A arte sempre foi um meio pelo qual as pessoas podem se conectar com os espaços, e os movimentos artísticos têm servido como uma plataforma para explorar novas relações com a arquitetura. Ao incorporar a arte em edifícios e espaços internos, eles foram transformados, resultando em uma fusão que cria ambientes bonitos, inspiradores e espiritualmente edificantes. Ao longo da história, vários movimentos artísticos, como o Renascimento no século XVII, o Barroco no século XVIII e o Art Nouveau, Art Déco e Bauhaus no início do século XX, tiveram um impacto significativo na arquitetura. Os arquitetos se inspiraram nos ideais, conceitos, abordagens estilísticas e técnicas desses movimentos, usando-os para criar estruturas habitáveis em grande escala. Como a casa é uma expressão fundamental de um movimento arquitetônico e a moldura mais simples para exibir o ethos artístico de uma determinada época, estudar seus espaços internos fornece uma imagem detalhada da influência da arte na organização espacial, design de móveis, padrões de produtos e interação do usuário.
Women Bauhausé um novo coletivo de arte formado por cinco artistas lideradas pela mentora Sabine Marcelis, que está se inspirando no legado das mulheres no movimento Bauhaus. O projeto foi encomendado pela marca de cosméticos de luxo La Prairie como parte de seu mecenato às artes. Os projetos desenvolvidos são inspirados em ícones da Bauhaus, como as artistas têxteis Otti Berger, Benita Koch-Otte e a escultora, metalúrgica e designer Marianne Brandt. A iniciativa também espera chamar a atenção para o legado muitas vezes esquecido de mulheres que aderiram ao movimento Bauhaus e cujas lutas para se afirmarem como artistas e designers raramente são reconhecidas.
A Wassily Chair, de Knoll Int. ao lado da cadeira Vitra/Herman Miller Eames Lounge, Camaleonda Sofá da B&B Italia e o lado de Plástico Vitra e Cadeira de ovo de Fritz Hansen
De certa forma, mobiliários clássicos são como uma mistura entre uma obra de arte e uma barra de ouro: investimentos seguros que geralmente aumentam em valor com o tempo. Em nossa segunda seleção de ícones de design do século XX, desta vez apresentamos Ray e Charles Eames, Marcel Breuer, Arne Jacobsen e Mario Bellini, com algumas peças de móveis do século passado que permanecem mais modernas hoje do que nunca, em termos de design e conforto. Saiba mais sobre isso na Plataforma Architonic..
A Conferência “Reconstructing the Future for People and Planet”, organizada pela Bauhaus Earth e pela Pontifícia Academia de Ciências (PAS), começou na Casina Pio IV nos jardins do Vaticano. A conferência foi aberta com um discurso de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. O extenso programa reúne renomados cientistas, arquitetos, pessoas que planejam espaços e que formulam políticas, para discutir a transformação do ambiente construído de um impulsionador de crises climáticas e sociais em uma força de regeneração.
Big meeting: Le Corbusier's LC4 Chaise Longue meets Eileen Gray's Adjustable table, Alvar Aalto's Stool 60, Verner Panton's Flowerpot pendant and Mies van der Rohe's Barcelona chair
O século XX é o período mais importante quando se trata de ícones de design de interiores. A lista de protagonistas que contribuíram para fazer essa era de design tão grandiosa é certamente muito grande para realmente fazer justiça a todos eles e seus designs clássicos de móveis. Por esse motivo, aqui apresentamos apenas uma pequena seleção de arquitetos e designers como Eileen Gray, Le Corbusier e Verner Panton, que escreveram a história do design ao longo do século passado, e que ainda continuam impressionando até hoje - todos os quais podem ser encontrados no Architonic. Nossa jornada inclui talentos extraordinários de todos os cantos do mundo: um olhar para o mundo dos móveis do passado, futuro e que no presente continua de destaque com a atemporalidade de sempre.
Há muito tempo a história das civilizações vem sendo contada e ensinada de forma linear, com um sentido evolutivo, em prol de uma apreensão facilitada por uma didática mais direta. É fato que, muitas vezes, questionou-se esse método de pensar e organizar a forma como os eventos ou manifestações culturais aconteceram no decorrer do tempo, nas diversas partes do mundo, com suas especificidades que, muitas vezes, são deixadas de lado nas grandes narrativas históricas produzidas, sobretudo, no âmbito ocidental e, mais ainda, europeu.
O termo "arquiteto" pode ser aberto à interpretações tal como "artista". No entanto, a definição universalmente reconhecida do papel é considerada como aquele que projeta e planeja edifícios, um membro fundamental em termos de construção de edificações. A arquitetura como profissão, no entanto, apresenta-se como uma ocupação muito diversificada. Como uma arte e ciência em todos os sentidos, oferece aportes sobre uma vasta gama de assuntos que podem ser aplicados a uma variedade de empreendimentos diferentes.
Muitas vezes aos estudantes de arquitetura são oferecidos caminhos tão rígidos, limitados por essas ideias míopes de que um arquiteto deve seguir uma direção específica para florescer no campo. Quando na verdade é interessante notar as vastas oportunidades que surgem quando se dá a oportunidade de diversificar. Aqui estão os arquitetos que se ramificaram e se tornaram designers de moda de sucesso…
Portugal é o país anfitrião da Conferência Europeia de Políticas de Arquitectura — CEPA de 2021, e como tal organizará, por meio da Ordem dos Arquitectos, um fórum de discussão para analisar, discutir e apresentar propostas para as políticas de arquitetura a nível europeu. A CEPA 2021 se apresenta como uma oportunidade para responder ao desafio lançado pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sentido da construção de uma New European Bauhaus, propondo um diálogo sobre os desafios atuais para um futuro pós-pandêmico, cruzando arquitetura, arte, cidade e política.
https://www.archdaily.com.br/br/960899/portugal-organiza-serie-de-eventos-para-o-projeto-new-european-bauhausEquipe ArchDaily Brasil
Quando Walter Gropius criou sua famosa escola de design e artes em 1919, Bauhaus, ele a criou como um lugar aberto a "qualquer pessoa de boa reputação, independentemente da idade ou do sexo". Um espaço onde não haveria “diferença entre o sexo belo e o sexo forte".
A ideia deflagrava uma sociedade na qual a mulher pedia para entrar em espaços que anteriormente lhe haviam sido vetados. Se a educação artística que as mulheres então recebiam era transmitida dentro da intimidade de suas casas, na escola de Gropius elas foram bem-vindas e seu registro aceito. Tanto que o número de mulheres que se matricularam foi maior que o dos homens.
O modernismo pode ser descrito como um dos momentos mais otimistas da história da arquitetura, um estilo inovador inspirado por pensamento e idéias utópicas que finalmente reinventou nossos espaços de vida e trabalho, assim como a maneira como as pessoas se relacionavam entre si e com o ambiente construído. Conforme expusemos em nosso artigo AD Essentials Guide to Modernism, a filosofia moderna ainda permanece vigente no discurso arquitetônico contemporâneo, mesmo que as condições específicas que deram origem ao movimento moderno na arquitetura no início do século passado, já não tenham mais nada que ver com o mundo em que vivemos hoje.
Ao nos despedirmos do ano que marcou o centenário da Bauhaus, compilamos uma lista dos principais estilos arquitetônicos que definiram o modernismo na arquitetura. Como uma ferramenta para entender o desenvolvimento da arquitetura ao longo do século 20, esta lista tem como principal objetivo apresentar um panorama completo sobre os desdobramentos do modernismo para além de seu contexto teórico.
05 encontros | 19h às 20h30 | quintas-feiras 01, 08, 22, 29 de outubro + 05 de novembro
O curso se aproveita do olhar sobre a Bauhaus para observar os contextos amplos de percurso dos séculos XX até hoje e então voltar à nossa dedicação, podendo entender melhor a escola e seus efeitos. Ora vê a Bauhaus ‘de fora para dentro’, ora vê o mundo a partir dela. Põe enfase na relação entre os comportamentos, as coisas e seus tempos, desde uma sociedade industrial de consumo nascente até nossa contemporaneidade hiperconsumista. Exercitaremos assim uma visão multidisciplinar, aberta e relacional, talvez a principal
Desde os mais renomados institutos de tecnologia da América do Norte a projetos residenciais no Oriente Médio, a ideologia da Bauhaus se espalhou pelo mundo junto com seus principais pensadores, exilados após o fechamento da instituição com a ascensão do nazismo no final dos anos trinta na Alemanha. Sua influência na arquitetura e no design podem ser vistos pelos quatro cantos do mundo, projetos e edifícios construídos são testemunhas do prestígio da escola de Dessau e Weimar. Enquanto a maioria dos projetos em “estilo Bauhaus” apenas reproduz a linguagem universal proposta pela escola, alguns poucos exemplos em particular, combinaram a teoria da Bauhaus com princípios de design local, resultando em uma arquitetura universal entretanto, profundamente enraizada na cultural e no clima específico do lugar onde está inserida.
Este artigo foi desenvolvido através de uma colaboração entre o ArchDaily e a Arieh Sharon Organization. Todas as imagens históricas que ilustram a matéria foram gentilmente cedidas pela Arieh Sharon Org.
Fundada por Walter Gropius em 1919, a Bauhaus passou rapidamente da gloria à angustia. Perseguida durante boa parte dos anos vinte pelo recém fundado partido nazista, a escola foi finalmente fechada em 1933 e seus membros perseguidos e exilados. Muitos dos seus mais talentosos e visionários integrantes migraram para outros países da Europa e América. Tel Aviv foi uma das cidades à receber um considerável contingente de professores da extinta Bauhaus. Fundada em 1909, a recém criada cidade de Tel Aviv estava começando a se desenvolver e atrair interesse da comunidade internacional, firmando-se como um terreno sedutor onde os antigos membros da Bauhaus poderiam aplicar seus novos conceitos. Desde 2003 a cidade de Tel Aviv é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, a qual conta atualmente com mais de 4.000 edifícios construídos no estilo Bauhaus. No ano passado, como parte das comemorações dos 100 anos da fundação da instituição, a prefeitura da Cidade Branca – em parceria com o governo alemão – inaugurou o White City Center com o principal objetivo de promover a preservação e a salvaguarda da arquitetura bauhausiana na cidade. O White City Center conta hoje com uma série de exposições onde os visitantes podem descobrir e aprender mais sobre a história da Bauhaus e as principais características deste icônico estilo. Se você estiver pensando em ir à Israel, o Bauhaus Center também merece uma visita. Todas às sextas-feiras o instituto organiza uma série de visitas guiadas pela cidade por um valor simbólico. Aqui apresentamos nossa seleção dos seis principais edifícios da Bauhaus que você não pode deixar de visitar quando for à Tel Aviv.
https://www.archdaily.com.br/br/932712/guia-de-arquitetura-de-tel-aviv-6-edificios-da-bauhaus-na-cidade-brancaThe White City Center
ArchDaily em colaboração com Google Arts & Culture. Imagem Cortesia de Tomás Olivos
Bauhaus: uma escola, uma disciplina de design e um movimento que vem influenciando gerações de arquitetos e designers há 100 anos.
A Bauhaus foi muito mais do que desenhos modernistas e cores primárias, foi um movimento com impacto político, social e cultural, liderado por algumas das figuras mais notáveis do campo disciplinar. Desde a sua inauguração em 1919, a escola definiu seu próprio estilo através da interseção de arquitetura, arte, design industrial, tipografia, design gráfico e design de interiores. Quando a escola foi obrigada a fechar as portas diante da pressão política, seus professores e alunos se dispersaram, espalhando seus ensinamentos por todo o mundo.
Guilherme Wisnik e Luiza Proença conversam sobre a arte vanguardista de Bauhaus no Sesc
Guilherme Wisnik e Luiza Proença conversam sobre a arte vanguardista de Bauhaus no Sesc
Dois Olhares que Conversam é uma série de encontros realizada pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc desde 2018 que tem por objetivo reunir dois profissionais de diferentes áreas dialogando sobre um mesmo objeto, ressaltando os diferentes pontos de vista.
Na edição de outubro, o arquiteto Guilherme Wisnik e a curadora independente Luiza Proença abordam a escola de arte vanguardista Bauhaus. A mediação é da educadora Tania Rivitti.
Em sua fala, Wisnik faz uma abordagem do legado da Bauhaus 100 anos depois, com seus méritos e
Em 1919, a fundação da Bauhaus na Alemanha marca um momento importante na história da arquitetura que desencadeou inúmeros debates relacionados à industrialização e ao design. Esta escola, que mais tarde se tornou um movimento, enfrentou vários momentos de resistência política até que finalmente foi fechada no ano de 1933, durante a ascensão do regime nazista. No entanto, as lições da Bauhaus transcenderam as barreiras espaciais e viajaram o mundo, influenciando a produção arquitetônica das cidades que habitamos.
O artista suíço Paul Klee viveu entre 1879 e 1940 e foi um dos mais proeminentes professores da Bauhaus, tendo estudado profundamente a teoria das cores. Seus vibrantes esboços, que serviram de base para algumas de suas aulas na Bauhaus durante toda a década de 1920, foram disponibilizados gratuitamente on-line depois que o Zentrum Paul Klee publicou quase todas as 3900 páginas de seus cadernos.
Aproveitando as comemorações pelos 100 anos de sua fundação, o Arquicast #72 fala sobre a Escola Bauhaus e a influência que teve na formação de uma geração de arquitetos, além da influência na própria estruturação do ensino de arquitetura e urbanismo nos diversos cursos espalhados por diferentes continentes. Convidamos o arquiteto Caio Dias, do Portal Projetar, e o arquiteto e editor do Archdaily, Romullo Barato, para este bate-papo que, de maneira informal e informativa, percorreu um pouco da história da escola, de seus fundadores e de todo o contexto que sempre influenciou os diferentes momentos vividos pela instituição.