Do Templo de Baalshamin à cidade de Nimrud, o Estado Islâmico já destruiu diversos monumentos e relíquias. Agora, arqueologistas de Harvard e Oxford se uniram à UNESCO e ao projeto Epigraphical Database do Instituto de Estudos do Mundo Antigo da Universidade de New York para lançar o Million Image Database Project. Liderado pelo Instituto de Arqueologia Digital (IDA) de Oxford, a campanha planeja levar milhares de câmeras 3D a regiões assoladas por guerras para que as pessoas possa escanear e preservar (digitalmente) a arquitetura e artefatos históricos de suas regiões.
Ate 2016, o projeto busca registrar um milhão de imagens de alta qualidade de objetos em risco localizados em regiões da Síria, Iraque, Líbano, Turquia, Irã e Iêmen. Até 2017 a base de dados espera ter arquivado mais de 20 milhões de imagens, todas com informações de GPS e data.
"Ao relocar os registros de nosso passado na esfera digital, este patrimônio estará para sempre fora do alcance de vândalos e terroristas", comentou o diretor do IDA, Roger Michael, ao The Times.
"Criamos uma versão modificada de uma câmera 3D comum que permite que usuários inexperientes registrem imagens de alta qualidade", disse o grupo. "A câmera carrega automaticamente estas imagens nos servidores da base de dados, onde podem ser usadas para estudos ou, se necessários, recriações 3D. Temos a intenção de implementar mais de 5.000 destas câmeras em zonas de conflito em todo o mundo até o final de 2015."
A distribuição destas é o maior desafio para o Instituto. Espera-se que as imagens registradas de edifícios e objetos sejam detalhadas o bastante para serem recriadas através de impressão 3D.