Ricardo Bofill, arquiteto espanhol fundador do Taller de Arquitectura (RBTA), autor do icônico projeto Muralha Vermelha e mais de mil obras construídas em quarenta países, faleceu hoje, 14 de janeiro, aos 82 anos em Barcelona, segundo informações oficiais de seu escritório.
Museus são estruturas responsáveis por preservar a história e o patrimônio de uma sociedade. Como instituições culturais intimamente conectadas à vida moderna, estas estruturas operam como uma janela para a história, oferecendo espaços de reflexão e conexão com o passado. Concebidos para promover a compreensão e instigar novas ideias, esses edifícios monumentais muitas vezes nos convidam a transitar em um outro território, entre o passado, o presente e por que não, o futuro. Com um patrimônio histórico invejável, a Alemanha é o lar de uma série de instituições museais, tão diversas quanto renomadas. Visitar estes edifícios nos oferece não apenas uma oportunidade para redescobrir o passado, mas principalmente para explorar novas abordagens de curadoria, taxonomia e organização espacial.
Localizada em uma colina em Mauer, nos arredores de Viena, a Igreja de Wotruba foi o ponto alto da carreira do escultor Fritz Wotruba (o arquiteto do projeto, Fritz G. Mayr, é muitas vezes esquecido). Construída em meados da década de 1970, Mayr completou o projeto um ano após a morte de Wotruba, ampliando o modelo de argila do artista para criar uma escultura de concreto. Como pode ser visto nessas imagens por Denis Esakov, o resultado é um conjunto brutalista caótico que brinca com os limites entre arte e arquitetura.
Localizada na colina de Montjuic em Barcelona, a Fundação Joan Miró, projetada por Josep Lluís Sert, arquiteto de estilo racionalista, é um espaço singular imaginado por Miró com o anseio de aproximar a arte de todos.
A construção em 1975 desse museu consitui-se de um acontecimento importante em Barcelona, uma vez que na época havia uma carência de infraestruturas culturais na cidade. Atualmente, já fazem 40 anos que a Fundação acolhe em seus espaços a obra de Joan Miró, assim como exposições temporárias sobre artistas emergentes dos séculos XX e XXI.
Walden 7 é um projeto que aplica algumas das mais antigas ambições de Ricardo Bofill, abordando grande parte dos problemas da vida urbana moderna. Construído em 1975, localiza-se no mesmo lote de The Factory, sobre as ruínas restauradas de uma antiga fábrica de cimento. O projeto foi concebido a partir de investigações deste renomado arquiteto espanhol, com a ideia de proporcionar espaços e jardins públicos para que os residentes pudessem desfrutar de uma melhor qualidade de vida.
Os arquitetos geralmente são influenciados pelas vontades de seus clientes, sacrificando e comprometendo com relutância as opções de projeto para atender às suas necessidades. Mas o que acontece quando os arquitetos se tornam seus próprios clientes? Quando arquitetos projetam para si mesmos, eles têm o potencial de testar suas ideias livremente, explorar sem restrições criativas e criar espaços que definem totalmente quem são, como projetam e o que representam. Desde icônicas casas de arquitetos como a Residência Gehry em Santa Monica até casas particulares que funcionam como um museu de entrada pública, aqui estão 9 fascinantes exemplos de como os arquitetos projetam quando eles só têm a si mesmo para responder.
Em março de 1972, um artigo no The Architectural Review proclamouoque essa estrutura era “provavelmente o melhor prédio de Paris desde a Cité de Refuge de Le Corbusier para o Exército de Salvação”. [1] O artigo se referia, obviamente, ao primeiro projeto na Europa do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer: a sede do Partido Comunista Francês em Paris, França, construída entre 1967 e 1980. Tendo trabalhado com Le Corbusier no Edifício das Nações Unidas de 1952 em Nova Iorque e concluído recentemente o Congresso Nacional, além de edifícios governamentais icônicos adicionais em Brasília Niemeyer não era estranho à íntima relação entre arquitetura e o poder político. [2]