Em comentário ao Architect's Journal, o arquiteto finlandês Juhani Pallasmaa - jurado do Prêmio Pritzker 2014 - demonstrou preocupação em relação aos planos do Guggenheim de construir uma nova filial na cidade de Helsinki.
O projeto enfatiza uma visão consumista e turística da arte em detrimento da tarefa cultural e humana da arte. Em vez de reforçar as tradições e práticas artísticas locais, o projeto reforça a já duvidosa globalização e comercialização da arte. Os fundos públicos poderiam claramente ser usados de maneira mais inovadora e eficiente para apoiar a cultura artística finlandesa.
https://www.archdaily.com.br/br/800342/arquiteto-finlandes-juhani-pallasmaa-se-recusa-a-apoiar-o-projeto-para-o-guggenheim-helsinkiAD Editorial Team
Dois meses após o governo finlandês vetar o financiamento do projeto Guggenheim Helsinki, escolhido através de um concurso internacional que teve como vencedor o escritório parisiense Moreau Kusunoki, foi divulgado que os apoiadores do projeto apresentaram uma nova proposta para a construção do museu. Segundo o The New York Times, "dos custos de construção previstos em US$ 144 milhões, a cidade de Helsinki cobriria no máximo US$ 89 milhões".
https://www.archdaily.com.br/br/800101/sem-o-financiamento-estatal-previsto-guggenheim-helsinki-busca-apoio-em-doacoes-privadasAD Editorial Team
O escritório Moreau Kusunoki, com sede em Paris, foi anunciado como vencedor do concurso para o Guggenheim Helsinki após um ano de pré-seleção e deliberação. Sua proposta - intitulada Art in the City - "resume as qualidades que o júri admirou no projeto", observou Mark Wigley, presidente do júri. Ele continuou: "a orla, o parque e a área urbana próxima estabelecem um diálogo com o conjunto de pavilhões, com as pessoas e as atividades que fluem entre eles. O projeto está impregnado de um senso de comunidade e de animação que corresponde às ambições do edital a fim de honrar tanto o povo da Finlândia quanto à criação de um museu preocupado com o futuro ".
O anúncio foi feito esta semana em Helsinki por Richard Armstrong, diretor do Museu e Fundação Solomon R. Guggenheim. Também esteve presente o Professor Mark Wigley, presidente do júri e reitor emérito da Columbia GSAPP, Jussi Pajunen, Presidente da Câmara de Helsinki, Lahti Ari, presidente da Fundação de Apoio do Guggenheim Helsinki e a equipe do arquiteto.
O que estes três projetos têm em comum? Eles nunca serão publicados em uma revista de arquitetura respeitável. Esta notícia não é nenhuma surpresa: apenas alguns projetos em todo o mundo merecem o direito de serem publicados. Os editores definem tendências, colocam o foco em temas especiais, dão visibilidade a escritórios emergentes e confirmam as estrelas estabelecidas na arquitetura.
A revista impressa tem espaço limitado e, portanto, envolve um processo muito rigoroso de tomada de decisão; apenas poucos são mostrados. Nesta seleção darwiniana, alguns arquitetos dignos e brilhantes perecem. Por outro lado, um site na internet tem a possibilidade de expandir o leque de projetos. A web tem espaço praticamente ilimitado - mas ainda assim, este espaço não deve ser desperdiçado. Muito poucos se beneficiariam de um site que publica todos os projetos de arquitetura do planeta.
Após alguns meses desde a escolha dos finalistas, o Guggenheim divulgou o estado de desenvolvimento dos seis projetos que concorrem para se tornar o Guggenheim Helsinki. Selecionados entre 1.715 propostas neste que foi o maior concurso de arquitetura já realizado, os finalistas passaram os últimos cinco meses refinando suas propostas após serem escolhidos por um júri de 11 membros, entre os quais Jeanne Gang, do Studio Gang, e o decano da Columbia University, Mark Wigley.
Apresentamos a seguir a proposta do escritórios Estúdio 41 e Arquea Arquitetos para o concurso Museu Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história, com 1.715 projetos inscritos. Veja a seguir algumas imagens e a descrição da proposta pelos autores.
Apresentamos a seguir a proposta do escritório Vazio S/A para o concurso Museu Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história, com 1.715 projetos inscritos. Veja a seguir algumas imagens e a descrição da proposta pelos autores.]
Apresentamos a seguir a proposta do escritório Indio da Costa para o concurso Museu Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história, com 1.715 projetos inscritos. Veja a seguir algumas imagens e a descrição da proposta pelos autores.
Competição:Museu Guggenheim Helsinki Premio: Projeto: Autores:Guilherme Lemke Motta, Carlos José Dantas Dias, Lucas Fehr, José Eduardo Calijuri Hamra, Érica Cristina Fernandes Paiva, Kemelly Mywa Uehara, Pedro Lindenberg Motta, Stephanie Novaes Beirão, Manon Alexia Arbues Decoster e Carlos William Vieira Rodrigues, Marcelo Sandro de Oliveira, Luís Sequeira
Apresentamos a seguir a proposta do escritório Estudio America para o concurso Museu Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história, com 1.715 projetos inscritos. Veja a seguir algumas imagens e a descrição da proposta pelos autores.
A análise a seguir das propostas enviadas para o concurso do Guggenheim Helsinki é uma contribuição de Federico Reyneri, sócio do escritório LPzR associates architects, e sua equipe de pesquisa.
Arquitetos sempre expandiram os limites, frequentemente experimentando com formas e tecnologias indisponíveis em sua época. Nos últimos 20 anos, experienciamos uma pequena revolução no pensamento dos espaços e abraçamos a complexidade ao passo que os computadores começaram a mostrar seu poder real. Desde que o Guggenheim de Gehry veio à luz em meados dos anos 1990, nada mais foi o mesmo: formas livres emergem por toda a parte da terra dos sonhos para a realidade (se tornando, com frequência, o pesadelo de alguém). Antes dessa tecnologia dos computadores, exceto para o reino da mente e da modelagem em argila, o controle real sobre a complexidade através de desenhos técnicos era um jogo muito difícil para nós reles mortais, mas eventualmente, nos últimos dez anos mais ou menos, computadores mais poderosos e baratos e programas ainda mais baratos, capazes de criar elementos paramétricos impressionantes, vieram a tona. Desde então, as novas gerações de projetistas começaram a propor ideias livres e alucinantes, mostrando ao mundo imagens impressionantes geradas pelo computador. Alguns arquitetos até começaram a construí-las.
Mas quão disseminada está a tecnologia paramétrica? Como ela influencia a arquitetura pelo mundo? Começamos a analisar o concurso de projeto para o Guggenheim Helsinki, o maior concurso de arquitetura da história.
O Guggenheim anunciou os finalistas do concurso de projeto para o Guggenheim Helsinki, selecionados entre as 1.715 propostas submetidas ao júri (um recorde mundial de quantidade de participantes). Representando tanto escritórios novos como outros já estabelecidos, oriundos de sete países, a lista de finalistas mostra uma variedade de respostas ao desafio de criar um museu de nível mundial.
Os seis finalistas são:
AGPS Architecture Ltd. (Zurique, Suíça e Los Angeles, EUA)
O concurso para o novo Museu Guggenheim em Helsinki encerrou mês passado e já exibe o título de concurso de arquitetura mais popular da história, com 1.715 propostas enviadas. Recentemente, os organizadores do concurso - Malcolm Reading Consultants - disponibilizaram todos os projetos online, com cada proposta anônima apresentada através de duas imagens e uma breve descrição dos arquitetos. "Desde seu início o concurso foi organizado para ser receptivo, inclusivo e transparente, e a galeria apresenta uma oportunidade única para o público de explorar e considerar a ampla gama de propostas", disse Richard Armstrong, diretor do Solomon R. Guggenheim Museum and Foundation.
O organizador do concurso, Malcolm Reading, acrescentou: "Para todos os interessados em projeto, a galeria é um tremendo recurso que oferece uma rara visão do processo de projeto e ilustra como a proposta para o GuggenheimHelsinki ... capturou a imaginação dos arquitetos ao redor do mundo."
E, de fato, a página é uma poderosa ferramenta; com tamanho volume de propostas, o banco de dados e o sistema de busca oferecem um recurso interessante para sondar o zeitgeist da arquitetura. Por exemplo, parece que edifícios "curvos" são quase duas vezes mais populares que edifícios "retos"; e edifícios "opacos" não são muito populares, sendo que há quase cinco vezes mais propostas "transparentes", apesar da tradicional tipologia opaca dos museus.
Mas quando se trata de qualidade arquitetônica, por onde começar entre as 1.715 propostas? A página do concurso criou um mecanismo que permite a cada visitante escolher as seis propostas que mais lhe agradam, gerando, assim, uma pequena "lista de finalistas". O ArchDaily Brasil também pode ajudar nessa empreitada para escolher os melhores projetos: selecionamos, a seguir, as 50 propostas mais interessantes, não-usuais ou simplesmente absurdas dentre todas as enviadas.