fotografar arquitetura?
Em 1981 o meu amigo da adolescência Pedro Ramalho, notável arquiteto, obrigado a apresentar na então Escola de Belas Artes do Porto, um trabalho dos últimos 10 anos de atividade (7 Obras), pediu-me para eu, que era então um fotógrafo amador, cujas imagens ele bem conhecia, fotografar as referidas obras. O diaporama foi passado no auditório da escola para professores e alunos e provocou de imediato uma série de encomendas (Távora, Siza, etc). Em poucos meses fui obrigado a decidir entre a minha sólida situação como responsável comercial de uma grande empresa pelo desafio, sem rede, da aventura fotográfica. Decidi por esta.
2. Você é arquiteto?
Não.
3. Por que gosta de fotografar arquitetura?
Os meus amigos da adolescência e da juventude, eram quase todos arquitetos ou ligados às artes plásticas e possuíamos uma apetência coletiva, entre outras vertentes, pela arquitetura.
4. Arquiteto favorito?
Alvar Aalto, Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura.
5. Edifício favorito?
Mosteiro de Alcobaça (Cister)
6. Como você trabalha?
Trabalho acompanhado de uma assistente, hoje quase exclusivamente em fotografia de arquitetura, institucional e do território. Na área institucional estou especialmente vocacionado para o acompanhamento de obras de restauro de grandes monumentos nacionais para memória futura. Abandonei praticamente a fotografia de estúdio.
7. Que tipo de equipamento e softwares você usa?
Os meios que utilizo são sempre os mesmos e reduzidos à expressão mais simples, uma câmara digital, três lentes e um tripé. Privilegio a luz existente, mesmo quando coexistem diferentes fontes luminosas. O software é o Photoshop, onde é feita a correção cromática, óptica e perspectiva.