Na medida em que as forças que moldam nosso ambiente construído mudam, envolvendo, nesta mudança, tecnologia, redes e sistemas complexos, profissionais da arquitetura precisam visualizar mais do que o espaço físico; precisam produzir narrativas sobre como operar melhor dentro dessa nova paisagem social. Nesse contexto, a arquitetura especulativa parece nunca ter sido tão crítica. Este artigo examina os meios que atualmente questionam as condições do ambiente construído e explora novas possibilidades arquitetônicas.
Lateral Office: O mais recente de arquitetura e notícia
Arquitetura especulativa: quais são as versões contemporâneas do pensamento radical dos anos 60?
Para além da escala humana: ecossistemas, migrações e paisagens desumanizadas
A escala humana na arquitetura abrange desde dimensões físicas de um determinado edifício ou ambiente construído até a percepção ou experiência do espaço por meio dos sentidos. Portanto, a escala humana pode ser entendida como um parâmetro que surge do confrontamento entre o nosso corpo e o ambiente no qual estamos inseridos. Entretanto, à medida que passamos a observar a arquitetura para além da escala humana, onde a ergonometria já não mais desempenha um papel primordial na concepção do espaço e seus componentes, nos deparamos com uma série de novas tipologias arquitetônicas, as quais nos permitem refletir e repensar a maneira como concebemos nossos edifícios e espaços urbanos.
Lateral Office cria instalação com gangorras na Broadway
Lateral Office, um estúdio canadense de design experimental que opera na interseção entre arquitetura, paisagem e urbanismo, instalou 12 gangorras no Garment Distric, em Nova Iorque. Intitulada Impulse, a intervenção urbana permanecerá montada até 31 de janeiro de 2020.
Instalação "Impulse" transforma Montreal em um playground musical
Produto da colaboração entre os escritórios Lateral Office e CS Design, juntamente com o EGP Group, Mitchell Akiyama, Maotik e Iregular, "Impulse" é uma instalação de inverno realizada na cidade de Montreal, Canadá. Trinta grandes gangorras e uma série de projeções de vídeo nas fachadas dos edifícios adjacentes, sincronizadas com a música, transformam a Place des Festivals em um "playground iluminado". O projeto foi selecionado como vencedor de um concurso aberto realizado na metade do ano na ocasião do evento Luminothérapie. Saiba mais sobre a instalação interativa, a seguir.
A arquitetura extrema do Ártico
Nas cidades do Círculo Polar Ártico, mudanças dramáticas estão em marcha. A região enfrenta desafios óbvios por conta das alterações climáticas, mas desafios econômicos e sociais também estão por vir, originados de fatores como o declínio das indústrias pesqueira e mineradora, que sustentavam muitos dos assentamentos urbanos do Ártico, e da rápida modernização das comunidades indígenas do norte. Em um interessante artigo escrito para a Metropolis Magazine, Samuel Medina analisa cuidadosamente os arquitetos e urbanistas que estão fazendo a diferença em um contexto onde a "arquitetura não pode realmente sobreviver" - do SALT Festival que celebra a cultura das comunidades do Ártico, ao plano de deslocar toda a cidade de Kiruna duas milhas para leste, o artigo oferece um olhar fascinante sobre a arquitetura extrema dessa região hostil. Leia o artigo completo aqui.
Por dentro de "Arctic Adaptations" - Menção Especial na Bienal de Veneza 2014
Para esta edição da Bienal de Veneza, o pavilhão canadense explorou as formas como a modernidade foi absorvida no ambiente extremo de Nunavut, Canadá. Sendo Nunavut o maior território (com área maior que 2 milhões de Km²), mais novo e mais ao norte, o escritório Lateral Office resolveu lançar luz sobre o que Mason White chama de, a "modernidade de borda". Encantando o juri com sua pesquisa e projeto, o Arctic Adaptaptions: Nunavut rendeu a Mason White, Lola Sheppard, Matthew Spremulli e equipe uma Menção Especial na premiação da Bienal.
A geográfica, cultural e a condição limítrofe de Nunavut foi analisada por diferentes partes da exposição em três meios: o passado recente, o presente corrente e o futuro próximo. Matthew Spremulli explicou que o Artic Adaption procurou o "olhar além dos padrões" para entender como os fundamentos da arquitetura são afetados em uma área como Nunavut. Dado o desafio específico de projetar e construir um ambiente como este que, compreensivelmente, resistiu aos modelos do sul, foi apresentado então um caso de adaptação.
Bienal de Veneza 2014: Lateral Office representará o Canadá com a exposição "Arctic Adaptations"
O Canada Council for the Arts e o Royal Architectural Institute of Canada (RAIC) anunciaram a exposição "Arctic Adaptations: Nunavut at 15" como a vencedora de uma competição nacional para representar o Canadá na Bienal de Veneza 2014. O escritório Lateral Office, de Toronto, será o responsável pela organização e curadoria da exposição concebida para celebrar o 15° aniversário do maior e menos populoso território canadense, conhecido por seu intocado deserto ártico e pela cultura Inuit.
Saiba mais sobre a contribuição do Canadá na Bienal, a seguir.