Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Quinta localiza-se na cidade de Santa Fe, na comuna de Arroyo Leyes, a 12 km do centro da capital da Província, pela rota provincial número 1, a rota da Costa, via de comunicação que une as localidades que circundam o sistema de rios, ilhas, riachos e córregos do Paraná, sendo esta condição litoral que define a arquitetura.
Projetar a Sombra
Os elementos vazados buscam um jogo de luz e sombra que adicionam um ar lúdico aos ambientes do edifício com o passar do dia.
A Galeria
A primeira reunião com o cliente ocorreu no próprio local, e no percurso da visita ele mesmo manifestou sua vontade de ter um espaço "em contato com a natureza", em um imaginário de: final de semana, sair da cidade e chegar em um ambiente onde predomina o verde.
Este espaço traduziu-se em uma grande galeria e constituiu-se como o componente articulador do projeto.
Ao Norte, configura-se uma galeria de 4 X 20 metros, limite interior e exterior, articulador de diversos modos e apropriações do habitar.
A Leste conforma-se como conexão entre os dois jardins, e muro limite, evitando vistas a partir do espaço principal da casa.
A Sul, como canaleta de concreto que capta a água da chuva e a conduz ao pátio do oeste.
Os Jardins
A Casa Quinta for pensada a partir de uma intensa relação arquitetura-paisagem, que se manifesta como uma sequência espacial de jardins que articulam o conjunto, expressando as características fito-geográficas da região. Jardins que foram definidos, além disso, na ação, tornando-se um par como subunidade de paisagem; o jardim contemplativo, dos sentidos, se conforma com herbáceas e árvores de cores intensas e um conjunto de videiras aromáticas: flores nativas de cores brilhantes (margaridas do campo, lavandas e verbenas), texturas diferenciadas (grama, pennisetum rubra), o som das folhas do ibirá pirá, ou o movimento pendular do ciná-ciná. O jardim lúdico foi materializado em uma sombra média de timbos; o jardim de contenção por associação de herbáceas que, junto ao damasco (prunus arseniada) e à blindagem do tijolo atenuam a incidência do sol do oeste. Finalmente, o ceibal instiga os mates na borda de sua sombra.
O Muro
O tijolo como marca do território. A tensão entre o estereotônico e tectônico define-se na relação forma-matéria. A estrutura metálica do muro de tijolos conduz os esforços à terra, materializa o limite entre natureza e artificial, enquadra o entrono e possibilita a expansão da vista. Além disso, transforma-se em equipamento: bancos e nichos complementam a necessidade de flexibilidade e versatilidade dos espaços.