Versão da publicação original Thresholds 40: “Socio-” (2012)
Poucos arquitetos da atualidade atraem tanta atenção e inquietação quanto Bjarke Ingels. Recém-chegado a Nova Iorque, o autoproclamado futurista empreende sua forma particular de Destino Manifesto, ensinando os próprios arquitetos americanos a trabalhar no país.
Se seu trabalho é taxado de superficial e oportunista, tais críticas não bastam para relacionar a persona expansiva de Ingels às suas impetuosas intenções formais. Na economia atual, Ingels de algum modo sai impune após propor um edifício piramidal ocupando o perímetro da quadra no centro de Nova Iorque, um píer em looping em St. Petersburg, Flórida e um centro de artes em Park City, Utah, em formato de pilha de toras torcida. Tudo isso com seriedade. Porque então seu modus operandi é considerado medíocre por tantos da própria classe?
Certamente, Ingels aproveita e transforma o aspecto "social" e os arquitetos americando deveriam fazer o mesmo. Então, ao estilo das teorias conspiratórias em busca de segredos, vamos à lousa, ou melhor, ao diagrama...
Parte da resposta pode estar na sua qualidade populista, ser e ao mesmo tempo transformar o social.