É inquestionável que os ambientes influenciam diretamente no comportamento e nas emoções de seus usuários. Estima-se que os seres humanos passem cerca de 90% de seu tempo de vida em espaços internos, por isso é tão importante que eles favoreçam positivamente nossa capacidade cerebral. Um termo específico para relacionar os estímulos que o cérebro recebe dependendo do ambiente em que está é neuroarquitetura. Diversos estudos têm sido publicados sobre esse tema, a maioria sobre o impacto em ambientes de trabalho. Este artigo pretende abordar sobre esse conceito, enfatizando sua importância no projeto de espaços destinados a crianças na primeira infância.
Neuroarquitetura aplicada a projetos para crianças
A escala das crianças: breve histórico sobre mobiliários infantis
Mobiliários infantils são aqueles - fixos ou móveis - desenhados pensando nas crianças, seja de acordo com os seus princípios ergonômicos e anatômicos, ou de forma a assessorá-las da forma mais adequada. Seguindo essa linha, podemos identificar dois tipos de móveis: (1) aqueles que facilitam a relação entre o cuidador e a criança e (2) os que permitem que a criança os utilize de forma independente.
A grande diferença entre esses dois tipos é que os primeiros possuem dimensões que se adaptam à ergonomia do adulto e o segundo são projetados para atender às necessidades ergonômicas da criança, em cada etapa de seu desenvolvimento. Como o crescimento das crianças ocorre de forma relativamente rápida, é comum que os móveis deste segundo grupo sejam multifuncionais ou mesmo extensíveis.
Pedagogia Pikler na arquitetura: jogos de madeira e espaços de liberdade
Emmi Pikler era uma pediatra húngara que introduziu, nos anos pós segunda grande guerra, uma nova filosofia sobre o cuidado e aprendizado durante a primeiríssima infância (crianças até 3 anos). Foi depois do nascimento de seu primeiro filho que decidiu iniciar um experimento: 'o que acontece quando se permite que a criança se desenvolva livremente?'. Os resultados observados culminaram na introdução de uma nova metodologia.
A abordagem Pikler segue o procedimento de observar o livre desenvolvimento da criança utilizando como ferramentas o cuidado com a saúde física, o afeto, o respeito à individualidade e a autonomia de cada criança. Seguindo essa lógica, torna-se desnecessária alguma estimulação ou intervenção por parte do adulto. Para que a criança possa vivenciar o espaço com liberdade de movimentos, alguns cuidados devem ser tomados na preparação desses ambientes.
Banheiros coletivos para crianças: O que considerar ao projetar?
É bastante comum usar o termo acessibilidade ao projetar espaços para pessoas com necessidades especiais ou para idosos. No entanto, para garantir um design universal eficaz para as crianças, é imprescindível conhecer e focar em suas necessidades específicas, com base em ergonomia, segurança, iluminação natural e artificial, cores e acessórios. Neste artigo, abordaremos os parâmetros mais importantes a serem considerados ao especificar dimensões e materiais em banheiros coletivos para crianças pequenas.
Escola Primária Maple Street / Barker Associates Architecture Office + 4Mativ Design Studio
- Área: 3300 m²
- Ano: 2016
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Fabricantes: Armstrong Ceilings, ASI Architectural, Abet Laminati, Amkel, Architectural Surfaces, +10