O mercado imobiliário e a construção civil na cidade de São Paulo, em alta desde meados dos anos 1960, graças à criação do Banco Nacional da Habitação, permitiram ampla experimentação arquitetônica, como, por exemplo, a de um programa inédito: a habitação vertical multifamiliar. Não obstante, já na década de 1950, a Revista Pilotis já reivindicava a posição dos arquitetos sobre as problemáticas geradas por esse novo programa:
Um dos grandes nomes da arquitetura paulistana, Eduardo de Almeida encanta cada um que tem o privilégio de conhecer suas obras, localizadas, sobretudo, em São Paulo. Doutor pela FAUUSP, não só realiza, mas também pensa os caminhos a serem seguidos pela arquitetura.
Um obra de tal porte merece ser transmitida e apresentada ao maior número possível de pessoas, assim, a produtora Mariana Tassinari e o diretor Thomas Piper iniciaram a realização do documentário Arquiteto da Medida Justa, que apresenta, através de uma série de depoimentos, as criações do grande arquiteto.
Considerações projetuais para o SAP Global Service Center: - Criar um edifício administrativo de alto desempenho, integrado urbanisticamente à escala do Campus da UNISINOS, mas com forte identidade e qualidade arquitetônica e no quais as soluções ambientais, técnicas e espaciais estejam harmonicamente integradas.
- Propor espaços de trabalho confortáveis, eficientes e estimulantes. - Utilizar sistemas energéticos racionais e econômicos. - Desenhar uma volumetria simples que expresse claramente a natureza tecnológica do edifício e sua contemporaneidade.
- Criar um edifício que possua todas as condições para obtenção do Certificado LEED Gold da U.S. Green Buildings Council. - Organização funcional do edifício através de um esquema linear, ao longo de um eixo paralelo à divisa posterior do terreno, facilitando a futura expansão. - Utilização do desnível existente no terreno na futura expansão - Fase 2. - Distribuição do programa em 3 pavimentos na Fase 1 e 4 pavimentos na Fase 2, acentuando a horizontalidade do edifício, harmonizada com a escala das construções do Campus.
Planta pavimento térreoPlanta Segundo Pavimento
- Adoção de uma malha modular (1.25×1. 25m) para todo o conjunto determinando um sistema construtivo flexível e coordenado. - Definição de blocos duplos de escritórios com 12,50m de largura, separados por vazios de 7,50m, favorecendo visuais bem como fruição da iluminação e ventilação naturais.
Esquema de Insolação e Ventilação
- Utilização de “brise-soleils” nas fachadas norte e sul, que promovam proteção contra a luz solar excessiva. - Localização do edifício a 30m da divisa posterior do terreno, ao longo do eixo Leste-Oeste, com orientação Norte-Sul. - Definição de uma rua interna ao lote, organizando a circulação e os acessos ao estacionamento (200 vagas descobertas e 100 cobertas), às futuras plataformas de carga, aos serviços e à recepção do edifício.
Colaboradores anteprojeto: Alexandre Mirandez de Almeida, Marcelo Pontes de Carvalho, Ricardo Bellio, Ana Addor, Rafael Urano, Giovana Avancini e Leonardo Sette.
Colaboradores projeto executivo: Felipe Notto, Cecília Reichstul, Giovana Avancini e Roberto Zochio.