Piscina Universitária para o Campus de Orense / Francisco Mangado

O terreno escolhido está no ponto mais alto do campus universitário, um lugar que lhe dá um valor especial à relação entre a cidade de Orense e o campus, atualmente ocupado pela presença de uma via muito transitada entre eles. Optar por um programa orientado  para o ócio, e que portanto, pode servir tanto a comunidade universitária como a cidade Orense, lhe ajudará a aumentar o valor do edifício como um elemento da interação urbana.

© Pedro Pegenaute

O projeto é como um grande mirante ao campus. Toda a organização e disposição do mesmo são explicadas a partir deste objetivo. Da piscina, autênticas plataformas elevadas, podem ser vistas, enquanto o usuário se banha, a área do campus. O acesso à piscina, no ponto mais elevando, permite desenvolver continuamente toda a planta onde estão os usos principais. Com uma forma de L são projetados os “usos serventes”, vestuários, serviços, acessos… Todos eles contidos em um bloco concebido com uma materialidade opaca, definida pela menor escala dos usos ali contidos.

© Pedro Pegenaute

Abraçadas por esta disposição estão as piscinas e sua praias, envidraçadas e abertas ao campus, configurando uma superfície que, literalmente, voa sobre ele. Os extremos desta plataforma, cujo uso interior é de áreas de relaxamento e descanso depois do banho, som corpos em balanço (aproximadamente a 8 metros do solo) que parecem escapar da base ancorada no solo, para que os usuários ali presentes tenha a sensação literal de “voar”.

© Pedro Pegenaute

A ideia da plataforma de água, que voa sobre o entorno, é sustentada nela mesma, que leve, apoia-se sobre uma base forte e maciça de granito. Esta base é o resultado de conferir fachada às piscinas, assim como de incluir as áreas de instalações e ainda serviços necessários para o uso da piscina. trata-se de algo que desde o exterior adquire o sentido de ser mais do que uma parte da fachada do edifício, uma base preexistente, de natureza topográfica que se ancora no subsolo , de criar a sensação de mirante que tem o pavimento público.

Corte 2

O outro grande argumento projetual, coerente com o anterior, é a cobertura das piscinas. O grande mirante tem uma cobertura clara, potente e que pretende ser atrativa, de grandes luzes e uma geometria interior, de acordo com as vigas de grande canto existente. Um teto que nos permite criar uma riqueza espacial e de luz –a cobertura tem uma claraboia- que qualificam sem duvida o ambiente geral do conjunto. Durante a redação do projeto, pensou-se continuamente no espaço aquático que era necessário criar, eficaz, mas, também apetecível, sensual e a cobertura adquire, com esse objetivo, um papel fundamental.

Planta 1

 

Ficha técnica:

  • Arquitetos:Francisco Mangado
  • Ano: 2007
  • Área construída: 2800 m²
  • Tipo de projeto: Educacional
  • Status:Construído
  • Materialidade: Pedra e Vidro
  • Estrutura: Aço
  • Localização: Orense, Espanha
  • Implantação no terreno: Isolado

Equipe:

  1. Arquitetos: Francisco Mangado
  2. Direção de Projeto: Francisco Mangado, Gonzalo Alonso Núñez
  3. Colaboradores: José Mª Gastaldo, Manuel Abreu, Javier Fuances, Enrique Jerez, Isabel Oyaga, Edurne Pradera, Isabelle Putseys
  1. Cliente: Universidade de Vigo
  2. Custo Total: 5,000,000 €

 

Sobre este escritório
Cita: Marina de Holanda. "Piscina Universitária para o Campus de Orense / Francisco Mangado" 21 Mai 2012. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-49747/piscina-universitaria-para-o-campus-de-orense-francisco-mangado> ISSN 0719-8906

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