Hoje em dia, arquitetos e designers estão cada vez mais conscientes da responsabilidade que têm em liderar a construção do ambiente virtual. Mas como ele é projetado, como é construído, e qual é o grau possível de experimentação desse espaço?
Novos mundos, inteligência artificial e ecologia: uma história sobre telhados, aeronaves, robôs e infláveis
Instalações de Stefano Boeri e Daniel Arsham se destacam na Miami Art Basel 2022
Diferenciada por sua qualidade, profundidade e diversidade, a Design Miami 2022 foi concluída, dando aos colecionadores e aos visitante do mundo inteiro o melhor em arte e design contemporâneo e emergente. Começando no final de novembro e indo até a primeira semana de dezembro, o evento ocorreu em paralelo ao anual Art Basel Miami Beach. A feira internacional de arte apresentou desde instalações interativas a exposições de arte promissoras e obras-primas do século XX, incluindo Daniel Arsham, Andrés Reisinger, e Stefano Boeri. Também durante este evento, o MetaMundo apresentou os Top 50 Criadores do Metaverso - uma coleção selecionada a dedo de alguns dos melhores artistas 3D do mundo.
Como o metaverso pode ser usado na preservação de edifícios históricos
Imagine que você tem agendada uma visita à uma edificação muito importante para a história da arquitetura, uma obra-referência para todos os entusiastas do meio. Você provavelmente se equiparia com uma câmera fotográfica ou um bom celular, em alguns casos, levaria lápis, caderno e até uma trena para registrar curiosamente todos os seus aspectos.
"A arquitetura nunca está finalizada": entrevista com FAR, criador do primeiro projeto generativo para o metaverso
A promessa do metaverso, esse novo tipo de espaço digital tridimensional imersivo, está se mostrando cada vez mais atraente para arquitetos ansiosos por explorar o novo reino da criação virtual. Tal como está atualmente, o metaverso não tem uma definição singular, mas é composto por muitas narrativas e explorações. No entanto, esta terra desconhecida é um terreno fértil para os arquitetos, que têm a oportunidade de moldar não apenas o novo ambiente, mas também as experiências dos futuros usuários. O projeto SOLIDS representa uma resposta a essas condições. Desenvolvido por FAR, um arquiteto e engenheiro que trabalha com ambientes digitais, o SOLIDS utiliza um processo generativo para projetar edifícios únicos compatíveis com o metaverso.
Crystal City e a torre multiuso mais 'alta' do metaverso
Felipe Escudero, fundador e diretor do Estudio Felipe Escudero (EFE), com sede em Quito, apresenta a Crystal City, seu mais recente projeto no metaverso para a LEDY, um dos principais desenvolvedores do meio, e Decent Amusements, o administrador do distrito. Além de contar com uma plataforma de observação a uma grande altura, um mercado com cobertura de gelo e uma galeria de neve compactada, este novo destino do metaverso também vai contemplar a torre multiuso mais alta da Decentraland, a Crystal Tower.
Primeiro edifício comercial de NFT é vendido em Nova York
Um desenvolvedor em Nova York comprou o primeiro edifício comercial de token não fungível (NFT) na cidade de Nova York. "Localizado" na 44 West 37th Street, o NFT de 4.700 metros quadrados serve como um ativo digital imutável que aponta para uma transformação na forma como projetamos, construímos, operamos e monetizamos nossos espaços, com apenas "um clique". O edifício de 16 andares foi criado pela empresa de inteligência espacial Integrated Projects e questiona a função da arquitetura no mercado imobiliário e no metaverso.
Casa NFT traz questionamentos sobre a função da arquitetura no metaverso
O MetaMundo lançou seu segundo NFT tridimensional, uma casa ao lado do oceano, completa com uma galeria NFT, pavilhões de meditação e áreas de entretenimento. A estrutura foi projetada pelo arquiteto americano e criativo híbrido Luis Fernandez para se tornar um espaço imersivo para fazer reuniões, brincar e relaxar. Através deste projeto, o arquiteto pretende explorar a mudança de paradigma da construção no metaverso. À medida que as leis da física se tornam irrelevantes e os materiais são reduzidos a imagens de superfícies, ele se pergunta o que a arquitetura significará para o metaverso, como vamos experimentá-la e como vamos usá-la?
Novidade e familiaridade no metaverso: preferimos arquiteturas que já conhecemos?
Vivemos em um mundo onde o vivenciado, o lembrado e o imaginado, assim como os diferentes momentos no espaço e no tempo relativos ao passado, presente e futuro, estão inseparavelmente misturados. Recentemente, estão sendo oferecidos vários meios para acessar outros planos de existência, utilizando tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), criando um caminho para o metaverso no qual somos transportados para espaços que são capazes de ser mais ‘reais’ do que qualquer coisa que vivenciamos atualmente.
Metaverso na prática: como construir no espaço digital
“Todos os espaços físicos que nós (arquitetos) projetamos – edifícios, interiores e cidades já nascem como metaespaços, e nós os chamamos de modelos 3D”. Com essa afirmação Brian Jencek, diretor de planejamento da empresa de arquitetura HOK, de San Franciso, estreita os limites entre o modo de projetar atual e o futuro da arquitetura no metaverso. Segundo ele, não estamos tão longe assim dessa tecnologia, visto que, já usamos as mesmas ferramentas que os designers visuais utilizam, como Unity, Twin motion e Blender, para criar ambientes realistas.
A arquitetura do metaverso (até agora)
O protagonista indiscutível dos últimos anos tem sido o metaverso. A notícia já está inundando o mundo dos videogames e da tecnologia. Hoje, arquitetos e designers estão cada vez mais conscientes da responsabilidade que têm na condução dessa construção virtual. Mas o que é realmente a arquitetura do metaverso? Como ele é projetado? Como é construído?
Metaverso e oportunidades profissionais para arquitetos e engenheiros
Desde que Mark Zuckerberg, CEO do Meta, mudou o nome da sua empresa e anunciou um maior investimento no chamado “metaverso”, as buscas por esse termo aumentaram consideravelmente. E, apesar de não ser um conceito novo, os temas da tecnologia que margeiam o assunto explodiram nos últimos anos.
7 Entrevistas com profissionais que estão liderando o debate sobre digitalização, arquitetura e o metaverso
A arquitetura, enquanto profissão, é profundamente enraizada no passado e, ao mesmo tempo, voltada para o futuro. Durante os últimos anos, vimos a tecnologia avançar em um ritmo sem precedentes, desenvolvendo ferramentas e sistemas que mudam a maneira como entendemos o mundo. Os espaços digitais estão se tornando uma realidade acessível e o metaverso promete potencializar a interação humana. Outras ferramentas digitais, como tecnologias de construção robótica, imagens geradas por IA e equipamentos imersivos de realidade virtual, possivelmente terão um impacto direto na indústria da construção.
O metaverso será o fim da engenharia?
Imagine o dia a dia de um arquiteto hoje. Surge a demanda de um novo projeto, uma tela em branco repleta de inúmeras possibilidades. O deleite criativo prestes a ser iniciado. Estabelece-se as condicionantes principais: programa de necessidades, análise do terreno e entorno, orientação solar e ventos predominantes. Criam-se os primeiros esboços, sempre aliados com um conhecimento estrutural, mesmo que básico, fundamentalmente determinante para quem vive na aceleração gravitacional de 9,807 m/s².
É possível criar espaços públicos no metaverso?
O metaverso promete revolucionar a maneira como vivemos. Ao integrar tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), a expectativa do metaverso é adicionar outra camada à maneira como vivemos cotidianamente. Sugere-se que o metaverso crie espaços virtuais onde as pessoas possam se encontrar e compartilhar experiências independentemente das restrições geográficas. As possibilidades parecem infinitas: trocar conhecimentos, incentivar a colaboração profissional, desenvolver e democratizar a arte, a educação, a cultura e até mesmo possibilitar o engajamento político. As interações sociais estão no cerne da ideia de metaverso. Isso levanta a questão: como os novos espaços virtuais podem adquirir as propriedades dos espaços públicos?
Artistas renomados projetam arquiteturas em empreendimento imobiliário no metaverso
O Alexander Team e a empresa de desenvolvimento imobiliário do metaverso Everyrealm, anunciaram o lançamento de "The Row", uma comunidade imobiliária do metaverso exclusiva para membros, com arquitetura projetada por artistas de renome mundial. The Row será lançado na plataforma Mona de construção de mundos do metaverso e contará com uma série limitada de 30 marcos arquitetônicos em 3D, cada um vendido como NFT projetado por artistas como Daniel Arsham, Misha Kahn, Andrés Reisinger, Alexis Christodoulou, Six N. Five e Hard.
Após demolição, Nakagin Capsule Tower é preservada no metaverso
A consultoria digital japonesa Gluon planeja preservar no metaverso a Nakagin Capsule Tower em Tóquio, um dos exemplos mais representativos do Metabolismo japonês de Kisho Kurokawa. O "3D Digital Archive Project” está usando uma combinação de técnicas de medição para registrar o icônico edifício em três dimensões e recriá-lo no metaverso. A torre encontra-se em fase de demolição devido ao estado precário da estrutura e à incompatibilidade com as normas sísmicas vigentes, bem como ao estado geral de decadência e falta de manutenção.
Projetando para a realidade virtual, aumentada e o metaverso
A arquitetura molda nossas vidas todos os dias, mas como ela pode ser descentralizada? No centro dos esforços para projetar ambientes de realidade estendida (XR) está o desejo de tornar esses projetos mais humanos e mais relacionáveis. À medida que tecnólogos, arquitetos e os próprios usuários desenvolvem novas ferramentas para o metaverso, bem como espaços aumentados e virtuais, novos projetos são cada vez mais democratizados e de código aberto. Ao mesmo tempo, o processo de design está sendo reimaginado.