Nesta segunda edição de sua coluna "Beyond London" para o ArchDaily, Simon Henley, da Henley Halebrown, de Londres, discute uma possível influência que pode ajudar os arquitetos do Reino Unido a combater a hegemonia econômica que atualmente aflige o país - voltando-se para a orientação moral dos brutalistas da década de 1960.
Antes do Natal, eu terminei de escrever meu livro intituladoRedefining Brutalism. Como o título sugere, estou buscando redefinir o assunto, desintoxicar o termo e encontrar relevância no trabalho, e não apenas um motivo para nostalgia.O Brutalismo concreto é, para a maioria das pessoas, um estilo que você ama ou odeia. Mas o Brutalismo é muito mais do que apenas um estilo; é um modo de pensar e fazer. O historiador e crítico Reyner Banham argumentou em seu ensaio de 1955 e no livro de 1966 intitulado The New Brutalism: Ethic or Aesthetic que o Novo Brutalismo começou como um movimento éticopara depois ser entendido como um estilo. Hoje, é um espelho a ser erguido para a arquitetura do neoliberalismo, para uma arquitetura que serve ao capitalismo. Mais do que nunca, a arquitetura é associada à marca dos grandes arquitetos cujo trabalho tem pouco a ver com os desafios que a sociedade enfrenta, que hoje não são muito diferentes daqueles enfrentados pela geração do pós-guerra: construir casas, lugares para aprender e trabalhar, lugares para aqueles que são mais velhos e doentes, e lugares para se reunir. Podemos aprender muito com essa geração passada.
Em 2017, a revista britânica The Economist mudará para uma nova sede, deixando para trás seu icônico lar ocupado há 52 anos, a Economist Plaza.
O projeto foi a primeira grande comissão da dupla britânica Alison e Peter Smithson, cuja carreira passaria a ser marcada pelo estilo brutalista. Localizado na 22 Ryder Street, não muito longe do Hyde Park e do Palácio de Buckingham, a Economist Plaza marcou um avanço significativo no projeto de edifícios em altura, substituindo a tradicional fachada frontal definida por um embasamento e, sobre este, a torre, por escadas e uma rampa que conduzem a uma praça elevada a partir da qual três edifícios se erguem.
Assista ao vídeo acima para saber mais sobre a história por trás do projeto e leia mais sobre o legado que o Economist vai deixar para trás, aqui.
Duas esculturas—Obelisk por Alison e Peter Smithson eColumns por Álvaro Siza Vieira—foram reconstruídas em Shatwell, um "complexo agrícola semi abandonado" localizado na zona rural da Inglaterra. A reconstrução dos monumentos faz parte de um programa de instalações que a organização Drawing Matterusará para explorar a relação entre arquitetura, escultura e paisagem.
O cineasta britânico Joe Gilbert realizou um breve filme sobre o projeto Robin Hood Gardens de Alison e Peter Smithson em Londres. Acompanhado por comentários de Timothy Brittain-Catlin, o filme apresenta a "história e o estado atual da obra a partir de uma série de imagens monocromáticas do projeto."
Peter Smithson (18 de setembro de 1923 – 3 de março de 2003), o aclamado arquiteto britânico que é frequentemente associado ao Novo Brutalismo, completaria 91 anos de idade hoje. Após concluir a graduação na escola de arquitetura de Newcastle em 1948, matriculou-se na Royal Academy Architecture School. Em 1950 fundou seu próprio escritório com sua esposa, Alison, formando a dupla de arquitetos britânicos mais influentes da metade do século XX.