A Foster + Partners acaba de apresentar seu mais novo projeto, um edifício aberto para escritórios em Luxemburgo. O empreendimento será construído em Belval, na fronteira entre a França e Luxemburgo. Uns dos principais objetivos do projeto é a revitalização da área onde está inserido, uma contribuição positiva para o local e seu entorno imediato. Encomendado pela BESIX Real Estate Development, os arquitetos buscaram inspiração no patrimônio industrial de Belval, contando com espaços de co-working e escritórios compartilhados que tiram partido da natureza em constante transformação dos espaços de trabalho contemporâneos.
O novo edifício de escritórios foi projetado em resposta ao seu entorno construído. Abordando diferentes características do tradicional eixo da Porte de France à oeste e da Place de l'Académie à leste, o edifício conta com um átrio bem iluminado e cheio de verde, configurando um espaço social acolhedor com seu próprio ecossistema. O histórico centro de Belval representa o foco principal das vistas do edifício, conformando um ambiente único conectado com a história do lugar.
Um dos sócios da Foster + Partners, Darron Haylock, disse: "Um dos maiores desafios neste projeto foi criar um edifício que fosse ao mesmo tempo aberto e flexível - adequado aos padrões contemporâneos dos espaços de trabalho -, além de respeitar a herança industrial de Belval. Nos preocupamos, acima de tudo, em criar espaços agradáveis para que as pessoas possam trabalhar todos os dias, oferecendo ambientes que promovem a colaboração e o bem-estar das pessoas. "O edifício foi organizado em duas alas que podem ser acessadas a partir do átrio central. O volume do edifício é envolvido por uma fachada e cobertura de grid ortogonal que enfatizam a modulação do projeto. Os acessos encontra-se recuados em ambas as extremidades. As fachadas foram planejadas diferentemente em relação ao espaço urbano aos quais se conectam.
A fluidez dos espaços internos cria um forte contraste com a simplicidade formal do exterior. As diferenças de nível entre a rua e a praça de acesso são resolvidas através de uma série de terraços escalonados que criam uma seqüência de espaços de estar que acolhem os visitantes. A circulação periférica no interior do átrio potencializa a dinâmica destes espaços, contando ainda com uma série de terraços de uso público que acolhem espaços para reuniões informais e varandas onde é possível ver tanto a paisagem exterior quanto interior.
“O átrio é o coração social do edifício. Com uma espinha dorsal que serpenteia pelos espaços e terraços verdes com vistas para a paisagem. Uma atmosfera atraente e dinâmica para as pessoas trabalharem”, acrescentou Haylock.
A fachada vazada dá pistas sobre como são os espaços no interior deste edifício verde através de uma série de aberturas que interceptam o grid da fachada. A envoltória é estrutural e também ambientalmente responsável, oferecendo uma solução integrada que permite tanto espaços de trabalho sem colunas, quanto sombreamento e iluminação natural. Como parte de um contexto urbano mais amplo, o edifício pode acomodar espaços comerciais e institucionais junto à Porte de France, enquanto cria uma nova frente com cafés e restaurantes junto à Place de l'Académie.