
O acesso à moradia adequada é difícil em um país como o Brasil, que possui um déficit habitacional de 6,3 milhões de moradias (FUNDO FICA, 2019). A lógica perversa do mercado imobiliário – em que os custos de compra de terras e imóveis e mesmo de aluguel são altíssimos –, associada à carência de políticas públicas de provisão habitacional – em um contexto social em que famílias com renda de até dois salários mínimos residentes em áreas urbanas gastam 41,2% da renda familiar em despesas de consumo com à habitação (GUERREIRO; MARINO; ROLNIK, 2019) –, fazem com que a aquisição da casa própria seja extremamente difícil para as camadas mais pobres da população.