A Itália aprovou um projeto que concede bônus de até 500 euros (cerca de R$ 3,1 mil) para ajudar os moradores de cidades com mais de 50 mil habitantes a comprarem uma bicicleta. A medida está prevista no decreto-lei aprovado em 13 de maio pelo Conselho de Ministros para incentivar a retomada econômica do país, em meio à pandemia do novo coronavírus. Além disso, o projeto também incentiva o uso de veículos não poluentes.
O auxílio será válido até o final de 2020 e a quantia também vai ajudar os italianos a comprarem outros tipos veículos sustentáveis, como patinetes elétricos, hoverboards e segways.
Em comunicado, o governo da Itália afirmou que este é um modo de "incentivar as formas alternativas de mobilidade sustentável ao transporte público". Segundo o ministro do meio ambiente, Sergio Costa, essa medida também serve de apoio a “um setor poderoso da indústria nacional, já que a Itália é o segundo maior produtor de bicicletas do mundo”.
Ao limitar o uso de ônibus e metrô, as autoridades ao mesmo tempo querem impedir que a população volte a usar em grande escala o carro, que em 2019 era o modo adotado por dois terços da população (cerca de 16,5 milhões de pessoas), segundo dados do Instituto Nacional de Estatística italiano. Já a opção por caminhada e bicicleta para ir ao trabalho correspondia à escolha de três milhões de italianos no mesmo período.
Programas em cidades
Antes da chegada dos auxílios estatais, muitas cidades já estavam desenvolvendo programas para promover o uso de bicicletas, incluindo zonas para pedestres nos centros históricos ou a construção de ciclovias.
A cidade de Bari (capital da região de Apúlia, no sul), por exemplo, subsidia a compra de cada nova bicicleta há anos, com valores entre 100 e 200 euros, e dá 25 centavos por quilômetro percorrido em bicicleta no trajeto para o trabalho, até atingir 400 euros por mês.
No outro extremo geográfico, Milão já começou a construir 50 km de ciclovias, a fim de disponibilizá-las antes do verão. O vereador para a mobilidade da cidade de Milão, Marco Granelli, explicou à agência de notícias Efe a motivação para este plano: “O transporte público não poderá abarcar o mesmo número de pessoas e, se todas as viagens forem feitas de carro, vai ser criado um grande problema ambiental”, disse.
Via Mobilize.
Convidamos você a conferir a cobertura do ArchDaily relacionada ao COVID-19, ler nossas dicas e artigos sobre produtividade ao trabalhar em casa e aprender sobre recomendações técnicas de projetos para a saúde. Lembre-se também de checar os conselhos e informações mais recentes sobre o COVID-19 no site da Organização Pan-Americana da Saúde OPAS/OMS Brasil.