A cidade é um conjunto organizado de lugares e de espaços que os atores sociais constróem sob as posibilidades estruturais para desenvolverem suas vidas. Associar os processos de reprodução social na construção da cidade permite interpretar os crescentes fenômenos que conduzem à fragmentação social, à acumulação diferencial e à participação desigual da população no acesso ao espaço urbano.
Guillermo Tella: O mais recente de arquitetura e notícia
Precariedade urbana na construção da cidade: O caso dos municipios da periferia de Buenos Aires / Guillermo Tella
"Planificar la ciudad: Estrategias para intervenir territorios en mutación" de Guillermo Tella
“Planificar la Ciudad: Estrategias para intervenir territorios en mutación” [Planejar a cidade: Estratégias para intervir em territórios em mutação - tradução livre], é o novo livro apresentado por Guillermo Tella, no qual examina a cidade como espaço onde a sociedade se reproduz, os assentamentos humanos se expressam. Explicando como ela se expande e se densifica, como articula seu tecido, estabelece relações de poder e consagra valores simbólicos.
A potência comercial de uma cidade: Estratégias de revitalização urbana
Buenos Aires é a cidade central de uma extensa região metropolitana que congrega cerca de 14 milhões de habitantes e que se estende radialmente por mais de 50 km a partir da Praça de Maio, seu núcleo de fundação e sede do governo nacional. Esta cidade, que abriga quase 3 milhões de pessoas que nela moram permanentemente, recebe a cada dia – via transporte público ou particular – mais de 5 milhões de pessoas que moram nos municípios vizinhos e que vem desempenhar suas atividades de trabalho. Todas estas circunstâncias lhe dão uma grande potência em termos de desenvolvimento comercial em suas diferentes áreas.
Perspectivas sobre Cidade do Cabo: Estratégias que ampliam desigualdades
Por Dr. Arq. Guillermo Tella, via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil
Cape Town ou Cidade do Cabo é a capital da Província do Cabo Ocidental, na África do Sul. Em uma área de 2,5 mil quilômetros quadrados, possui 3,5 milhões de habitantes, com uma densidade de 1,4 mil hab/km². Sua administração governamental é de caráter metropolitano e nos últimos anos reduziu os índices de desemprego e de criminalidade, e aumentou sensivelmente seu PIB.
Perspectivas sobre Hong Kong: Entre longas tradições e contrastes extremos
Por Dr. Arq. Guillermo Tella, Doutor em Urbanismo e Martín M. Muñoz, Doutorando de Urbanismo. Tradução ArchDaily Brasil.
Hong Kong é uma das regiões mais densas do planeta e a cidade mais influente do sudeste asiático. É um território de longas tradições e contrastes extremos. Foi colônia até 1997, quando o território foi transferido da soberania britânica para a China ao fim do tratado de arrendamento firmado por 99 anos com a Grã Bretanha em 1898.
Perspectivas sobre Osaka: Propostas de recuperação do território
Por Dr. Arq. Guillermo Tella, Doutor em Urbanismo, Martín Muñoz, Urbanista via Palataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
Osaka é a segunda cidade mais importante do Japão. Faz parte da região de Kansai e constitui o núcleo de uma área metropolitana que concentra 18 milhões de habitantes. Localiza-se na ilha de Honshu - a principal do arquipélago japonês – e conta com um dos portos e centros industriais mais importantes do país. Ao mesmo tempo, conforma a área urbana denominada Keihanshin, que engloba esta cidade às vizinhas Kobe e Kyoto.
Perspectivas sobre Nova Deli: um ostentoso símbolo de poder imperial
Por Dr. Arq. Guillermo Tella, Doutor em Urbanismo, Martín Muñoz, Urbanista via Palataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
A cidade de Deli, Índia, é uma amálgama de culturas, religiões e tradições. Devido à sua rica e milenar história, apresenta atualmente um cenário urbano abundante e heterogêneo. Cada setor da cidade conta com monumentos construídos que atuam como pontos focais para organizar a trama urbana: templos, edifícios governamentais, fortalezas, muralhas e praças que são combinados com a topografia do território.
Operação Puerto Madero: Estratégias de gentrificacão em Buenos Aires
Texto pelo Dr. Arq. Guillermo Tella via Plataforma Urbana.Tradução Archdaily Brasil.
De acordo com suas condições topográficas, a cidade de Buenos Aires, precisa de propriedades que favoreçam as instalações portuárias. Os rios originários no centro do continente desembocam no Rio de La Plata e arrastam e acumulam sedimentos que se depositam em bancos de areia em frente ao centro da cidade. Desde a sua fundação, as costas barrentas vinham sendo usadas como cais, na ausência de baias que atuassem como proteção natural. Em meados do século XIX, a cidade havia dividido suas instalações portuárias entre os dois rios: uma doca na Boca Del Riachuelo e outra sob o Rio de La Plata.
O glamour dos subúrbios: efeitos de um desenvolvimento desigual
Texto por Guillermo Tella via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
O processo de sub-urbanização das elites, um fenômeno que desde a difusão do automóvel foi característico das metrópoles dos Estados Unidos, podem ser também encontrados importantes exemplos nas grandes cidades latino-americanas. Esse fenômeno não se manifestou em Buenos Aires até meados da década de 80, momento a partir do qual se iniciou um desenvolvimento imobiliário sem precedentes.
Um status urbano de lugar: fazer cidade é fazer negócios?
Na cidade encontramos vários discursos: o discurso de ordem, dado pelo Estado aos espaços e atividades; o discurso do poder, dado pelo equilíbrio entre potências instaladas; o discurso de diferenciação, dado por sua própria qualidade urbana. Há então um discurso urbano socialmente legitimado em que a cidade “nos fala” para expressar ordem, poder e diferenciação. A presença de marcas simbólicas indica ordem e diferenciação e, nessa lógica, incentiva um modelo de cidade como espaço de negócios que enfatiza as diferenças no direito que tem a ela de seus vários setores sociais.
Territórios de protesto: O espaço público como cenário de ressonância
Sair do espaço conhecido de nossas casas à rua supõe ultrapassar o limite da mesma para lança-lo ao compartilhado. Cada jornada é uma surpresa do que está à espera ao dobrar cada esquina, muitas vezes em uma mecânica automatizada pela velocidade da vida urbana de hoje em dia. No entanto, a área comum para as milhões de pessoas que vivem em uma cidade como Buenos Aires é para outros tantos um espaço vivido ao ritmo da manifestação e da sobrevivência que buscam chamar nossa atenção e nos desafiam em nossa rotina diária notória.
Por Dr. Arq. Guillermo Tella, Doutor em Urbanismo e Martín M. Muñoz, Mestrado em Urbanismo
Observando as torres: Como a cidade tende a crescer
A cidade, em seu processo de crescimento permite reconhecer várias etapas. A primeira é a expansão: a cidade cresce transformando o solo rural em urbano. A segunda é a consolidação, onde se ocupam alguns lotes, se abrem algumas ruas, se constroem as casas, se estendem as redes urbanas. Em uma terceira etapa é possível identificá-la com aquela da densificação: as áreas consolidadas começam a crescer em altura.
Os espaços verdes públicos – Entre demanda e possibilidades efetivas
Os espaços verdes públicos constituem um dos principais articuladores da vida social. São lugares de encontro, de integração e de trocas; promovem a diversidade cultural de uma sociedade; e criam valor simbólico, identidade e a sensação de se pertencer a um lugar. Essas características fazem com que os governos locais desenvolvam estratégias para o surgimento de novos espaços verdes, estratégias para aperfeiçoar sua manutenção, melhorar a qualidade de seus equipamentos e potencializar seus acessos. Nesta perspectiva, muitas questões quanto à promoção e gestão destes espaços são levantadas e instalam uma delicada articulação entre demanda e possibilidades efetivas.
O Amanhecer de uma cidade moderna
A cidade do século XIX é produto da Revolução Industrial. Os efeitos do abandono das áreas rurais e das condições extremas de aglomeração foram os temas centrais aos quais buscou dar respostas. Em Buenos Aires, o problema da cidade era sua concentração populacional e sua pressa de crescimento. A pobreza historicamente tem sido um mal endêmico, mas se redimensionou quando milhares de ricos tomaram contato com milhares de pobres.