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Arquitetos: PALY architects
- Área: 216 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:George Anastasakis
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Fabricantes: BO CONCEPT, BRIGHT, Daikin, Exalco, Home deco, Inalco, KOURASSANIT, Kitchen Gallery, Kostis lighting, Nicolazzi
Descrição enviada pela equipe de projeto. Apoiada na rocha da montanha, adaptada à paisagem e construída com materiais naturais, esta casa de veraneio tem uma forma alongada, protegida ao norte e com vista para o mar ao sul. O projeto consegue adequar a edificação ao meio ambiente, aproveitar materiais locais, a vista e ainda proteger das intempéries.
O terreno fica perto de um cume (Cabo Koutoulas) em terreno rochoso de paisagem selvagem. O norte da casa está voltado para o cume, com a vista para o mar ao sul e sudoeste. Grandes rochas naturais são vistas no oeste juntamente com oliveiras nas pequenas colinas. Os dois volumes limpos, um com a sala de estar, cozinha, sala de jantar e outro com os quartos, são conectados por meio de uma área de estar semi-externa protegida com luz cruzada na direção norte-sul. Eles começam na rocha e terminam em uma plataforma elevada suspensa entre montanha e mar, céu e terra.
Um longo elemento d'água, criado ao lado dos espaços principais da residência, é também o limite para a encosta íngreme, para a vista, para o mar. A forma é finalizada com pérgulas e venezianas de metal e madeira. O desafio foi adaptar a edificação ao meio ambiente, de forma não provocativa, criando o menor “impacto” possível na montanha. A estrutura formal consiste em um paralelepípedo retangular e alongado de um pavimento circundado por um revestimento de pedra ao norte e oeste, com grandes aberturas, um elemento d'água e espaços exteriores de estar ao sul.
O limite da parede de pedra da montanha segue no telhado plano em uma continuação do terreno natural. Um elemento sintético básico, o espaço intermediário entre os espaços interno-externo, é “o abrigo”. Grandes janelas de correr na sala de estar unificam o espaço interior e exterior criando um grande espaço coberto com pérgula, que se une ao espaço semi-exterior.
O maior problema da construção foi a longa distância dos pontos de abastecimento de material e a área acidentada. Acesso até a entrada, privacidade dos quartos independentes com banheiros, sombreamento e proteção do sol e do vento junto com a vista, o desejo de preparar uma refeição dentro e fora, a longa piscina para natação esportiva, sossego e redefinição da relação homem-natureza foram diretrizes abordadas na estratégia projetual. Entretanto, trata-se de uma construção convencional de concreto armado, paredes de tijolo e pedra local, com paredes internas em placas de cimento.
Os pisos internos e externos são feitos em azulejos de grande porte com textura pétrea de cor terrosa. Os telhados planos são de concreto sem revestimento e o restante do piso externo de pedra local. As pérgulas são feitas de metal na cor cobre, com toras de madeira irregulares. Divisórias leves são feitas de vime. Todas as superfícies externas feitas de kourasanit (acabamento externo) com palha na cor do ambiente rochoso. Os materiais foram escolhidos para lidar com as condições meteorológicas da região e painéis solares foram instalados para aquecer a água.
O acabamento externo especializado, kourasanit, os metais com aspecto enferrujado, as esquadrias de isolamento térmico e vidros para as altas temperaturas do verão e os demais materiais utilizados não requerem manutenção especial e são duráveis às condições climáticas locais. O concreto aparente, o barro na cor do solo nas paredes externas, o kourasanit na cor da areia nas paredes internas, os metais enferrujados, a madeira nas pérgulas e a pedra seca natural são os materiais básicos da edificação. O paisagismo surge como continuação da montanha na cobertura da moradia e nos espaços exteriores.