O ano de 2021 foi turbulento – a pandemia causada pelo novo coronavírus persiste, obrigando as indústrias de design e construção a continuar se adaptando por dois anos seguidos. À medida que os métodos de trabalho remoto e comunicação continuam a ser ajustados e aprimorados, uma infinidade de eventos virtuais fez com que o discurso arquitetônico fora dos paradigmas ocidentais e eurocêntricos pudesse ocupar um espaço central na discussão da arquitetura global.
Além do hegemônico: arquitetura e urbanismo em outros territórios
Fábrica Audemars Piguet Manufacture Les Saignoles / Kunik de Morsier architectes
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Arquitetos: Kunik de Morsier architectes
- Área: 56900 m²
- Ano: 2021
Pavilhão Brugge Diptych / PARA
Ética na arquitetura: repensando a prática em 2021
A ética abrange todas as práticas da arquitetura. Da interseccionalidade e projetos à crise climática, um arquiteto deve trabalhar com uma gama de condições e contextos que informam o ambiente construído e o processo de sua criação. Em todas as culturas, políticas e climas, a arquitetura é tão funcional e estética quanto política, social, econômica e ecológica. Ao abordar a ética da prática, os arquitetos e urbanistas podem reimaginar o impacto da disciplina e a quem ela serve.
Os melhores artigos de 2021
2021 foi o ano de uma nova realidade, com a humanidade se adaptando ao que é conhecido como o segundo ano da pandemia. Enquanto alguns países testemunharam um retorno à normalidade alternativa, abrindo-se para o mundo por meio de viagens e eventos, outros permaneceram presos, ampliando ainda mais as lacunas da desigualdade. No entanto, este ano também trouxe muita esperança em todos os aspectos, levantando dúvidas e construindo soluções para o futuro próximo. Com um grande foco na urgência climática, na pesquisa biomédica e também nas noções de hibridismo, 2021 desencadeou novos entendimentos sobre o meio ambiente que nos cerca e sobre o nosso lugar neste mundo.
Destacando tópicos contextuais, trazendo uma perspectiva local e global, enquanto lança luz sobre narrativas históricas esquecidas, a equipe diversificada de editores do ArchDaily tem estado na frente e no centro, reagindo a tudo o que está acontecendo. Sempre buscando "capacitar todos que fazem a arquitetura acontecer para criar uma melhor qualidade de vida", o conteúdo editorial, gerado em todos os sites, em nossos 4 idiomas, inglês, espanhol, português e chinês, forneceu ferramentas, inspiração e conhecimento para ampliar horizontes e ajudar nossos usuários a construir um futuro melhor.
A arquitetura temporária das bienais, festivais e exposições mundiais
Evento como bienais, festivais urbanos e exposições mundiais têm operado historicamente como um estimulante território de pesquisa e experimentação em arquitetura, cenários que viram nascer algumas das mais provocativas, controversas mas também inspiradoras obras de arquitetura e engenharia. A verdadeira importância das Exposições Mundiais, em particular, reside no fato de que oferecem aos arquitetos um contexto para que estes possam explorar novas ideias e tipologias em uma outra escala que diversamente, não seria possível. Nesta conjuntura, grandes feiras e exposições têm se estabelecido como uma espécie de plataforma para o intercâmbio de ideias e conhecimento. Desta forma, a arquitetura efêmera—e não apenas—tornou-se um espaço de fala para que arquitetos e urbanistas possam dar voz a novas ideias para o futuro do ambiente construído de nossas cidades.
Sede ST International e SONGEUN Art Space / Herzog & de Meuron
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Arquitetos: Herzog & de Meuron
- Área: 8167 m²
- Ano: 2021
Projeto interseccional: transformando a prática arquitetônica para o futuro
Um projeto de arquitetura nasce de nuances, da empatia para com os usuários e de uma compreensão profunda de seu contexto específico. Melhores soluções são aquelas que atendem tanto às necessidades e os anseios dos clientes quanto questões de contexto e identidade. Neste sentido, o projeto interseccional pode ser entendido como uma abordagem que leva em conta diversos fatores —de identidade, gênero, raça, sexualidade, classe e muitos mais — e como estes interagem entre si. Considerando isso, quanto melhor compreendermos as questões de relativas ao contexto específico e ao usuários para os quais projetamos nossos espaços, melhor serão nossos edifícios e, consequentemente, as cidades que estaremos construído para o futuro.
Escola e Residência de Docentes Fass / Toshiko Mori Architect
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Arquitetos: Toshiko Mori
- Ano: 2019
Complexo Residencial Las Américas / SO-IL
Para além da terra e do bambu: tecnologias locais e as grandes cidades
As técnicas vernaculares e os materiais locais têm ganhado protagonismo no debate da arquitetura, mas, é possível trazer esses conceitos para os grandes centros urbanos?
O arquiteto amazonense Severiano Porto já apontava em 1984 a necessidade de se pensar em uma arquitetura mais conectada com o lugar onde está implantada. A lógica do uso de materiais e técnicas locais cada dia mais se mostra necessária quando pensamos no impacto que a cadeia produtiva da construção civil têm no planeta. Não à toa, cada dia está mais comum o número de projetos que partem do princípio das técnicas vernaculares e do uso de materiais locais, assim como a produção de Severiano já anunciava desde a década de 1980.
Pavilhão McNeal 020 / Atelier David Telerman
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Arquitetos: Atelier David Telerman
- Área: 267 m²
- Ano: 2020
Diretrizes sanitárias e pandêmicas para a arquitetura
No artigo desta semana da Metropolis Magazine, Madeline Burke-Vigeland, arquiteta associada ao American Institute of Architects, credenciada pela LEED e diretora na Gensler, e Benjamin A. Miko, doutor em medicina e professor assistente do Centro Médico da Columbia University exploram juntos como a padronização de soluções técnicas e construtivas poderiam ser a solução que todos precisamos para melhor proteger as pessoas da COVID-19 e de futuras pandemias.
Hotel El Perdido / estudio ALA
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Arquitetos: estudio ALA
- Ano: 2021
Cidades 8-80: como projetar espaços urbanos para pessoas de todas as idades?
Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?