Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício está localizado num vilarejo dos Alpes Cárnicos, próximo à fronteira com a Áustria. Após a Segunda Guerra Mundial, o vale tem testemunhado substanciais fluxos de migração, gerando um contexto arquitetônico heterogêneo numa tentativa de construir uma identidade quando se fala do imaginário dos alpes.
O conceito é expresso através da simplicidade da arquitetura rural, utilizada como instrumento primário e evitando a realização de uma operação mimética ou nostálgica.
O edifício não herda do passado sua forma, mas sim o aconchego e simplicidade de sua apresentação.
As sombras dos volumes de concreto armado e sua cobertura de madeira emergem.
Os bastões de madeira são utilizados como um grid de ventilação, como lógica de reduzir o máximo possível o que é necessário, construindo as portas e janelas, protegendo o sistema de iluminação ou permitindo depósito de utensílios.
A localização do edifício resolve a fratura do tecido construído e produz dois resultados: reconectar com o que é perto através de uma escadaria que leva ao jardim da horta, e aumentando o valor do que está mais afastado, com as janelas que emolduram as madeiras e vistas, além de uma pequena fonte existente antes da intervenção.
A presença da água é uma metáfora de seu percurso. Como ocorre desde as montanhas, desce para as rochas para se tornar fonte, percorrendo uma canaleta de alumínio para desaparecer no tanque feito de pedras.