A urbanização e a evolução das cidades modernas levaram ao desenvolvimento de edifícios em altura, os famosos arranha-céus. Tradicionalmente projetados com concreto como o principal material estrutural, sua construção implica um aumento de emissões de CO2 liberadas na atmosfera, poluição do ar e o alto consumo de energia e água. Essas consequências exigem o desenvolvimento de novas estratégias sustentáveis fora da zona de conforto do setor, como a incorporação da madeira como um elemento estrutural. A madeira laminada cruzada (CLT) emergiu como uma nova estratégia estrutural que os arquitetos chilenos começaram a incorporar à arquitetura do país, adaptados às condições e normas locais.
O "Projeto Tamango", da Tallwood Architects, é um exemplo dos desafios e oportunidades da construção de madeira no país e na região, pois pode ser potencialmente o primeiro edifício de 12 andares com uma estrutura de madeira engenheirada. Alterando os paradigmas tradicionais de construção da área, Tamango representa um passo para soluções sustentáveis que seguem um processo de design integrado através de todos os estágios de um projeto arquitetônico.
Quando alguém entra em um Starbucks, sabe quase instantaneamente que está no famoso café, e não em um McDonald's. Além da equipe uniformizada e de uma placa gigante na porta, existem inúmeros outros fatores que fazem um Starbucks parecer um Starbucks. Texturas, materiais, formas, cores, layouts, móveis e iluminação contribuem para a experiência de estar em um ambiente de marca reconhecida. Esses elementos são reproduzidos pelo mundo para criar uma imagem identificável. À medida que os padrões econômicos mudam, as marcas buscam estender suas identidades em experiências espaciais, a fim de se envolver melhor com seus clientes.
Mergulhada em uma crise habitacional há cerca de uma década, a Nova Zelândia modificou sua lei de zoneamento para permitir que mais moradias médias sejam erguidas nos maiores municípios da nação.
A iniciativa surge como resposta à escassez de oferta de unidades, aos valores elevados das propriedades e dos aluguéis e para reduzir o “abismo” cada vez maior entre a renda da população e os custos dos imóveis, como detalha matéria do jornal The Guardian.
https://www.archdaily.com.br/br/992740/as-licoes-da-nova-zelandia-para-aumentar-a-oferta-de-moradiaSomos Cidade
Ao encerrar 2022, fizemos uma retrospectiva de como este ano trouxe novas adaptações na maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos com nosso ambiente construído, especialmente após anos de mudanças sem precedentes. Uma maneira de descrever a identidade de design deste ano é dizendo que não há uma. Nesse período de transição, a inspiração veio de viagens ao exterior, de mundos virtuais imersivos, da comunhão com o planeta, de plataformas que promovam as individualidades e suas expressões, e de uma geração conhecida por suas perspectivas ousadas.
A cozinha surge como um ambiente que perpassa diversas questões dentro da domesticidade. De espaço de trabalho para uma boa bem-vinda mesa de encontros, essa área evoluiu muito com o passar do tempo: projetos mais funcionais, diferentes materiais e texturas que passaram a aprimorar a experiência gastronômica e, mais do que isso, deixou de ser um ambiente fechado em si para se abrir ao exterior, explorando através da permeabilidade uma melhor qualidade de luz e trazendo maior prazer para quem o ocupa.
Os recuos laterais configuram a distância que deve haver entre a construção e o limite lateral do terreno. Planos diretores, código de obras ou leis de zoneamento determinam o afastamento mínimo que deve ser obedecido para garantir que a construção usufrua de uma melhor aeração, insolação e permeabilidade. Embora esse recurso traga diversas qualidades para o ambiente construído, muitas pessoas não sabem como aproveitar o espaço dado pelo recuo e, muitas vezes, ele se torna apenas um corredor de passagem.
O escritório de artes e pesquisa baseado em Londres e Tóquio, MSCTY, é uma agência líder global em música e arquitetura criada em 2010. "Acreditamos que as coisas que ouvimos são tão importantes quanto as que vemos".
A MSCTY dá palco a ambientes urbanos através de artistas que interpretam qualidades espaciais e arquitetônicas em sua música. Fortes conexões com a cena musical da Estônia e um amor pela paisagem urbana em rápido desenvolvimento, mas crua e historicamente rica, levaram a uma encarnação especial do projeto - MSCTY x Tallinn.
Um programa de caráter público cumpre diversas funções que além de aprimorar a dinâmica social do entorno, pode ser um importante fator para aumentar a sensação de pertencimento, a oferta de empregos e serviços, e a qualidade de vida no espaço. Por isso, após apresentar projetos habitacionais populares desenvolvidos em comunidades brasileiras, buscamos por equipamentos culturais que ocupam zonas rurais e urbanas menos privilegiadas em questões de infraestrutura.
Ouvimos muito frases como "você deve dormir no mínimo 8 horas por dia". É do conhecimento geral que isso traz benefícios inestimáveis à saúde, desde reduzir os níveis de estresse e manter o sistema imunológico forte, até melhorar as habilidades de concentração, memória e tomada de decisão. Para garantir uma boa noite de descanso, ter uma cama confortável que atenda às necessidades dos usuários é fundamental, especialmente considerando que os humanos passam um terço de toda a sua vida dormindo. Assim, quando arquitetos, designers e proprietários são confrontados com diferentes opções de cama disponíveis no mercado, a decisão deve ser cuidadosamente pensada e levar em consideração vários fatores, relacionados à estética ou à funcionalidade. Mas antes que qualquer decisão estilística ou material seja tomada, é crucial começar com o básico: definir o tamanho do colchão.
Pensar a marcenaria em áreas molhadas é uma das partes fundamentais do projeto de interiores. No caso dos banheiros, além de criar espaços para armazenamento de produtos de higiene pessoal ou toalhas, a marcenaria pode servir como elemento que compõe o espaço ao trazer diferentes possibilidades de decoração ou, ainda, esconder tubulações.
A estratégia de elevar as casas do solo ganhou popularidade na década de 1920 quando Le Corbusier anunciou as estruturas sobre pilotis como um dos cinco pontos da arquitetura moderna. Uma grande contribuição, principalmente na questão urbana, pois possibilita a criação de um espaço livre com maior conexão entre âmbito público da rua e o privado da edificação. A sua icônica Villa Savoye é um exemplo paradigmático do emprego de pilotis que preserva o terreno natural e, como o próprio Le Corbusier afirma, assenta a casa sobre a grama como um objeto, sem molestar nada. Além disso, os pilotis também serviram como estratégia para o fluxo de veículos, o que pode ser visto na – igualmente emblemática – Casa de Vidro da Lina Bo Bardi e seus esbeltos tubos de aço. Dispostos em uma modulação de quatro módulos de largura por cinco de profundidade, eles mantêm a casa como uma caixa transparente flutuante em meio a natureza respeitando o terreno e auxiliando no conforto térmico da edificação ao permitir a circulação de ar.
Uma das séries de números mais famosas da história, a sequência de Fibonacci, foi publicada por Leonardo de Pisa em 1202 no "Liber Abaci", o "Livro do Cálculo". A famosa sucessão de números ficou conhecida como o "código secreto da natureza" e pode ser vista no mundo natural em diversos casos. Mas, afinal, como essa sequência se relaciona com a arquitetura?
Na elaboração de um projeto de arquitetura, a escolha do piso é fundamental para alcançar o conforto, o estilo e a funcionalidade imaginados pela equipe de projeto. Dependendo do uso e das suas exigências, os arquitetos podem escolher os materiais, texturas e acabamentos mais adequados para cada projeto. Terrazzo & Marble oferece uma alternativa sustentável a materiais usuais como madeira, carpete e cerâmica: os Terroxy Resin Systems, que são conhecidos por sua sustentabilidade, flexibilidade de design, durabilidade e baixa manutenção.
Hoje em dia, arquitetos e designers estão cada vez mais conscientes da responsabilidade que têm em liderar a construção do ambiente virtual. Mas como ele é projetado, como é construído, e qual é o grau possível de experimentação desse espaço?
Discovery: a story about rooftops, airships, robots, and inflatablesé uma exposição recentemente inaugurada na galeria SCI-Arc que aborda justamente este tema. Projetado por Damjan Jovanovic e Lidija Kljakovic, fundadores do lifeforms.io - um estúdio de criação de videogames com sede em Los Angeles, Califórnia -, apresenta uma exploração a respeito da criação de mundos, da inteligência artificial e da ecologia.
A ameaça da mudança climática está se aproximando diante de nós. A elevação do nível do mar preocupa mais de 410 milhões de pessoas em risco de perder seus meios de subsistência. As cidades litorâneas estão cheias de arranha-céus e ruas congestionadas, utilizando a terra de forma insuficiente. Sintetizando estes problemas, arquitetos de todo o mundo propuseram uma resposta potencial - cidades flutuantes. Um futuro da vida na água parece uma mudança radical de como as pessoas vivem, trabalham e se divertem. Os precedentes vernaculares provam o oposto, oferecendo inspiração para aquilo em que nossas cidades poderiam se transformar. Enquanto os líderes mundiais discutem cursos de ação para enfrentar a mudança climática na cúpula climática da COP27 no Egito, o ArchDaily mergulha no conceito de assentamentos radicais à base de água.
No dia 21 de novembro celebramos o dia mundial da televisão, ferramenta de comunicação que transformou as relações sociais desde sua invenção, no fim do século XIX, e disseminação por meio da indústria a partir da década de 1920. Desde então, os programas de televisão, que herdam os gêneros teatrais, surgiram, foram evoluindo e se multiplicando, ganhando protagonismo no dia a dia da população e despertando grande curiosidade sobre seu funcionamento. Dentre seus aspectos, buscamos explorar os cenários e apresentar a lógica que tem por trás dos ambientes televisivos.
Além de alterar a percepção que temos dos espaços interiores, as cores configuram um importante artifício na mão dos arquitetos. Com elas é possível destacar alguns elementos ou espaços, criar ritmo no ambiente e dar possíveis dicas de como o olhar pode percorrê-lo. Uma das alternativas para alcançar esses objetivos está em pintar as estruturas, que podem trazer uma forte identidade ao projeto, uma vez que seus componentes se destacam e tornam a noção espacial ainda mais lúdica.
As cidades nunca estiveram tão engajadas na ação climática. Na Conferência do Clima da ONU de 2021 (COP26), mais de 1.100 cidades representando um quarto das emissões globais de CO2 se juntaram à iniciativa Cities Race to Zero (em português, Cidades na Corrida pelo Zero). Ao fazer isso, esses municípios se comprometeram com ações ambiciosas, inclusivas e equitativas para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C. Em novembro deste ano, na COP27, essas cidades apresentaram seus avanços e informaram como planejam cumprir seus compromissos.
https://www.archdaily.com.br/br/992401/3-elementos-essenciais-para-a-acao-climatica-integrada-nas-cidadesMichael Doust, Nathalie Badaoui e Leo Horn-Phathanothai
Pesquisas recentes revelaram qual a frequência média de banhos diários em alguns países no mundo. Enquanto nos latino-americanos, liderados por Brasil, México e Colômbia, as pessoas tomam de 8 a 12 banhos por semana, na grande maioria dos países litados a média fica em torno de 6 a 8. O banho, ao longo da história da humanidade, envolve tanto aspectos de saúde como religiosos, espirituais e até sociais.
Um edifício emblemático para Meliana e toda a região, o Palauet Nolla data do século XVII e foi um símbolo da famosa fábrica de mosaicos Nolla. Localizado no contexto da paisagem de pomares do norte de Valência, após décadas de negligência, o edifício chegou em estado de ruína por volta de 2010, e seu estado era crítico sobretudo por falta de carpintaria externa, estrutura danificada, telhados afundados e parte da decoração com grave deterioração natural e antrópica, entre muitos outros fatores.
As novas tecnologias vindas do mundo digital promoveram uma série de mudanças na arquitetura e urbanismo. Novos materiais, novas técnicas construtivas, novas formas de fabricação e construção mudaram a forma como projetamos e como pensamos a construção. Mas, para além disso, as novas tecnologias também parecem revelar outras possibilidades de interação entre a sociedade e a arquitetura, transformando a compreensão do que é arquitetura e de qual sua finalidade.
O mundo acadêmico tem muito a acrescentar no campo da arquitetura e do urbanismo. Através de suas pesquisas e propostas surgem visões inspiradoras. Levantam-se possíveis debates sobre a forma como enxergamos, ocupamos e desenhamos o ambiente construído. Sendo assim, realizamos anualmente uma chamada de trabalhos finais de graduação aberta a todos os países lusófonos para apresentar um panorama de temas e projetos que consideramos merecer destaque no ano que passou.
Em uma época na qual passamos de renderizações hiper-realistas para modelos digitais e o reino do metaverso, os modelos arquitetônicos físicos quase se tornaram uma coisa do passado. No entanto, seja para mostrar o projeto final ou como uma ferramenta para explorar diferentes soluções para o mesmo problema durante a fase de criação, alguns arquitetos ainda consideram os modelos físicos como parte de seu processo de projeto.
Com o final de 2022 chegando, decidimos rever todas as maquetes arquitetônicas dos projetos publicados este ano no ArchDaily. A seleção a seguir, separada por maquetes em corte, maquetes abstratas, maquetes detalhadas, maquetes interativas e maquetes que usam materiais não convencionais, lista os melhores modelos físicos deste ano na nossa comunidade.
Como disse a arquiteta e curadora da Bienal de Veneza de 2023, Leslie Lokko, "após dois dos anos mais difíceis de que se tem memória, nós arquitetos temos uma oportunidade única de mostrar ao mundo o que fazemos de melhor: propor ideias ambiciosas e criativas que nos ajudam a imaginar juntos um futuro mais igualitário e otimista".
2023 terá uma série de eventos de arquitetura que tentarão incorporar essas ideias ambiciosas e criativas. Desde a abordagem de Veneza sobre a África como laboratório do futuro até a revisão de 100 anos de Seul, passando por Chicago e sua arte que encontra arquitetura e civismo. A seguir, veja 12 eventos de arquitetura que merecem sua atenção no próximo ano.