Escada x Escada Rolante. Até o começo do século XX, a circulação vertical era feita através da escada. Sem o aparato da eletricidade, a circulação vertical demandava esforço físico e atenção dos usuários, dependendo somente da força humana. A escada rolante surge “com o rush das invenções industriais junto aos desejos da ficção científica de 1800, apresentada em 1915 como objeto de entretenimento na grande exposição de Paris e de Coney Island” (KOOLHAAS, 2014, pg.1303). Logo depois, passa a ser usada como elemento funcional de circulação. A princípio, a sua utilização deveria substituir o uso da escada comum, entretanto, o novo aparato tecnológico não cumpriu essa função, passando a ser um elemento complementar e adquirindo um novo significado. Com degraus maiores para acomodar um corpo parado em pé, a escada rolante possibilita um fluxo de pessoas mais intenso, conectando espaços mais íngremes com uma menor área de incidência. Comparada a escada, ambas exigem ritmos, sensações e condicionamentos físicos diferentes daqueles que ali transitam.
Marina Schiesari
Marina Schiesari (1996, São Paulo) é formada em arquitetura e urbanismo pela Escola da Cidade. Trabalhou para a Revista ZUM/IMS. Expôs individualmente o ensaio “Maria, José e Menino” no Museu da Imagem e do Som (MIS SP) pelo programa Nova Fotografia 2019. É autora das fotozines “Futuro do Passado” e “Decompondo O Turista Aprendiz: em meio ao caos descobrir o sublime”.
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Instruções para subir uma escada rolante: fotografia como elemento de análise da apropriação do corpo e suas relações históricas
https://www.archdaily.com.br/br/959104/instrucoes-para-subir-uma-escada-rolante-fotografia-como-elemento-de-analise-da-apropriacao-do-corpo-e-suas-relacoes-historicasMarina Schiesari