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Noticias de Arquitetura

Ocupando o quintal: diferentes tipos de coberturas para áreas externas

Independentemente da região, a cultura brasileira preza por momentos ao ar livre. Seja para festas, refeições, conversas descontraídas, fazer exercícios ou simplesmente relaxar, o clima brasileiro em geral permite que os espaços externos façam parte da rotina das pessoas, que conseguem encaixar em seu dia a dia tempos de lazer, descanso ou até trabalho em ambientes externos. Para tanto, muitas casas planejam espaços exteriores com coberturas que tragam conforto para esses ambientes. 

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Arquitetura para comunidades resilientes no Congresso Mundial de Arquitetos UIA 2023

O Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 é um convite aos arquitetos de todo o mundo para se encontrarem em Copenhague de 2 a 6 de julho e explorar como a arquitetura influencia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Há mais de dois anos, a Science Track e seu Comitê Científico internacional analisam as várias formas pelas quais a arquitetura responde aos ODS. O trabalho resultou na formulação de seis painéis científicos: arquitetura para Adaptação Climática, arquitetura para Repensar Recursos, arquitetura para Comunidades Resilientes, arquitetura para Saúde, arquitetura para Inclusão e arquitetura para Parcerias e Mudanças.

Uma chamada internacional de trabalhos foi divulgada em 2022 e 296 das mais de 750 inscrições de 77 países foram convidadas a participar do Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2023 em Copenhague. O ArchDaily está colaborando com a UIA para compartilhar artigos relacionados aos seis temas como preparação para a abertura do Congresso.

Neste terceiro artigo, nos reunimos com os co-presidentes do painel arquitetura para Comunidades Resilientes, Anna Rubbo, Pesquisadora Sênior, Centro de Desenvolvimento Urbano Sustentável (CSUD), The Climate School, Columbia University, e Juan Du, Professor e Reitor da John H. Daniels Faculty of Architecture, Landscape and Design Universidade de Toronto.

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5 Obstáculos ao converter escritórios em moradias

A conversão de prédios de escritórios para o uso residencial é um tema importante entre os incorporadores e municípios que buscam trazer mais estoque de habitação para cidades com poucas moradias. E por um bom motivo: as taxas de ocupação dos escritórios ainda não se recuperaram dos declínios da era da pandemia, e muitos defensores argumentam que as cidades norte-americanas têm prédios de escritórios demais devido ao seu planejamento.

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Steven Holl Architects divulga projeto do novo Centro de Artes Cênicas da Universidade da Pensilvânia

A Universidade da Pensilvânia apresentou o projeto do novo Centro de Artes Cênicas para Estudantes, de autoria do escritório Steven Holl Architects. Com 3.500 metros quadrados, o edifício oferecerá espaços dedicados e flexíveis para mais de 70 grupos de artes cênicas do campus, incluindo dança, teatro e música. A proposta foi baseada em um estudo realizado em 2019 pela Penn’s University Life, que concluiu que era necessário mais espaço para ensaios e apresentações para atender à demanda atual e futura. O projeto começará a ser construído em 2024, com ocupação prevista para o segundo semestre de 2027.

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Arquitetura vernacular para um clima em mudança: livro explora estratégias para uma transição sustentável

À medida que os desafios impostos pelas mudanças climáticas aumentam em número e intensidade, aumenta também a necessidade de encontrar práticas de construção sustentáveis que se conectem aos ecossistemas e meios de subsistência, em vez de prejudicá-los. Embora muitas vezes negligenciada na busca por inovação, a arquitetura vernacular pode oferecer respostas para questões contemporâneas. Essa linha da arquitetura não apenas depende de materiais disponíveis localmente, mas também do conhecimento indígena das condições locais, como orientação solar, padrões de vento, necessidades de ventilação e comportamento dos materiais ao longo do tempo. A Dra. Sandra Piesik, diretora e arquiteta da 3 ideas e fundadora da HABITAT Coalition, explora esse potencial em seu novo livro, Habitat: Vernacular Architecture for a Changing Climate [Habitat: Arquitetura Vernacular para um Clima em Mudança].

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Neurodiversidade, arquitetura e inclusão no ambiente corporativo: princípios e estratégias de design

De fato, a principal responsabilidade do arquiteto é proteger a saúde, a segurança e o bem-estar do público, que inclui uma população diversificada com graus variados de habilidades físicas e intelectuais.

A neurodiversidade refere-se a essa variabilidade intelectual e cognitiva que incluem uma mistura de pessoas neurotípicas e neurodivergentes. Os “divergentes” são normalmente conhecidos como aqueles com diferenças na comunicação, aprendizado ou comportamento. Logo, o objetivo de um arquiteto não é projetar um edifício exclusivamente para populações neurotípicas ou neurodivergentes, mas sim um edifício onde todos os usuários se sintam bem-vindos e confortáveis.

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De-colonizando o cânone: pavilhão "Terra" do Brasil na Bienal de Veneza

Terra é o título da participação do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023, uma exposição com curadoria de Gabriela de Matos e Paulo Tavares que ocupa os espaços do pavilhão brasileiro no Giardini. Dividida em duas galeiras, a mostra propõe questionar os cânones da arquitetura moderna ao mesmo tempo que busca em narrativas ancestrais invisibilizadas alternativas para um futuro de-colonizado e descarbonizado. Terra é o primeiro pavilhão brasileiro a ser reconhecido com o prêmio máximo da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Leão de Ouro.

Num esforço para ampliar o acesso ao conteúdo exposto em Veneza, apresentamos aqui os textos e imagens da primeira galeria, chamada De-colonizando o cânone. A segunda galeria, Lugares de origem, arqueologias do futuro, pode ser vista aqui. O ArchDaily agradece à Fundação Bienal de São Paulo, que generosamente cedeu o material do pavilhão Terra para esta publicação.

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A inteligência artificial é realmente a próxima grande novidade na arquitetura?

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.

Está aqui! A renascença digital do século XXI acabou de produzir sua última debutante, e sua entrada chique e sensacional enviou o mundo a uma histeria impressionada. Agora, sambando sem esforço na disciplina da arquitetura, brilhando com a promessa de ser imaculada, revolucionária e invencível: o ChatGPT. O mais recente chatbot da OpenAI foi recebido com uma recepção frenética que parece tudo muito familiar, quase um dèjá vu de algum tipo. A razão é esta: toda vez que qualquer inovação tecnológica aparece no horizonte da arquitetura, ela é imediatamente empurrada para um holofote cegante e anunciada como o "próximo grande acontecimento". Mesmo antes de ser entendida, absorvida ou ratificada, a ideia já atraiu uma multidão de defensores e uma horda ainda maior de detratores. Hoje, enquanto todos se preparam para serem varridos pela enxurrada de uma nova descoberta, voltamos nosso olhar introspectivo, desembrulhando onde a tecnologia nos levou e o que mais está por vir.

O laboratório modernista do futuro: explorando a arquitetura de Le Corbusier e Louis Kahn na Índia

No início de 2022, a curadora Lesley Lokko anunciou o título da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia: O Laboratório do Futuro. A intenção do tema é destacar o continente africano como protagonista do futuro, um lugar “onde todas essas questões de equidade, raça, esperança e medo convergem e se aglutinam”. Como o continente de urbanização mais rápida, a África é vista como uma terra com potencial, mas também repleta de desafios, onde questões de equidade racial e justiça climática são tratadas com um impacto significativo no mundo em geral.

No entanto, no final dos anos 1950, outro laboratório do futuro estava se formando, onde as novas ideias do modernismo produziram projetos monumentais e estruturas urbanas completas em uma escala sem precedentes: a Índia. Em busca de uma imagem moderna e democrática, o país recém-independente acolheu mestres da arquitetura ocidental como Le Corbusier e Louis I. Kahn e confiou a eles uma ampla gama de encomendas, desde o traçado urbano de Chandigarh e seus principais edifícios governamentais até universidades, museus e projetos domésticos de menor escala. O resultado é uma mistura de culturas influenciando-se mutuamente para gerar resultados inesperados.

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Temas emergentes na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023: destaques dos pavilhões nacionais

Desafiando o público a pensar de forma diferente e mais empática, a bienal de Lesley Lokko é uma representação autêntica de um assunto altamente complexo. Inaugurada em 20 de maio, a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, intitulada O Laboratório do Futuro, já provocou discussões em todo o mundo.

Ao adotar uma perspectiva mais ampla sobre a arquitetura, a exposição desloca seu foco para a disciplina em si, em vez de apenas para a profissão. Não se trata apenas de "construir edifícios", explica a curadora ao ArchDaily. Em vez disso, busca-se questionar nossa compreensão convencional da arquitetura e, com isso, das exposições arquitetônicas. A Bienal de 2023 é um laboratório em todos os sentidos da palavra, uma plataforma global de experimentação e um espaço para explorar novas ideias diante da falta de locais que nos permitam fazê-lo. "Ela empresta sua estrutura e formato de exposições de arte, mas difere da arte em aspectos críticos que muitas vezes passam despercebidos", afirma Lesley Lokko.

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Casas brasileiras: 30 lareiras que impactam o design de interiores

Estamos prestes a entrar na estação mais fria do ano no hemisfério sul: o inverno. Ao pensar como esquentar as casas, uma das primeiras soluções que surgem é a lareira. Afinal, seu fogo traz calor e proporciona um aconchegante espaço de encontro. Somado a isso, seu desenho e implantação podem ser fundamentais na composição espacial de um ambiente.  

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Representando a África na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023: conceitos e abordagens recorrentes

A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, com curadoria da arquiteta, educadora e romancista ganensa-escocesa Lesley Lokko – que também é fundadora e diretora do African Futures Institute (AFI) em Accra, Gana – foi aberta ao público em 20 de maio e ficará em exibição até 26 de novembro. Intitulada O Laboratório do Futuro, a Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano destaca pela primeira vez o continente africano como uma força líder na formação do mundo que está por vir, e a curadoria de Lokko leva os participantes a questionar as noções tradicionais sobre o que o futuro pode trazer e como será a arquitetura.

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Os fractais no coração da arquitetura indígena africana

Os fractais são formas geométricas complexas com propriedades dimensionais fracionárias. Eles surgiram como padrões turbilhonantes dentro das fronteiras da matemática, tecnologia da informação e gráficos de computador. Nos últimos 30 anos, esses padrões também se tornaram importantes ferramentas de modelagem em outros campos, incluindo biologia, geologia e outras ciências naturais. No entanto, os fractais existem muito além do surgimento dos computadores e foram observados por antropólogos em sociedades africanas indígenas. Um deles é Ron Eglash; um cientista americano que apresenta a evidência de fractais na arquitetura, arte, escultura têxtil e religião de sociedades africanas indígenas. Em seu livro, "Fractais africanos: computação moderna e design indígena", os fractais nas sociedades africanas não são simplesmente acidentais ou intuitivos, mas sim temas de design que evoluem a partir de práticas culturais e estruturas sociais. Embora a África seja um continente com grande diversidade de culturas, exemplos de arquitetura e padrões urbanos fractais podem ser encontrados em muitas sociedades indígenas. Essas formas de padrões urbanos e espaciais podem ser identificadas por características básicas, incluindo recursão, escala, auto-similaridade, infinito e dimensão fractal. Elas formam a base do caráter de looping contínuo desses padrões em diferentes escalas que podem se projetar ao infinito. Enquanto os termos usados para descrever o caráter fractal muitas vezes se encontram em matemática e semiótica da natureza, os padrões urbanos nas sociedades africanas indígenas, que são precursoras dessas terminologias, são originárias de práticas culturais e normas sociais. Um exemplo de design urbano fractal é a cidade indígena de Logone-Birni, em Camarões, fundada pelo povo Kotoko. As visões aéreas da cidade mostram iterações contínuas de edifícios retangulares formando um padrão fractal como design urbano. Esses complexos de construções são casas de barro locais construídas pelo povo Kotoko e, como descrito por Eglash em seu livro, "uma arquitetura de acreção", onde novos recintos retangulares crescem adotando e projetando-se a partir das paredes preexistentes de edifícios antigos. O padrão urbano resultante nasce de uma cultura de casa patrilocal e da necessidade de defesa coletiva da cidade. "Um homem gostaria que seus filhos morassem ao lado dele, então construímos adicionando paredes à casa do pai" era a história da arquitetura contada pelos descendentes dessa comunidade. Conforme a montagem de famílias cresce, os padrões fractais emergem, os edifícios coletivos formam um recinto defensivo e a escala de um edifício na paisagem é um testemunho da hierarquia familiar. Os assentamentos Ba-ila do sul da Zâmbia fornecem outro exemplo. As visões aéreas revelam uma série de cercados circulares dispostos dentro de um anel maior que abriga a comunidade, suas casas e cercados para animais. Cada cercado circular contém uma habitação familiar, cercada por um cercado para animais à frente e um altar sagrado atrás. Os cercados diminuem gradualmente de tamanho do topo para a base do anel, revelando a hierarquia de cada família na sociedade. Esse design urbano fractal único reflete a estrutura social do povo Ila, com o chefe da comunidade no ápice e novos membros na base do anel. Designs semelhantes são encontrados em outras comunidades indígenas, como Mokoulek em Camarões e Labbenzanga no Mali. Os fractais estão presentes não apenas no planejamento urbano da arquitetura indígena africana, mas também em seus planos de construção, arte, tecidos, penteados, ritos religiosos, jogos infantis e outros elementos culturais. Em sua palestra TED, Ron Eglash destacou a Insígnia Real, que é o palácio do rei de Logone-Birni. O palácio implica uma recursão de retângulos como padrão espacial. O padrão espacial revela saguões como espirais retangulares onde, à medida que alguém se move mais para o interior do recinto, é necessário se tornar mais educado. Esses planos espaciais fractais essencialmente mapeiam uma escala social para o comportamento das pessoas. A recursão desses fractais também continua em escalas menores, como a forma como os utensílios são empilhados dentro da casa e os padrões que adornam o design de objetos domésticos. Consequentemente, a presença de fractais em vários aspectos da cultura dentro de sociedades indígenas sugere a existência de algoritmos culturais dentro de sua ética. Por exemplo, ritos religiosos, como a Adivinhação de Areia Bamana, são algoritmos fractais importantes em sociedades da África Ocidental. Essa adivinhação, que é nativa dos moradores de Dakar, Senegal, usa um código simbólico de linhas com palavras binárias de 4 bits como modos de busca de conhecimento do sobrenatural. Eglash observa em sua palestra que essa adivinhação não apenas influenciou padrões fractais na África Ocidental, mas também códigos binários e álgebra booleana nos anos 1800, que foram usados para criar o computador digital. Outro algoritmo cultural em sociedades africanas pré-coloniais foi a ausência de hierarquia política e a presença de grupos sociais descentralizados. Essas sociedades apresentavam uma abordagem ascendente para a organização comunitária, que não impunha um plano urbano fixo, mas sim ideais sociais para interpretações arquitetônicas. Essas interpretações foram exploradas com diferentes iterações de famílias individuais e, coletivamente, projetaram um padrão que era fractal. Esses padrões não apenas auxiliaram no design, mas também foram celebrados e adotados como estéticas de práticas culturais dentro dessas comunidades. Essencialmente, os fractais no coração do design indígena africano não eram uma dinâmica social inconsciente, mas sim uma representação abstrata e técnica prática para definir suas estruturas socioculturais. Bibliografia Chétima, Melchisedek. "Além das fronteiras étnicas: práticas arquitetônicas e identidade social nas Terras Altas de Mandara, Camarões". Revista Arqueológica de Cambridge 29, nº 1 (2019): 45-63. Eglash, Ron. "Fractais na arquitetura de assentamentos africanos." Complexidade 4, nº 2 (1998): 21-29. Eglash, Ron. "Fractais africanos: computação moderna e design indígena." (1999). Eglash, Ron, e Toluwalogo B. Odumosu. "Fractais, complexidade e conectividade na África." O que as matemáticas da África 4 (2005): 101-9. Kitchley, Jinu Louishidha. "Fractais na arquitetura." ARQUITETURA E DESIGN-NOVA DELHI- 20, nº 3 (2003): 42-51. Lorenz, Wolfgang E. Fractais e arquitetura fractal. na, 2002.

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Requalificação de orlas marítimas e fluviais: projetos que repensam a relação da cidade com a água

A requalificação de orlas marítimas e fluviais é um elemento importante para a transformação de muitas áreas urbanas, podendo proporcionar uma série de benefícios significativos para as cidades e seus habitantes. A presença da água, seja na forma de rios, lagos ou mares, historicamente desempenhou um papel fundamental para a formação e desenvolvimento de muitas cidades, relacionando-se intimamente com suas dinâmicas. Essa relação modificou-se e apresentou-se de maneiras distintas ao longo do tempo e muitas vezes esses espaços foram negligenciados de inúmeras formas, sobretudo por determinado tipo de planejamento urbano que desconsiderou suas potencialidades em detrimento de outros imperativos, como o transporte rodoviário e a implantação de equipamentos industriais.

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É possível usar criptomoedas para comprar a casa própria?

A aquisição de imóveis através de criptomoedas, como o Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB), já é uma realidade em muitos países como os Estados Unidos, a Inglaterra e o Brasil. Com a ascensão desse mercado e a maior aceitação desses ativos como uma forma legítima de pagamento, investidores e compradores estão explorando novas possibilidades de transação com as criptomoedas, o que, nos anos recentes, vem incluindo o setor imobiliário entre as negociações.

Pavilhão croata investiga modelos de coexistência na Bienal de Veneza 2023

O Pavilhão Croata na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 celebra a coexistência harmoniosa dos elementos selvagens e domesticados, naturais e artificiais, inanimados e vivos. Inspirado nas zonas úmidas de Lonja, na Croácia, onde comunidades que se adaptaram à paisagem em constante mudança coexistem harmoniosamente há gerações para criar um habitat dinâmico, o Pavilhão é um centro de pesquisa contínua sobre futuros potenciais por meio de experimentação e prática educacionais. Com curadoria de Mia Roth e Toni Erina, Same As It Ever Was, foca nas conexões entre atores de diferentes origens ao redor do mundo.

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Regionalismo no design de varejo: personalizar de acordo com o lugar

Há dois anos, a filial do Starbucks em Al Seef, Dubai, chamou a atenção do público por seu design "contextual". Localizado na parte mais antiga de Dubai, o popular café possui um telhado de palha, acabamentos exteriores que lembram barro, telas tradicionais e móveis de madeira, todos mantendo o charme pitoresco da paisagem. O design não apenas chamou muita atenção nas redes sociais, mas também atraiu clientes curiosos para a loja. Misturando-se facilmente com seu contexto, a filial de Al Seef se tornou uma parte do lugar — ao menos visualmente. A loja é uma das muitas ações da Starbucks para regionalizar suas filiais internacionais e se aproximar dos clientes. Em uma era em que os consumidores buscam conexões mais profundas, o regionalismo no design de varejo emerge como uma poderosa estratégia de design.

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Por que os Estados Unidos têm mais espaço para abrigar carros do que pessoas?

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.

Como chegamos ao ponto de construir ambientes onde o carro é tratado de maneira melhor do que muitos dos nossos semelhantes? Nos Estados Unidos, centro da cultura automobilística, espera-se que os estacionamentos sejam convenientes, disponíveis e gratuitos, escreve Henry Grabar em seu novo livro, Paved Paradise: How Parking Explains the World (Penguin Press). Os estacionamentos consomem vastas áreas de terra; em Los Angeles, por exemplo, totalizam cerca de 520 quilômetros quadrados. Apenas em Nova York, há 3 milhões de vagas de meio-fio (sem contar os estacionamentos), que correspondem a 6% da área da cidade - o equivalente a 13 Celtra Parks! Grabar pergunta: que melhor uso poderíamos dar a este espaço? Um estudo de 2021 revelou que, se Nova York recuperasse apenas um quarto do espaço de rua destinado aos carros, poderiam ser criados os seguintes espaços: 800 quilômetros de faixas de ônibus; 65 quilômetros de vias exclusivas de ônibus; 3,5 milhões de metros quadrados de espaço comunitário; 1.600 quilômetros de ruas abertas; 280 mil metros quadrados de novos espaços para pedestres; e 500 mil metros quadrados para restaurantes, empresas e instituições culturais.

Campinas integra soluções baseadas na natureza em planos ambientais

Campinas revisou seus planos ambientais e formalizou as soluções baseadas na natureza (SBN) como parte central das políticas, ações e metas para o meio ambiente do município. Instituída por decreto municipal, a revisão fortalece o compromisso da cidade paulista com a adaptação climática, resiliência, visão de longo prazo e priorização de um desenvolvimento urbano sustentável, equitativo e inclusivo.

Perkins&Will vence concurso para projetar o Bezos Learning Center do Instituto Smithsonian

O Instituto Smithsonian selecionou a Perkins&Will para projetar o Bezos Learning Center no Museu Nacional do Ar e do Espaço, localizado no proeminente National Mall em Washington D.C. A Perkins&Will foi uma dos cinco finalistas selecionadas para a competição. Segundo o Smithsonian, a seleção foi baseada na ampla experiência dos arquitetos em projetar espaços culturais e educacionais, na confiabilidade de sua equipe de gestão e na abordagem estética do projeto.

Antes e depois: o Tropicário do Jardim Botânico de Bogotá

Há quase uma década, uma notícia inundou os meios de comunicação colombianos: o anúncio do projeto vencedor para o Tropicário do Jardim Botânico de Bogotá. Hoje, trazemos todas as informações que coletamos desde aquele momento, tanto sobre o concurso vencido pelo DARP e o processo de construção — até a inauguração em 2021 e sua evolução nos últimos tempos.

Esperamos que este caminho arquitetônico ajude você a conhecer cada passo, cada decisão e cada detalhe que contribuiu para essa realização, entendendo que seu verdadeiro legado está na forma como transforma vidas, inspira comunidades e perdura no tempo.

Pavilhão das Filipinas usa acupuntura urbana para falar da ecologia de Manila na Bienal de Veneza

Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, o Pavilhão das Filipinas apresenta uma mostra que investiga a ecologia e as implicações sociais do estuário Tripa de Gallina em Manila. O corpo de água, que já foi um mecanismo para mitigação de enchentes, agora está congestionado e poluído, afetando a vida das comunidades próximas. O pavilhão tem como objetivo apresentar a iniciativa que se propõe a reunir e investigar as entranhas do estuário e trabalhar com os moradores para encontrar soluções de arquitetura adequadas e sustentáveis. Intitulada "Tripa de Gallina: Entranhas do Estuário", a exposição tem curadoria dos arquitetos Choie Funk e Sam Domingo e apresenta o trabalho do Architecture Collective, representado por Bien Alvarez, Matthew Gan, Ar. Lyle La Madrid, Noel Narciso e Arnold Rañada.

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