O fotógrafo da Archi-Photo, Paul Clemence, compartilhou conosco algumas raras imagens da casa de Pierre Jeanneret em Chandigarh. Ele descreveu esta fantástica experiência em um artigo publicado na revista Modern Magazine, que republicamos aqui com sua permissão.
Chandigarh, a cidade modernista concebida e planejada por Le Corbusier na Índia, oculta o trabalho de outro arquiteto de quem se fala muito pouco. Além do do plano urbanístico e da maioria dos mais importantes edifícios públicos da cidade, projetados pelo arquiteto ícone do modernismo, também é importante destacar o primoroso trabalho desenvolvido por seu primo mais jovem, Pierre Jeanneret, que foi seu colaborador ao longo de muitos anos e foi responsável por transformar as visões de Le Corbusier em realidade. Os dois trabalharam lado a lado nesse grande empreendimento, compartilhando a mesma sensibilidade projetual. Nomeado arquiteto sênior, Jeanneret, de origem suíça, supervisionou as obras deste ambicioso projeto e mostrou suas muitas habilidades, desenvolvendo importantes relações com os profissionais e a comunidade local. "Ele é respeitado como um pai, adorado como um irmão pelos quase cinquenta jovens que se candidataram para trabalhar no Gabinete do Arquiteto", escreveu Corbusier em admiração ao seu primo.
Paul Clemence
Conheça a casa em que viveu Pierre Jeanneret, primo e colaborador de Le Corbusier
Como Peter Zumthor e sua "protégée" Gloria Cabral construíram uma conexão além dos limites do idioma
Em maio do ano passado, a iniciativa Rolex Mentors & Protégés anunciou uma surpreendente parceria: a arquiteta paraguaia Gloria Cabral foi selecionada para passar um ano trabalhando ao lado do famoso arquiteto suíço Peter Zumthor. As diferenças entre ambos - do idioma que falam ao tempo de suas carreiras - eram óbvias desde o início. Mas, como explorado neste artigo de Paul Clemence, originalmente publicado na Metropolis Magazine como "Intuitive Connection" , ao longo do último ano os dois arquitetos vêm descobrindo que as coisas que têm em comum são muito mais profundas.
Esta é uma dupla improvável. Ele é um arquiteto bem estabelecido com uma longa carreira que trabalha em uma pequena cidade localizada no meio das montanhas do cantão Graubünden na Suíça; ela está no início de uma promissora carreira em Assunção, capital e maior cidade do Paraguai. Eles não compartilham nem um idioma em comum, no entanto, se conectam através de algo mais forte que a palavra falada: um senso intuitivo de espaço - e sua ética de trabalho.
Norman Foster fala sobre ter conhecido Niemeyer
Nesta entrevista, publicada originalmente pela Revista Metropolis, como "Q&A: Norman Foster on Niemeyer, Nature and Cities", Paul Clemence conversa com Lord Norman Foster sobre seu respeito por Oscar Niemeyer, seu encontro pouco antes da morte do grande mestre e como a obra de Niemeyer influenciou a sua própria.
Em dezembro passado, em meio a uma agitada agenda de eventos que vieram a definir o Art Basel / Design Miami, encontrei-me assistindo a uma apresentação, durante o almoço, dos planos para o Museu de Arte Norton em Palm Beach, por Foster + Partners. Durante a conversa com Lord Foster, mencionei a minha experiência brasileira e rapidamente a conversa se voltou para Oscar Niemeyer. Foster mencionou a conversa que ele e Niemeyer tiveram pouco antes da morte do brasileiro (coincidentemente aquela mesma semana em dezembro marcou o primeiro aniversário da morte de Niemeyer). Curioso para saber mais sobre a reunião e seu bate-papo, perguntei a Foster sobre esse encontro lendário e algumas das ideias que norteiam o seu projeto para o Museu Norton.
Leia a entrevista: