Em praticamente todas as cidades do mundo, sempre encontraremos algum tipo de espaço residual: terrenos vazios, áreas abandonadas, lacunas deixadas entre uma obra e outra, espaços em branco, sem uso. Nestas circunstancias, uma série de lotes urbanos acabam se tornando inadequados ou inaptos à construção de tipologias convencionais. Entretanto, estas mesmas limitações podem se tornar um terreno fértil para a nossa imaginação. Ressignificar um espaço esquecido, uma esquina desocupada, becos sem saída ou terrenos de formatos estranhos pode nos abrir uma nova frente de trabalho, criando novas oportunidades para o desenvolvimento urbano como um todo. Seja ampliando os espaços existentes de moradia ou acrescentando novas atividades e programas em áreas densamente povoadas, ocupar terrenos residuais pode ser uma valiosa contribuição para a ativação do espaço urbano.
Preenchendo lacunas: a arquitetura dos espaços residuais
Microrresidências na China: "tiny houses" como solução para cidades densas
De acordo com a publicação das Nações Unidas, "As Cidades do Mundo em 2018", estima-se que, "em 2030, as áreas urbanas deverão abrigar 60% das pessoas em todo o mundo, e uma em cada três pessoas viverá em cidades com pelo menos meio milhão de habitantes. " Além disso, entre 2018 e 2030, estima-se que o número de cidades com 500.000 habitantes ou mais deverá crescer 23% na Ásia. A China, maior economia da Ásia, tem um PIB (PPC) de US $ 25,27 trilhões, e está se expandindo rapidamente, tanto econômica quanto demograficamente.
Tiny Houses sobre rodas: flexibilidade e mobilidade em arquiteturas de pequena escala
Não se sabe ao certo onde e quando a roda foi inventada, mas, segundo o antropólogo americano David Anthony para a BBC, existe uma série de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C. na Eurásia e no Oriente Médio. Desde sua criação, a roda revolucionou a forma como os seres humanos lidam com uma série de atividades e, sobretudo, com os deslocamentos.
Arquitetura pop-up: construindo novas experiências em pequena escala
A arquitetura pop-up se aproveita de pequenos espaços para criar experiências intimistas. Como estruturas temporárias e nômades, pavilhões pop-ups não são novidade no mundo da arquitetura, remontando à antiguidade quando era utilizadas durante diversos tipos de festivais. Levando a arquitetura para além de seus limites, estruturas temporárias têm como principal objetivo chamar à atenção do público, divulgando identidades, marcas e/ou produtos em contextos muito especiais. Atualmente, esta abordagem está se transformando em algo mais do que apenas intervenções efêmeras, influenciando decisivamente a maneira como pensamos e concebemos nossos edifícios.
Cidade dos insetos: os pequenos limites entre ser humano e natureza
É possível que ainda tenhamos muito caminho pela frente no que se refere à relação com a diversidade de flora e fauna nos habitats urbanos, mas é surpreendente como a arquitetura que encara essa abordagem se revela rápida, fácil - e até divertida.
Micro Escritório em Muxarabi de Madeira / LIVRE arquitetura
Sob a ótica do pensamento ocidental, um espaço confinado de 1,60 m x 3,00 m é, normalmente, considerado um lote não edificável, um permanente não lugar. Porém, este projeto comprova a possibilidade de uso de pequenos lotes, em alinhamento ao modo oriental de aproveitamento do espaço urbano.
Casas mínimas e espaços coletivos: comunidades de Tiny Houses ao redor do mundo
Não é nenhum segredo que as Tiny Homes (casas de pequena escala) tornaram-se extremamente populares nos últimos anos - um significante da vida boêmia minimalista em resposta aos excessos dos dias atuais. De trailers reformados a casas Muji pré-fabricadas e cápsulas Nestron futurísticas, o mundo da arquitetura viu uma variedade de pequenas casas ganharem atenção viral na última década. À medida que essa tipologia se espalha mais pelo mundo, as comunidades dessas casas também proliferaram, surgindo na América do Norte, Nova Zelândia, Leste Asiático e muito mais. Essas comunidades combinam o estilo de vida pitoresco de vida minimalista com espaços coletivos para interação social, reunindo famílias e indivíduos com interesses semelhantes em vizinhanças da moda. Examinaremos várias dessas comunidades abaixo.
Divisórias e corrediças: mecanismos móveis para aproveitar espaços pequenos
Na Bienal de Veneza de 2014, o célebre curador Rem Koolhaas escolheu um caminho pouco usual. No lugar de explorar as grandes questões que assolam a profissão e a sociedade, o tema do evento, "Fundamentals" e sua exposição principal, "Elements of Architecture", examinou em detalhes todos os fundamentos dos edifícios, usados por qualquer arquiteto, em qualquer lugar, a qualquer hora. Segundo Koolhaas, “Arquitetura é uma profissão treinada para juntar as coisas, não para desmontá-las. Somente olhando os elementos da arquitetura sob um microscópio podemos reconhecer as preferências culturais, avanços tecnológicos, mudanças desencadeadas pela intensificação do intercâmbio global, adaptações climáticas, normas locais e, em algum lugar na mistura, as ideias do arquiteto que constituem a prática da arquitetura hoje.”
Otimização de espaços domésticos: 30 plantas de apartamentos de 20 a 50m²
Projetar o interior de um apartamento de área reduzida é, sem dúvida, um desafio. Sabemos que uma residência deve ser o mais confortável possível para seus habitantes, mas quando dispomos de poucos metros quadrados e algumas funções imprescindíveis, encontrar a disposição espacial mais adequada não é tarefa fácil. Para lhe inspirar em seus próximos projetos de pequena escala, compilamos a seguir 26 plantas de apartamentos de 20, 30 e 40 metros quadrados.
Tiny Houses como transição para moradores em situação de rua
A questão do déficit habitacional assola praticamente todos os países. Segundo um estudo da McKinsey Global Institute, 330 milhões de famílias urbanas em todo o mundo carecem de uma moradia decente ou os custos da moradia são tão pesados que elas precisam renunciar a outras necessidades básicas, incluindo alimentação, assistência médica e educação para os filhos. Segundo a WRI (World Resources Institute), estima-se que 1,6 bilhão de pessoas carecerão de habitação adequada até o ano de 2025.
20 Detalhes construtivos em projetos de pequena escala
Ao longo da história, a simplicidade estrutural constituiu algumas das formas mais habituais de prática e expressão da humanidade. Habitações, refúgios e mirantes de pequena escala foram configurados por uma infinidade de materiais que conformaram de maneira eficaz, através da técnica, diferentes formas de respostas a uma mesma necessidade.
"Tiny Houses": o que significa reduzir o sonho da casa própria
O sonho de construir uma casa em um jardim com cerquinha branca parece não ser mais tão apelativo quanto outrora. Entre crises econômicas e habitacionais, o sonho da casa própria está cada dia mais distante do alcance do cidadão comum de classe média, uma retração global que resultou consequentemente em um acanhamento do próprio espaço habitável. Neste contexto, o movimento 'Tiny Houses' vem ganhando força no cenário internacional. Mas esta apologia ao espaço mínimo tem feito arquitetos e autoridades do mundo todo levantarem uma série de questões, perguntando se estas 'micro-arquiteturas' seriam capazes de resolver as questões mais urgentes em relação ao acesso à propriedade ou se servem apenas para glorificar e mercantilizar condições precárias de moradia.
Série do Netflix "Tiny House Nation" mostra a construção de espaços residenciais mínimos
O Netflix lançou uma nova série sobre casas pequenas e espaços mínimos. “Tiny House Nation” acompanha os especialistas em reforma John Weisbarth e Zack Griffin em diferentes cidades dos EUA em sua jornada para ajudar os protagonistas de cada episódio a construírem suas casas de menos de 50 metros quadrados.
ONU e Universidade de Yale apresentam projeto de habitação mínima sustentável
A Universidade de Yale, em parceria com o UN Environment e UN-Habitat, acaba de apresentar um novo projeto experimental de habitação mínima auto-suficiente em energia. O esforço de uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos representa uma contribuição efetiva para a disseminação de novas tecnologias assim como aponta um caminho possível de como emprega-las em projetos de habitação social, tornando-as mais acessíveis a uma maior parte da população. Com 22 metros quadrados, a casa é alimentada apenas por fontes de energia renovável e foi projetada para “avaliar o quanto somos capazes atualmente de minimizar a exploração de recursos naturais”.