À medida que a industria da construção civil evolui, novas tecnologias estão moldando a forma como projetamos e construímos nossos edifícios. Estas inovação são produto de idéias compartilhadas e da convergência de novas tecnologias de construção, abrindo um mar de novas possibilidades para a industria da arquitetura e construção. Desde a escala atômica e a criação de novos materiais inteligentes até a construção de casas pré-montadas concebidas para a colonização de outros planetas, o novo movimento chamado de “BuildTech” está transformando todos os setores da industria da construção civil. Como resultado disso, novas formas de se projetar estão sendo disseminadas interferindo decisivamente na maneira como desenhamos e construímos nossos edifícios e cidades.
BuildTech: inovações que estão moldando a forma como projetamos e construímos nossos edifícios
Canteiro de obra sem operários: como a tecnologia tem transformado o modo como projetamos
A construção civil é uma industria que evolui constantemente e de acordo com o seu tempo e as tecnologias disponíveis. Por outro lado, existem coisas que não mudam nunca, ou melhor, que ainda não mudaram. Mas como seria um canteiro de obras sem nenhum ser humano, por exemplo? Esta é uma indagação recentemente levantada pela multinacional britânica do ramo da construção civil, Balfour Beatty, a qual eles procuram responder em um artigo publicado no seu site intitulado “Innovation 2050 - Um futuro digital para o setor da construção civil.” Esta espécie de relatório, publicado pela Balfour Beatty, passou a ser um ponto de referência para avaliar como a industria da construção civil, e a arquitetura em si, estão caminhando em direção à robotização dos canteiros de obras ao redor do mundo.
Outubro no ArchDaily: Inovação
A revolução digital, sobreposta aos desafios ambientais, econômicos e sociais de nosso mundo atual, exige que a arquitetura reveja muitas de suas tradições e bases sobre as quais vem operando nas últimas décadas e séculos.
Fachadas Inteligentes: Edifícios adaptando-se ao clima através da pele
As fachadas constituem a interface entre interior e exterior de uma edificação. São as partes mais marcantes e visíveis das obras, atuam na proteção contra os agentes externos e são dos maiores responsáveis por criar ambientes confortáveis, uma vez que é ali que ocorrem os ganhos e perdas térmicas. Assim como a nossa pele, um órgão extremamente versátil no corpo, seria natural que fosse a parte da edificação que carregasse tecnologia de forma a tornar-se adaptável às condições ambientais do local onde está inserida.
Como a automação residencial afetará nosso futuro?
Antes restrita a construções luxuosas ou super tecnológicas, a automação residencial vem se mostrando uma aplicação cada vez mais fundamental e acessível aos projetos de arquitetura, sejam edificações novas ou reformas. Ainda que entender a forma como operam seja extremamente complexo, o objetivo principal das tecnologias é tornar a vida mais simples, segura e fácil. Por definição, a automação residencial busca ser globalmente inteligente, funcionando como um sistema que facilita os processos, sem complicar desnecessariamente a vida do usuário. A ideia é conectar entre si dispositivos e aparelhos, que por sua vez se ligam e conversam através de um controle centralizado, acessado por computadores, tablets ou telefones celulares. Inclui-se aí luzes, eletrodomésticos, tomadas elétricas, sistemas de aquecimento e refrigeração, mas também alarmes, portas, janelas, detectores de fumaça, câmeras de vigilância, entre muitos outros sensores e aparelhos.
Como podemos reduzir a emissão de carbono em projetos de arquitetura?
Estima-se que, desde a década de 70, as demandas de recursos do estilo de vida atual da sociedade excedam a capacidade biológica do planeta para atendê-las. Ou seja, estamos retirando e poluindo a natureza mais do que ela pode se recuperar naturalmente. Segundo o Banco Mundial, se a população mundial chegar mesmo ao número projetado de 9,6 bilhões de pessoas em 2050, serão necessários quase três Planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários a fim de manter o atual estilo de vida da humanidade.
10 Soluções de Fachadas Adaptativas para uma Arquitetura Resiliente
O termo “resiliência” tem sido utilizado para os mais distintos assuntos. Sua definição científica é a capacidade de uma substância ou objeto retornar à forma depois de sofrer algum trauma. Ou seja, é bem diferente da resistência, pois trata-se da capacidade de adaptação e recuperação. Na ecologia, a resiliência trata da capacidade de um ecossistema em responder a uma perturbação ou a distúrbios, resistindo a danos e recuperando-se rapidamente. Já na arquitetura, desenhar algo tendo a resiliência em mente pode levar a diversas abordagens. Um projeto resiliente é sempre localmente específico. Prever os possíveis cenários típicos de uso da edificação e mesmo as situações de desastre que poderiam desafiar a integridade do projeto e dos ocupantes é um importante ponto de partida. Além disso, podemos abordar sobre as estruturas e materiais adaptáveis que podem “aprender” de seus ambientes e se reinventar continuamente. Se pensamos em programas e robôs com logaritmos que aprendem com o contexto, porque não podemos usar o mesmo raciocínio em nossas construções?
Pedras Megalíticas inteligentes que podem ser movidas e montadas facilmente com as mãos
Matter Design Studio fez parceria com a CEMEX Global R&D para desafiar a relação entre a massa de materiais e o esforço físico das práticas de construção contemporâneas, explorando o movimento e a montagem de objetos pesados em escala real, fabricados com computação avançada. O objetivo do Walking Assembly é eliminar o guindaste da equação construtiva, transferindo o esforço de pessoas para objetos, liberando-os para brincar com sua massa.
Calçadas que geram energia através dos passos
Sol e vento vêm à nossa cabeça rapidamente quando pensamos em energias provindas de fontes renováveis. Descentralizar a produção de energia elétrica de grandes usinas é algo que tem movido engenheiros e inventores por todo o mundo. Mas pensar em transformar a energia mecânica do caminhar das pessoas em energia elétrica é algo que sai um pouco do senso comum. A tecnologia foi desenvolvida pelo fundador da Pavegen, Laurence Kemball-Cook, através de uma plataforma que se mescla ao passeio, desenvolvendo um produto que converte os passos em energia elétrica, mas que também pode gerar dados e até recompensas. Mas antes de sair por aí se sentindo o Michael Jackson em Billie Jean, entenda melhor como esse sistema funciona.
Resolva detalhes arquitetônicos complexos com este 'duplicador de contornos'
A maioria dos materiais que usamos na construção de nossos projetos tem formas e dimensões que visam facilitar seu armazenamento, transporte e instalação, sendo constituídos, em sua maioria, por modulações ortogonais. Esses ângulos retos nem sempre se encaixam na irregularidade de nossos projetos, nem coincidem exatamente quando encontram materiais de formas orgânicas ou outros elementos específicos, como dutos, pilares ou móveis.
Opacidade ou transparência: vidro inteligente muda aparência em segundos
Os vidros inteligentes mudam suas propriedades e aparência permitindo a otimização das condições ambientais de um espaço e segundo o uso e as necessidades de seus ocupantes.